Always Somewhere (Aonung x Neteyam)

29. Brotos que florescem - pt. I

Notas Iniciais

Tive que dividir o último cap em duas partes e cada uma tem mais de 5mil palavras kkkk

Se preparem para ler <3

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'Cause you're the reason I believe in fate (Você é a razão pela qual eu acredito no destino)

You're my paradise (Você é meu paraíso)

Infinity - Jaymes Young

9 anos depois

— Muito bem, Onali! – Aprovou Neteyam, assistindo o duelo entre seus outros alunos, que tinham formado um círculo ao redor dos que lutavam. – Vocês, olhem como está a guarda dela. É assim que precisam manter.

A garota ignorou os incentivos ao seu redor, muito focada no oponente a sua frente. Apertou a enorme lança com as duas mãos e avançou com muita velocidade em direção as pernas do rapaz a sua frente, muito maior que ela.

O jovem Metkayina se desestabilizou, perdendo o equilíbrio da perna de apoio quando a lança de madeira bateu em seus pés. Colocando muita força nos braços, Onali rosnou movimentando a lança para dar uma rasteira no rapaz, que imediatamente foi ao chão. Sem perder um segundo, ela avançou e parou a arma diante do peito ofegante dele. Notou uma mecha cacheada escapar do cabelo preso e colocou atrás da orelha, oferecendo a mão para seu velho rival.

— Você continua horrível, como sempre, Rawn. – Sussurrou, se aproximando enquanto estendia mão, gesto que Neteyam os obrigava a fazer sempre após um duelo.

O menino desviou o olhar, sentindo as bochechas esquentarem.

— Que droga. – Respondeu, aceitando a mão dela.

Neteyam se aproximou falando os pontos fortes e fracos de cada um deles e depois se afastou, mandando-os escolher quem seriam os próximos a lutar.

Onali se aproximou de uma parte do círculo formado em sua maioria por garotos e tocou o ombro do mais alto da pequena fila.

— Vai lá, Aneya. Sua vez.

Trocando um olhar rápido, Aneya pegou a lança e se aproximou do centro do círculo. Aproveitou que Rawn ainda escolhia seu oponente e ajeitou o coque pequeno, que servia apenas para não deixar o cabelo que alcançava a metade do pescoço completamente solto. Ainda assim, um cacho enfeitado com contas balançava na lateral do rosto.

Tentou ignorar os olhos de seus colegas e do líder em seus movimentos e cumprimentou o oponente antes de iniciarem o combate. Ele nunca teve muitas dúvidas sobre o que queria fazer no clã, desde sempre sabia que seria um guerreiro, então dava seu melhor todos os dias.

Quando o outro garoto avançou, afoito, empurrando a lança para frente, Aneya não precisou de um segundo para reagir se esquivando e revidando o ataque. Eles grunhiram, atacando-se de igual para igual, animando os que assistiam.

A torcida estava bastante dividida. Neteyam estreitou os olhos. Ambos lutavam bem, mas faltava em Aneya a capacidade de pensar friamente. Parecia que ele lutava apenas por instinto. Apesar disso, era notável que ele era difícil de se deixar cair e, mesmo tomando alguns golpes certeiros, suas pernas longas mantinham-se bem firmes.

O duelo continuou intenso, mas logo as orelhas de Neteyam se animaram ao escutar um chorinho que conhecia muito bem. Sem pensar duas vezes, ele saiu, mas antes tocou o ombro de Onali: