12. Esperança

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Notas Iniciais

Oi meus anjos! Apareci!

Como alguns devem ter visto no meu perfil, não ando muito bem de saúde. Essa semana foi especialmente difícil, mas persisto na escrita. É um desafio enorme escrever caps com média de 5k de palavras quando eu mal consigo ter tempo ou disposição para isso, mas aos pouquinhos vamos avançando!

Aproveitem a leitura! Além de uma arte lindíssima da nossa Kaya (TiaValdez fez uma arte perfeita na velocidade da luz kkk fiquem até o final para apreciar), temos reviravolta.

Boa leitura!

P.S: Sim, eu já citei essa música, mas a laninha lançou oficialmente no spotify e me viciou de novo kkk

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Give peace a chance (Dê uma chance à paz)

Let the fear you have fall away (Deixe que seu medo desapareça)

Say yes to heaven - Lana Del Rey

Dois dias haviam se passado desde a chegada deles à misteriosa vila dos Anurai. Nesse meio tempo, Tai'Ren passava boa parte dos dias repousando para recuperar a própria perna enquanto cuidava de Eiji, que seguia desacordado, apesar de sua temperatura estar aparentemente normal outra vez.

Vez ou outra, quando o tédio ultrapassava níveis estratosféricos, o Sully se levantava e tentava fazer qualquer coisa, que ia desde caminhar pela vila, até ajudar Aneya com as poucas tarefas que ele tinha assumido, o que incluía caçar e continuar melhorando o pequeno abrigo deles.

O Metkayina, por sua vez, não costumava gostar dos surtos de energia do mais novo e sempre insistia para que ele continuasse repousando, falhando miseravelmente na maioria das vezes. Aneya vinha tentando se ocupar e também se recuperar dos próprios ferimentos, mas como era um guerreiro, parecia inevitável relaxar sabendo que, não muito longe dali, havia um verdadeiro exército do Povo do Céu.

A preocupação o fez ficar cada vez mais ansioso. Essa euforia frequentemente levava seu sono e o fazia passar longas noites em sua atividade de conforto: esculpir. Desde a conversa com Kaya, seus olhos pareciam mais afiados para com a forma como seu coração interferia na técnica.

Infelizmente, Aneya não conseguia fazer muito a respeito, já que para desenvolver técnica, ele precisava aprender com alguém. Então, o máximo que conseguia colocar em prática, era imaginar a forma como a na'vi entalhou tão rapidamente o pequeno ikran e tentar reproduzir sua agilidade, encontrando os pontos ideais de corte e a força necessária.

Obviamente, aquele era um processo de exigia muita prática e esforço, o que costumava tomar sua concentração a noite inteira. O resultado de tudo isso é que agora Aneya passava as noites em claro e durante a manhã e início da tarde dormia profundamente. Muito atento ao comportamento do rapaz, Tai'Ren aproveitou as brechas e começou a burlar o descanso, escapando enquanto Aneya dormia.

Era exatamente isso que fazia neste momento.

Debaixo da água, ele sorriu, acompanhando o movimento lento das algas coloridas que cobriam o fundo do rio em meio à floresta silenciosa. Deixou o corpo flutuar, mantendo o exímio controle dos pulmões, aprendido com seu pai Ao'nung.

Queria muito voltar pra casa e contar para os seus pais tudo sobre o que tinha visto em Pandora. Suas florestas infinitas, com plantas coloridas, brilhantes e até assassinas; os rios calmos e outros nervosos; os rastros da guerra, mas também da calmaria. Tudo se complementava para formar o mundo que, por tantos anos de vida, passou despercebido por seus olhos que só conheciam o mar e as montanhas aleluia.

Always Somewhere (Aonung x Neteyam)Where stories live. Discover now