05 - Conhecendo seu inimigo.

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- Mais calma? - Pergunta Lia depois de um tempo.
- Um pouco. - Respondo. - Porque ficou aqui afinal?
- Queria conversar com você, e também queria ter certeza de que você ficaria bem. - Dou risada. Porquê? Bem, a situação é bem irônica na verdade. Eu que estou sem controle, eu que faço as coisas pegarem fogo sob pressão, e ela quer saber se EU fico bem?
- Você não deveria está preocupada com o seu irmão? Afinal ele poderia ter sido incendiado.
- Que nada! Ele vai ficar bem. Não aconteceu nada. E não acho que você chegaria a incendiar ele.
- Posso saber por quê?
- Ele poderia apagar o fogo, ou pelo menos eu acho. Nossa, agora estou em dúvida! Depende do que você é capaz de fazer.
- Tudo. - Ela ri. Mas quando vê que não estou rindo para imediatamente.
- Espera, tudo?
- Sim.
- Você controla todo o Elemento? Não, você está brincando, não está?
- Não, porque estaria?
- Nossa, é só que UAU!
- O que você Conjura?
- A Terra. Mas só faço tremores.
- Ah, agora entendi o que você quis dizer, você ia realmente abalar isso aqui.
- Pois é. Mas, voltando ao assunto, tudo? Tipo, você é uma completa Conjuradora?
- Pra mim todos são completos independente do que fazem, mas se é assim que você entende, então sim.
- Nossa, UAU! - Ela faz uma cara de impressionada, o que me faz rir. Segunda vez que ela diz isso.
- E os outros? - Pergunto quando paro de rir.
- Ah, meu irmão Léo, Conjura o Vento, como você mesma viu, aliás, me desculpe por isso.
- Tudo bem, não foi você que usou o poder-ninja-do vento em mim. - Falo, o que faz ela rir.
- Ah, fala sério! Não somos nós que podemos explodir o que quiser. Meu irmão só faz aquilo que você viu, empurrar coisas e pessoas com a força do vento. Agora colocar fogo em qualquer coisa? Isso sim é poder ninja! - Ela diz, o que tambem me faz rir,
- Tudo bem, continue. - Incentivo-a.
- Okay. Tem a Stephanie, a lourinha de olhos claros, ela Conjura a Água, mas ela só pode mover a água de um lugar para o outro. E o Roland, o moreno de olhos escuros, ele Conjura o fogo, mas só pode esquentar as coisas, como um café, um lugar, por exenplo uma sala num dia frio, e uma pessoa. Ele é nosso aquecedor ambulante.
- Entendi. Então vocês nunca conheceram alguém que seja um "completo" Conjurador? Além de mim é claro.
- Não, nunca. Só ouvimos falar. E você? Já viu algum além de você? - Pergunta ela curiosa.
- Já, só um.
- O que ele Conjura?
- Água.
- Onde ele está?
- Provavelmente congelando cidades por aí.
- Ah, ele é DESSE tipo.
- Sim, infelismente.
Ficamos pensativas por uns minutos até que o sinal toca.
- Que aula você vai ter agora? - Pergunta ela.
- Espanhol.
- Ah, que ótimo, eu tambêm! Vamos! - Diz ela me puxando.
Chegamos na sala e vejo logo Ethan, sua parceira (e provavel caçadora sem-nome) seu amigo tambem sem nome, Loura Peituda,Leonardo irmão da Lia, e Henrique. Depois de muita insistência (da Lia), a professora de Espanhol, (Sophia como ela quer ser chamada) acaba cedendo e me colocando para sentar com ela (Lia). A aula se passa normalmente, e como domino a lingua (Espanhol), me saio bem. Tirando o fato do Ethan ficar me encarando com ódio mortal (incluindo todos os seus parceiros), eu estou gostando da aula. Depois de um tempo cedo a curiosidade, e me informo com a Lia sobre algumas pessoas. A parceira de Ethan é Marian, irmã adotiva dele. E também que eles adotaram ela porquê a mãe dela morreu em um trágico acidente quando Marian ainda era uma bebê. Que a mãe de Ethan morreu à dois anos. Também que o amigo sem-nome na verdade tem um nome. (Claro que sim, idiota!) Meu subconsciênte grita. E que por acaso é Scott. E por último, que a Loura Peituda chama-se Karolina, e (que por sinal), é namorada do Ethan.
Realmente, Lia é uma Wikipedia ambulante quando se trata da galera da escola, principalmente dos ConjHunters (é assim que ela os chama). A desculpa? Precisamos conhecer bem nossos inimigos. O que eu concordo. Falando nisso, Ethan ainda continua me encarando.
- Stronzo! - Exclamo, um pouco alto demais. O que faz Lia dar um pulo. E algumas pessoas olharem.
- Qual o problema? - Pergunta Lia sussurando.
- Nada não, saiu sem querer. Desculpe-me. - Sussurro de volta.
- E qual o significado de Stronzo? E aliás, que lingua é essa? Porquê eu com certeza não falo maluquês.
- Nada não.
- Fala Izzy. - Desde que chegamos na aula e Henrique me saudou pelo meu apelido que ela vem me chamando assim.
- Okay. Não é Maluquês seja lá se isso exista, é Italiano.
- E o significado?
- Pessoa estúpida, tonta.
- Espero que isso não tenha sido pra mim.
- Claro que não, você pode até imaginar pra quem foi.
- Na verdade tenho duas pessoas em mente. Ethan gostoso Fernandez e meu irmão.
- Foi para o primeiro. Falando nisso, gostoso? Sério que você disse isso?
- Não é porquê ele é meu inimigo que não posso admirar uma bela obra de arte. Inimigo, inimigo. Admirações a parte.
- Você é louca!
- Ah, não me diga que não tem a mesma opinião?! O cara é quente!
- Achei isso, mas só até descobrir que somos inimigos.
- Quer dizer que agora não acha?
- Positivo. Não acho mais.
- Mentirosa! - Como ela está certa... - Voltando ao assunto... Você tem mania de amaldiçoar as pessoas em Italiano?
- Se fosse só as pessoas! É com tudo. Sai sem eu querer ou perceber.
- E isso é comum com os Italianos?
- Você não faz idéia! Eles xingam muito e por qualquer coisa.
- Nossa! - Diz ela impressionada.
- Meninas! Prestem atenção na aula e deixem o papinho para um momento oportuno! - Professora Sophia nos repreende.
Depois disso nos calamos e prestamos atenção à aula. Bem, eu tento, e consigo por um tempo, até que me pego com uma música na cabeça e começo a batuca-la na mesa. Fico por um tempo assim até que Lia me cutuca e aponta com a cabeça para a porta. Olho e vejo Ivory. Ela pede à professora para falar comigo e quando a mesma deixa eu vou até a porta falar com Ivory.
- O que foi? Algum problema? A mamãe está bem? - Pergunto assustada. Porquê só com algo sério acontecendo para ela vir falar comigo, e ainda mais na sala de aula.
- Não aconteceu nada sério. Só queria pedir um favor.
- Um favor? - Pergunto cética.
- É claro. - Diz ela revirando os olhos.
- Fala.
- É só pra você avisar a mamãe que eu vou para a casa do Bruno depois da aula, que vou chegar tarde pois temos uma festa para ir.
- Porquê você não avisou antes?
- Porquê eu esqueci.
- Ah, nem vem! Você não quis dizer pessoalmente para a mamãe não ter a chance de dizer que não.
- Nada a ver.
- Tudo a ver!
- E se for?
- A mãe vai ficar brava com você, e comigo por não impedi-la de fazer besteira.
- Que besteira?
- Qual é Ivory! Você não é mais nenhuma criança. Sabe muito bem do que eu estou falando. E outra, seu namorado não presta, acha mesmo que ele vai te levar a casa dele e não vai tentar.nada?
- O Bruno não é assim.
- Você quem pensa.
- Deixa de ser idiota, você está falando isso só porquê você quer que eu termine com ele, e sabe porquê?
- E porquê seria?
- Porquê você quer ele pra você!
- Ficou louca! Eu quero é distância daquele idiota! - Falo saindo pra fora e fechando a porta pra ninguém ouvir.
- Mentira, você quer ele sim! Sempre quis. Você sempre me invejou por eu ser melhor do que você.
- Meu Deus, você é louca! Quero o seu namorado longe de mim, aliás, fala pra ele manter distância, não quero ele no meu pé!
- Ele não fica atrás de você, sua idiota!
- Ainda não, mas fica atrás de papinho, e é bom ele ficar longe.
- Mentira, tudo mentira!
- Isso, continue cega que você vai acabar se ferrando! E quer saber? Se vire com a mamãe. Não vou falar nada! - Falo dando as costas pra ela e entrando na sala e fechando a porta. Vou para o meu lugar fazendo de tudo para me controlar e não deixar nada na cara. Lia me olha preocupada mais não fala nada, deve ter percebido que é melhor deixar eu me acalmar.
Depois que a aula se passa vou para à outra, e por último vem a aula de Educação Fisíca, vou com Lia, pois temos essa juntas tambêm. Estou no vestiário feminino, quando acabo de me trocar vou guardar minhas coisas no armário de lá, quando de repente sinto alguém me agarrando. Viro para empurrar a pessoa e dou de cara com Bruno.
- Oi cunhadinha. - Me solto dele.
- Cai fora e da próxima vez que chegar perto vou levantar meu joelho e te acertar onde tenho certeza que você não deseja.
- Quê isso gatinha, tenho certeza que você quer isso tanto quanto eu. - Diz ele se aproximando e me agarrando de novo. Vejo Lia pelo canto do olho vindo em nossa direção quando Bruno me prensa no armário e me beija. Tudo acontece rápidamente. Dou uma joelhada no meio das pernas do Bruno ao mesmo tempo em que dou um soco no rosto dele. Ele cai ajoelhado no chão, mas foi tarde demais, sem eu perceber Ivory chegou quando Bruno já estava me beijando e só viu a partir da ir. O problema? Ela não acreditou quando eu disse que o idiota tinha me beijado mesmo depois de eu ter avisado o que iria acontecer se ele chegasse perto. Ela acreditou no que idiota disse. Ele falou que ele tinha vindo atrás dela, e que eu o aticei e o beijei, o que pegou ele de surpresa. E tambem que eu só fiz o que fiz depois porque vi ela e não queria sair como culpada. E mesmo Lia me defendendo e dizendo que ele estava mentindo, a idiota da minha irmã acreditou nele, ajudou ele e ainda saiu dizendo:
- Vou fazer você se arrepender, ladra de namorados.
Isso me fez pirar e eu acabei socando o armário. Pra não explodir na aula peguei minhas coisas e fui pra casa. Se eu não fizesse isso ia matar aquele idiota.

E ai pessoinhas? Gostaram? O que vocês são? ConjHunters (como diz a Lia), ou Conjuradores? Até a próxima. Votem, indiquem e se tiverem um tempinho, dêem uma olhadinha em Karma - Tudo que vai, volta, de minha autoria. Vão na minha page @ThaysSilvaa97 e aproveitem.
Bjks da Izzy :*

ConjuradoresWhere stories live. Discover now