39 - Meu Herói.

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Estou me afastando do meu armário quando esbarro em alguém.
- Cuidado por onde anda, garota! - Exclama uma voz feminina muito enjoativa. Olho para a dona daquela voz irritante e não a reconheço. Morena, olhos verdes, curvilínea.
- E você seria? - Indago contra a vontade.
- Alguém que você não vai querer entrar no caminho. - Avisa ela. Não consigo me segurar. Rio ironicamente. - Qual é o seu problema? É retardada, deveria ter imaginado.
- Lydia, para. - Ouço a viz de Ethan dizer atrás dela.
- Ora, Ethan! Ela está com você? Porquê não me disse que tinha arrumado um bichinho de estimação? - Provoco.
- Isabelly... - Diz ele em tom de aviso.
- Falei alguma mentira? - Insisto. De certa forma estou me sentindo muito provocadora hoje. Ergo a mão em aviso. - Melhor, não me diga! - Os olhos de Lydia seguem meu braço.
- Ela é um deles! Porquê ainda não está morta? - Pergunta ela indignada.
- Ótimo, mais uma. Era só o que eu precisava! - Reclamo jogando as mãos pro ar. Já chega de tantos caçadores em minha vida.
- Estamos em trégua e seja mais discreta! - Avisa Ethan alto o suficiente só para nós ouvirmos. As pessoas passam nos encarando.
- Trégua? Com esses monstros? Vocês ficaram loucos? Quer saber? O Conselho estava certo em nos mandar. - Avisa ela. Percebo que um pouco mais atrás tem dois caras que nunca vi.
- Escuta aqui, caçadora! O único monstro desse lugar está bem na minha frente. Se eu fosse você não falava tanto. Quem sabe que vestigios você deixou por aí das mortes que você causou? Assassinato é crime, sabe? Você pode ir parar na cadeia. - Aviso ficando cara a cara com ela.
- Você está me ameaçando? - Vejo a surpresa em seus olhos. É, querida. Não sou como o restante dos Conjuradores que temem e se escondem.
- Melhor ficar atenta, querida. Posso nunca ter matado alguém, mas nada poderia me impedir de botar fogo nesse seu lindo cabelinho. Acidentes acontecem, você sabe. - E com isso me viro e saio andando em direção a sala de aula. Não acredito que tenho que aturar mais caçadores! É demais! Estou entrando na sala de aula quando Ethan me chama. - O que você quer?
- Porquê você falou daquele jeito? Você pode ter piorado tudo! - Exclama ele me arrastando para dentro da sala vazia e fechando a porta.
- Não tem nada pra piorar, Ethan. - Comento. Antes que essa conversa possa avançar pra algo sério, frito os sistemas da câmera da sala.
- Eles não são como o restante de nós. Estão aqui para matar Conjuradores e nada pode impedi-los. Não vai ser essa trégua estúpida que vai te proteger. Um deslize só e você está morta. - Comunica ele.
- Estúpida? Eu estou mesmo ouvindo isso? Você chamou nossa trégua de estúpida? - Exijo irritada.
- Estou em dúvidas se essa trégua foi uma boa idéia. Estamos nos concentrando muito em Jonathan e enquanto isso outros Conjuradores estão saindo ilesos. - Lamenta ele.
- Você está mesmo falando isso pra mim? Você, Ethan?! - Exclamo.
- Tudo que aconteceu entre nós foi um erro. Não vai voltar a acontecer. De qualquer maneira, você está namorando, não é? - Indaga ele.
- Isso não é da sua conta e não vejo por que motivo isso tenha algo a ver com o assunto em questão. - Respondo brava.
- Não precisa. Está tudo bem claro. E é o certo. Caçadores com caçadores e Conjuradores com Conjuradores. É assim que tem que ser. Cada um em seu lugar. Cada um... - Ele não termina.
- Diz logo, Ethan. Cada um matando um ao outro. Era isso que você ia dizer, não é? - Exijo.
- Sim. É isso mesmo. É assim que as coisas tem que ser. - Concorda ele.
- Eles já começaram a fazer lavagem cerebral em você. Nunca pensei que Ethan Fernandez ia cair tão baixo. Se deixando influenciar. Estou vendo que me enganei. - Lamento.
- Estou começando a ver o que é certo. É diferente. - Discorda ele.
- O que é certo?! Matar pessoas inocentes é o certo pra você?! Você é tão covarde quanto eles. - Acuso.
- Minha mãe foi morta por um de vocês! - Acusa ele de volta.
- Muitos dos Conjuradores que vocês mataram eram mães, pais, filhos. Todos tinham família! Você pensou nisso quando os matava? - Indago.
- Você está tentando jusficar a morte da minha mãe? - Pergunta ele mortificado.
- Não quero justificar a morte de ninguém, mas você tem que entender que sair matando pessoas por aí não vai resolver nada! De quantas dessas pessoas você realmente teve uma prova de que eram culpadas? - Pergunto. Ele fica calado. - Você nem ao menos se certifica antes de matar! Você é tão ruim quanto eles.
- Eu não te matei, porra! - Explode ele.
- Você não teve muita escolha quanto a me deixar viva. Nada daquilo foi você de verdade. - Lamento. Afinal é a mais pura verdade. Ele não me matou por ser o meu Destino. Se não fosse isso eu já estava morta.
- Do que você está falando? - Exige ele.
- De algo que eu lamento e muito. Talvez seria melhor se você tivesse ido até o fim. Mas não precisamos perder tempo. Porquê não termina o trabalho? Estou bem aqui Ethan e não vou revidar. Termina o que você começou. Porquê ouça bem, Ethan. Se você matar qualquer um dos meus amigos, se pelo menos machucar, eu vou acabar com você. Posso não conseguir te matar, mas existe muitos métodos de tortura que vão fazer você desejar estar morto, e isso? Eu posso fazer. - Aviso.
- Matar você? Ficou maluca! Ninguém aqui está falando disso. - Diz ele ultrajado.
- Do jeito que você está se deixando convencer, não dúvido que esse chegue logo. - Digo derrotada.
- Não estou deixando ninguém me convencer a nada, porra! - Exclama ele.
- Quer saber, Ethan? Vai pro inferno! Já perdi demais meu tempo com você. - Exclamo e com isso o sinal bate e as pessoas começam a entrar na sala. Dando fim a discussão. Sento irritada no meu lugar. Ethan senta-se ao meu lado me lembrando que vou ter que aturá-lo ao meu lado ainda por cima.
- Tudo bem? - Marian faz com a boca ao entrar. Aceno em concordância. - Quero falar com você. - Completa ela. Aceno novamente e o professor aparece, dando início à aula. Depois de um tempo meu celular vibra.
- Td bem? Léo pergunta por mensagem. Teclo o mais discretamente possível para o professor não perceber.
- Está sim.
- Tem certeza?
- Não. Mas vai ficar.
- Posso ajudar em alguma coisa?
- Vc ajuda só por se preocupar.
- Sempre me preocupo com vc :)
- Me preocupo com vc tbm. Com tdos, aliás. Por isso fica atento aos nvs caçadores, está bem?
- Claro. Vc tbm. Qualquer coisa me avisa. Tudo bem?
- Sim. O mesmo serve para vc.
- Você deveria prestar atenção na aula e namorar menos. - Reclama Ethan me assustando.
- Vai se ferrar, Ethan. - Falo irritada e volto para as mensagens.
- Dps preciso falar c tdos. Só nós, Conj's. Mando para Léo.
- Entendo. Na minha casa às seis? Manda ele de volta.
- Combinado. Concordo.
- Posso te pegar em casa?
- Senti um duplo sentido nesse "pegar"?
- Não usaria essa palavra grosseira para descrever, mas já q vc tocou no assunto...
- Vou pensar no seu caso...
- Espero ganhar um "sim" nvamente.
- Novamente? - Indaga Ethan praticamente em cima de mim.
- Você estava olhando minhas mensagens?! - Exclamo acusatória.
- Você se pegou com o Leonardo mesmo?! - Pergunta ele com tom de reprimenda.
- Minha vida amorosa não lhe dizer respeito, agora cai fora. - Aviso.
- Vida amorosa? - Insiste ele.
- Não foi você mesmo que disse que o certo é Caçadores com Caçadores e que o mesmo serve pra Conjuradores? - Acuso.
- Não use minhas palavras contra mim. - Avisa ele.
- Tarde demais. E eu faço o que bem entender. - Deixo claro.
- Senhor Fernandez! Será que o senhor pode se afastar da Senhorita Donavan?! Está praticamente no colo dela! - Exclama o professor nos fazendo pular. Ele está horrorizado. - Deixem o namorico para quando estiverem fora da escola. - Avisa ele em tom de reprimenda. Scott cai na gargalhada.
- "Praticamente no colo dela" foi uma boa descrição, professor. - Comenta ele entre risos. - Viu só, menina bonita? Os caras caem aos seus pés! - Brinca ele.
- Scott, pare com isso! - Avisa Lydia nos lançando um olhar mortal. Nem percebi que ia ter que aturá-la também.
- Paro nada. Meu apoio incondicional está com a Izzy. - Avisa ele. Percebo que não é só da situação em questão a que ele se refere. Scott está realmente do meu lado. Lia lhe lança o seu olhar mais doce ao perceber o mesmo que eu.
- Scott, bebê, eu aceito seu pedido. Saimos depois da escola. - Diz ela com a voz melosa. Scott percebe qual é a dela e entra no jogo.
- Viu só universo? Eu finalmente consegui! Ela vai sair comigo! - Exclama ele erguendo as mãos pro céu.
- Isso é um ultraje! Você não pode fazer isso, Scott, você sabe das consequências. - Avisa Lydia irritada.
- Dane-se as consequências! Pode vir seja quem for. - Avisa ele.
- Isso é um ultraje! Scott, para a sala da diretora já! - Exclama o professor.
- Sim capitão! - Diz Scott batendo continência fazendo a sala toda rir. Ele pega suas coisas e sai com muito orgulho. Para na porta, pisca para Lia, sussurra um "até mais tarde" e se manda.
- Meu herói. - Diz Lia dramaticamente me lançando uma piscada. Nosso herói, Lia. Nosso herói.

Heey pessoas. Oq acharam? N gostei do cap. Achei meio sem graça, mas foi oq saiu. Espero que tenham gostado pelo menos um pouco.
Deixem suas opiniões nos coments, votem e indiquem.
Beijinhos da Izzy :*
#31DiasDePublicação #25Dia

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