Capítulo 31 - Bruno

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Talvez eu não esperasse, no momento em que cheguei de carro com minha mãe na fazenda, que em pouco tempo estaria na cama com um garoto e ansiaria pelo momento em que ele se encaixaria às minhas costas e faríamos amor assim. Apesar de não esperar, sabia que essa não era a primeira vez que eu desejava me entregar a Leonardo, e tinha certeza de que não seria a última. Por isso, não houve nenhum momento em que pensei em pedir que ele parasse.

Ao entrelaçar nossos dedos e me abraçar por trás, me senti seguro, e ao me pedir para relaxar, aos sussurros, e me chamar de seu amor, não pude evitar demonstrar todo o desejo que senti, que sinto, por ele. De início, doeu um pouco mais do que eu esperava, afinal mesmo com a preparação e bastante lubrificante, meu namorado é bastante grande. Mas eu queria, queria muito. E Leo não só me tratou muito bem como também foi paciente. Seu beijo me distraiu, me confortou, e, logo, ter seu membro me preenchendo por completo passou a me fazer sentir um prazer incontrolável. Era novo, mas extremamente bom.

Rapidamente comecei a me perder, me entregar ao calor que o momento me fez sentir, sobretudo quando ele parou de se segurar. Sei que ele só estava tentando deixar a experiência agradável e confortável para mim, mas quando parou de me proteger e aumentou a velocidade do vaivém, senti uma onda de eletricidade percorrer todo meu corpo.

Mesmo agora, quando desperto deitado sobre Leonardo, com ele ainda completamente apagado e ambos sem nenhuma peça de roupa, me pego sorrindo ao lembrar da forma que apertou minha bunda e começou a estocar fundo, de como seu membro me tocou e passou por pontos de prazer incríveis. Não tenho vergonha de ter me permitido gemer alto, gritar e expressar tudo o que estava sentindo quando atingimos juntos o clímax. E sorrio mais ainda quando lembro de ele fazer o mesmo, seus gemidos altos ao pé do ouvido enquanto pude senti-lo inchar dentro de mim me levaram a um êxtase nunca sentido por mim antes.

Acaricio seu peito lentamente, esperando que ele não acorde, e acabo sorrindo um tanto bobo ao perceber que é a primeira vez que não é ele a acordar deitado sobre mim. Sua pele ainda está quente, como na noite passada, e eu me permito demorar mais alguns minutos sentindo o quão macia e aconchegante ela é.

Por mais que goste de observá-lo como está agora, ressonando baixo feito um gatinho preso em um sono profundo, é impossível esquecer de como parecia um leão feroz nesta mesma cama algumas horas antes. Tento afastar os pensamentos que fazem meu corpo reagir e me levanto da cama devagar. Ele parece exausto e isso me faz querer deixá-lo dormindo um pouco mais.

Volto a pensar no que fizemos na noite passada enquanto me demoro no banho e começo a sentir certo incômodo no corpo cujo acredito ser normal depois do que fizemos, sobretudo por ter sido a minha primeira vez. Ainda assim não me arrependo, afinal me lembro bem das sensações que ele me causou e realmente gostaria de fazer de novo.

Pensar nisso também me faz pensar também nos possíveis exames que eu preciso fazer para garantir uma maior segurança para nós, quem sabe até mesmo um pouco mais de liberdade. Não havia pensado nisso antes de me apaixonar por um garoto, é provável que eu precisasse de um pouco mais de informações a respeito antes de ter tido qualquer tipo de relação sexual e, mesmo que tenhamos usado proteção, com certeza é um pensamento válido, sei disso. Por isso decido ir até o posto de saúde da cidade.

Leonardo está virado de bruços quando saio do banheiro e tenho um pouco de dificuldade para focar em vestir algo. O tom de sua pele, suas curvas, as costas largas e o tamanho de sua bunda me distraem muito. Porra, Leo. Mas consigo deixá-lo dormindo e saio de casa, mesmo que um pouco nervoso com a ideia de ir a um posto de saúde sozinho para algo assim.

***

Quando retornei do posto de saúde, onde fui recebido, por sorte, por Larissa, Leonardo ainda dormia, mas ele não reclamou quando o acordei com um beijo e, desde então, não deixou de sorrir. É meio que insuportável, mas é impossível não amar o quanto parece bem e feliz. Gosto de pensar que faço parte de sua felicidade e gosto ainda mais do fato de me sentir da mesma forma por tê-lo como meu namorado.

Como É Que A Gente Fica? (Romance Gay)Where stories live. Discover now