43 - Odeio você.

118 6 6
                                    

- ...eu sei que é complicado, Cedric, mas você é o único capaz de me ajudar. Sei que se você mexer uns pauzinhos, você consegue. - Insisto. Cedric é um grande amigo meu que mora na Itália. Liguei para ele para pedir ajuda com o Atestado de Óbito de James. Tenho certeza que vou descobrir algo ao vê-lo. Cedric é o mais indicado para me ajudar. Ele tem muitos favores a cobrar.
- Eu não sei, Izzy. Não posso te prometer nada. - Repete ele mais uma vez.
- Promete pelo menos que vai tentar? É muito importante. - Peço. Cedric suspira derrotado.
- Tudo bem, Isabelly, prometo que vou tentar. Vou fazer o possível para te ajudar, está bem? - Promete ele.
- Obrigada, Cedric! Você é o melhor. - Agradeço.
- E você é uma chantagista emocional, Izzy. Ninguém nunca consegue te dizer não. - Acusa ele.
- Você sabe que eu não pediria se não fosse importante. - Aviso.
- Eu sei, Izzy, eu sei. Mas você acha que Jonathan realmente fez isso? Matar um dos nossos é baixo até pra ele. - Indaga Cedric.
- Vai por mim, ele é totalmente capaz. Nós não o conhecemos, Cedric. - Aviso.
- Eu sei, Izzy. Só não gostaria de pensar que nossa espécie chegou ao ponto de matar uns aos outros. - Lamenta ele.
- Eu sei, querido, eu sei. - Concordo.
- Izzy, eu preciso ir agora, nos falamos depois. Vou conseguir a informação que você me pediu e te mando por email. - Avisa Cedric.
- Tudo bem. Obrigada novamente. Nos falamos depois. - Me despeço.
- Fica bem, querida. Até mais. - Ele se despede também. Desligo o celular e suspiro um pouco mais aliviada. A parte fácil já foi. Resta esperar e deixar rolar. Ouço um ruído na minha janela e imediatamente fico alerta. Me encosto do lado da mesma e espero. Segundos depois alguém entra no meu quarto e pulo em cima do intruso. Jogo-o no chão deixando-o de costas e segurando seus braços contra as costas. Ele nos rola ficando por cima de mim. Coloca a mão sobre minha boca e eu a mordo. Ele retira a mão imediatamente e solta palavrões, reconheço sua voz imediatamente.
- O que você faz aqui? - Pergunto a Ethan irritada.
- Você me mordeu! - Acusa ele.
- Você invadiu meu quarto! - Acuso de volta. Giro e fico em cima dele novamente. Prendo seus pulsos acima da cabeça. - O que você quer?
- Sai de cima de mim. - Ordena ele.
- Você não está no direito de exigir nada. - Aviso. Prendo os braços dele com mais força e é aí que eu vejo: Uma faca na mão de Ethan. Observo ele todo e vejo que ele está armado com várias outras armas. A expressão em seu rosto é feroz. - Finalmente resolveu me matar, Ethan? - Pergunto. Esquento a faca em sua mão até ele a soltar.
- Não sei do que você está falando. - Ele grunhe, solta a faca e tenta se fazer de desentendido. Percebo que esse realmente era o objetivo dele ao se esgueirar em meu quarto.
- Não acredito. Tente novamente. - Indico.
- Não viaja, Izzy. - Diz ele revirando os olhos.
- Você nunca me chamou de Izzy. Muito convincente. - Acuso.
- Porquê a dúvida? Não é um apelido carinhoso? - Indaga ele.
- Não me provoque, Ethan. Como é mesmo que você disse? Gosto de te chamar de Isabelly pelo motivo de só eu te chamar assim. Isso me torna inesquecível. Izzy é tão sem graça. O seu nome é lindo. - Cito ele.
- Mudei de idéia, prefiro Izzy. Se todos tem o direito de te chamar assim, eu também tenho. - Nega ele.
- Tente novamente. - Repito.
- Isabelly, você está maluca! - Exclama Ethan.
- Ah, agora a gente está se entendendo. Agora me diz: O que você veio fazer aqui? - Exijo.
- Vim só conversar. - Mente ele.
- Não tem problema em falar a verdade, Ethan. Você veio me matar? Tudo bem. Tente. - Desafio-o. Tenho um pensamento e decido arriscar. Pego a faca que caiu de sua mão e coloco na sua mão novamente, virando-a assim para o meu coração.
- O que você está fazendo? - Pergunta ele confuso.
- Facilitando o seu trabalho. Vai, Ethan, é só empurrar. - Desafio.
- Você é louca! - Exclama ele. Solto a mão dele e ele continua com ela na posição em que deixei.
- Vai, Ethan! Está esperando o quê? Você veio aqui para isso. Termina o que começou! - Ordeno. Ele fica parado. Não suporto isso. - Vamos! Me mate como mataram sua mãe! É isso que você quer, não é? Se vingue se é isso que quer! Não perca a sua oportunidade. Sua mãe está morta, Ethan. Um Conjurador a matou. Quem sabe se não vou me tornar como ele? Se certifique que isso nunca vai acontecer! - Provoco. Ele explode como eu esperava. Num segundo ele está em cima de mim com a faca sobre meu coração.
- Não fale de minha mãe! Você não sabe de nada! Eles sempre tiveram razão. Todos os Conjuradores são iguais! Vocês são crueis. Assassinos! Você é igual a eles, não muda nada. Me arrependo do dia em que te beijei. Você merece isso mesmo: morrer. - Acusa ele. Sua mão treme.
- Então vai, me mata! - Exclamo. - Acaba com isso de vez, Ethan. É melhor do que ver você se tornando um assassino!
- Você é uma assassina. Nunca te conheci. Você se faz de vitima, mas na verdade é pior até do que Jonathan. Pelo menos ele tem coragem de admitir que não presta. - Acusa ele. Eu não penso, só ajo. Dou um tapa em seu rosto. Ao fazer isso me ergo um pouco e a faca entra no meu peito, me furando um pouco. Dor irradia do meu peito. Ethan me olha horrorizado. - Isabelly? - Chama ele.
- Nunca me compare ao assassino do meu melhor amigo. - Aviso. Olho para baixo e vejo minha blusa branca ficando vermelha onde a faca me furou. - Termina o trabalho, Ethan. - Indecisão toma conta do seu rosto por um momento. Depois de exitar ele acaba largando a faca e me puxando contra ele.
- Droga! Desculpa, Isabelly! - Se desculpa ele levantando minha blusa e examinando o tamanho do dano. Não acho que machucou muito.
- Odeio você. - Declaro.
- Eu sei. - Afirma ele.
- Você é um covarde. Odeio você tanto. Você é pior que qualquer um. - Acuso.
- Vou cuidar do ferimento. - Avisa Ethan.
- Não. Não quero que você fique perto de mim. Termine o trabalho ou vá embora de vez. - Declaro. Ele me olha indignado.
- Você sabe que não consigo. Odeio você por isso. Me odeio por isso. - Declara ele. - Vou cuidar de você e vou embora. - Avisa.
- Não toque em mim. - Me afasto dele. Por um momento vejo a mágoa em seus olhos. Logo ela é substituida por raiva.
- É melhor eu ir mesmo. Não se preocupe, Isabelly, posso não ter conseguido matá-la, mas não falta pessoas pra isso. Só peço uma coisa: Fique longe do meu caminho. Posso não ter conseguindo dessa vez, mas as pessoas mudam. Você pode não ter tanta sorte na próxima. - Avisa ele e após isso sai por onde veio.

Heey pessoas? Oq acharam? Deixem suas opiniões nos coments, votem e indiquem. Desculpem pelo cap chato, tava desatenta hoje. Vou tentar melhorar no prox.
Beijinhos da Izzy :*
#31DiasDePublicação #29Dia

ConjuradoresOnde as histórias ganham vida. Descobre agora