42 - Escolha sua arma.

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- ...tenho muito o que agradecer a Ethan. Se não fosse por ele eu não sei o que teria acontecido. - Diz minha mãe. Eu não estava prestando muita atenção ao que ela estava dizendo, até ela citar o nome de Ethan.
- O que disse? - Pergunto.
- William não te contou? Foi Ethan que te encontrou. - Explica minha mãe. Olho para William em busca de confirmação. Ele acena em concordância.
- É verdade. Ele te encontrou e ligou para mim imediatamente. - Confirma ele.
- Ele ficou esse tempo todo lá fora preocupado com você. Disse que só vai embora quando confirmar com os próprios olhos que você está bem. - Explica minha mãe.
- Você quer vê-lo? - Pergunta William. Afirmo com a cabeça. - Agora ou prefere ver seus amigos primeiro?
- Agora. - Respondo. É melhor resolver logo isso.
- Tudo bem. Vamos deixá-los a sós. - Avisa William. Depois de exitar, minha mãe acaba concordando e saindo. Assim que eles saem, Ethan entra. Ele para na porta e me encara intensamente. Não parece saber como agir.
- Oi. - Diz ele finalmente.
- Oi. - Cumprimento-o de volta. Ele avança lentamente e depois de pensar muito, senta-se na cadeira ao lado da minha cama.
- Como está se sentindo? - Pergunta ele.
- Estou bem. Sentindo uma sede imensa, mas isso é o de menos. - Respondo.
- Que bom. Fico aliviado. - Diz ele. Um silêncio tenso toma conta do quarto. Depois dr um tempo, decido quebrá-lo.
- Como me encontrou? - Pergunto.
- Eu te trouxe. - Responde ele.
- Não é isso. Quero saber como me encontrou no banheiro. Como sequer sabia que eu precisava de ajuda? - Exclareço.
- Eu só soube. Eu senti, bem aqui, que você precisava de ajuda. - Explica ele colocando a mão sobre o coração. - É como se eu sentisse o que você sentia. Eu senti a sua dor. Eu simplismente soube que tinha que encontrá-la. De certa forma eu sabia onde você estava. Então eu fui. - Ele da de ombros.
- Bem, obrigada. - Agradeço.
- Não foi nada. Qualquer um faria a mesma coisa. - Ele não faz questão.
- Eu acho meio difícil, mas tudo bem. O que aconteceu depois que eu apaguei? - Pergunto.
- Eu te encontrei e tinha tanta água. Você estava fria e pálida. Liguei imediatamente para o meu pai. Ele perguntou se eu estava em condições de dirigir, porquê assim chegariamos mais rápido. Se fosse para esperar a ambulância ir, iriamos demorar. - Explica.
- Bem, eu insisto em agradecer. Obrigada mesmo. - Agradeço novamente. - E desculpe se causei algum incomodo.
- Não causou. Como eu disse: Só fiz o que qualquer outro faria. - Insiste ele.
- Bem... - Começo, mas logo ele me corta.
- Foi ele que fez isso, não foi? - Pergunta.
- Foi. - Confirmo sabendo a quem ele se refere.
- Vou matá-lo. - Grunhe ele.
- Melhor entrar na fila. - Aviso. - Falando nisso: Não vai entrar em encrenca por está com uma Conjuradora? Ainda mais se você a ajudou?
- Eu faço o que eu quero. - Anuncia ele.
- Eu discordo. Mas se prefere ficar se iludindo, vai em frente. Não vou estragar o seu sonho. - Discordo imediatamente.
- Não ouse achar que sabe algo sobre mim. - Avisa Ethan.
- Como quiser. - Concordo sarcasticamente.
- Você é tão frustante! - Reclama ele jogando os braços pro ar.
- Posso dizer o mesmo sobre você. - Aponto. Ficamos calados novamente. Ele abre a boca diversas vezes, mas acaba fechando-a novamente. Depois de um tempo parece tomar uma decisão.
- Preciso que me diga o que está acontecendo. - Pede Ethan.
- Não sei do que você está falando. - Aponto.
- Se você não sabe, quem vai saber? É claro que você sabe de alguma coisa! - Exclama ele. - Preciso saber o que tudo isso significa.
- Tudo o quê, Ethan? - Me faço de desentendida. Ele da um suspiro frustrado.
- Quero saber por quê sinto sentimentos que não são meus, porque senti quando você estava em perigo. Porque sempre sei onde você está. Porquê nunca me queimo quanto a toco, quando isso acontece com todos os outros. Porque comigo você fica mais forte... Preciso saber o motivo de isso tudo acontecer. - Insiste ele.
- E você supõe que eu sei? - Indago.
- Se você não sabe, quem é que vai saber? Porque isso não é normal, Isabelly. Você com certeza tem uma explicação. - Aponta ele. - Isso é coisa de Conjurador, tá na cara.
- E você acha que quando nos tornamos Conjuradores, vem um manual explicando tudo? Sinto muito te decepcionar, mas não é assim que acontece. Temos que descobrir tudo sozinhos, porquê ninguém vem nos explicar. - Indico. - A nossa vida não é tão fácil quanto você pensa.
- Porquê tenho a sensação de que você está mentindo pra mim? - Indaga ele.
- Eu não tô nem aí se você acredita ou não, Ethan. Você tirou o time fora de campo, esqueceu? Não pode me exigir nada. - Digo.
- É claro que tenho o direito! Quando se trata de mim, eu tenho! - Exclama ele irritado.
- Então acho melhor procurar outra pessoa para te explicar. Veio procurar respostas no lugar errado. - Aviso. Ele levanta frustrado e começa a andar de um lado para o outro.
- Isso tem que sumir. Não posso ter isso acontecendo comigo! - Exclama ele.
- Porquê, Ethan? Porquê provavelmente é coisa de Conjurador? Sua repulsa por nós é tão grande assim? Porquê está aqui então? Porquê me ajudou? Se é tão repulsivo pra você ter qualquer coisa a ver conosco, pode sair. - Aviso apontando para a porta.
- Não é isso. - Nega ele nada.convincente.
- É o quê, então? - Exijo. Ele fica calado. - Nem uma desculpa você consegue inventar. Você é igual a eles. Não muda nada. A diferença é que eles tem coragem de falar na nossa cara que não nos suporta, já você é covarde demais para isso. - Acuso.
- Não me chame de covarde! - Avisa ele vindo pra cima de mim.
- A verdade dói, não é? - Zombo. - Você vai fazer o quê? Me matar? Vai em frente, Ethan! Vamos ver se você consegue! - O desafio. - Termina o que Jonathan começou!
- Nunca me compare com aquele doente! - Diz ele ficando cara-a-cara comigo. Nossos rostos ficam à poucos centimetros de distância. - Você não tem idéia do que está falando.
- E você tem? - Pergunto.
- É claro que sim. - Responde ele sem se afastar.
- Pois não parece. Me diga, Ethan: Seus novos parceiros de crime sabem que você andou se envolvendo com uma Conjuradora? - Pergunto. Ele fica calado me olhando furiosamente. - Não, não é? Agora me diga: O que será que eles iam pensar disso? Tenho certeza que bom não seria a palavra que eles usariam para descrever. E nem qualquer coisa parecida.
- Você não vai dizer nada. Nada aconteceu. - Nega ele.
- Ainda vai insistir em dizer que não é covarde? Não se preocupe, não vou sujar sua boa reputação. Apenas me diga mais uma coisa: Quando chegar a hora de me matar, pra quem você acha que eles vão designar essa tarefa? - Pergunto.
- Isso não vai acontecer. - Insiste ele.
- Não se iluda. Você sabe que essa hora vai chegar. E nós dois sabemos pra quem.essa tarefa vai ser designada. Só nos resta uma pergunta: Você vai conseguir me matar, Ethan?
- Isso não vai acontecer! - Exclama ele.
- Claro que vai, bobinho. Acho melhor ir escolhendo sua arma, você sabe que eu não preciso de uma. - Aponto. Ele abre a boca para negar novamente, mas é cortado.
- Ethan, seu tempo acabou, - Avisa minha mãe entrando no quarto. Quando Ethan vai saindo, puxo ele de volta encostando a boca em seu ouvido.
- Eu te devo minha vida. Talvez eu deixe você me matar para compensar. Nós dois sabemos que a assassina aqui não sou eu. - Sussurro. Ele me olha espantado e sai.

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Beijinhos da Izzy :*
#31DiasDePublicação #28Dia

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