22 - A vitória é nossa.

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- ...Ethan, Isabelly, Scott, Thalia, Leonardo e Marian. Vocês serão o time vermelho. - Comunica o Treinador Gomez enquanto nos entrega as nossas braçadeiras.. Se estão se perguntando o que estamos fazendo, eu respondo. Vamos jogar Paintball. Pois é. A escola chegou a conclusão de que precisamos ter uma experiência ao ar livre, e por isso, marcou um jogo de Paintball. E agora, para piorar tudo, o treinador me coloca num grupo com Ethan. Nem reparei no nome dos outros integrantes. Passei a prestar atenção depois que o treinador citou o nome dele. Estamos todos já preparados. Com todos os equipamentos especiais para proteção, arma, suprimentos que possam ser necessários, como água e munição. Alguns alunos não vieram, já que os pais não deram permissão. Vamos jogar em um campo ao ar livre, com direito a floresta e tudo.
- Isso não é justo. Quero ficar com o meu namorado! - Reclama Karolina.
- Você vai ficar onde eu colocá-la. - Avisa o treinador. Todas as salas vieram, e por incrível que pareça, ele quis monitorar a nossa pessoalmente. Ao que parece, essa turma não foi lá um bom exemplo no último passeio da escola.
Karolina faz bico mais fica quieta. O treinador continua dizendo quem vai ficar em que grupo.
- Olha que maravilha! Deus ouviu minhas preces! - Diz Lia dando pulinhos.
- Não pareça tão animada, dona Thalia. Afinal o grupo não é tão perfeito assim. - Aviso.
- Ora, não seja estraga prazeres, dona Isabelly. - Provoca ela.
- Isso mesmo. Não seja estragas prazeres. - Scott concorda.
- Não seja puxa-saco. - Reclamo.
- Adoro você também. - Brinca ele. Não resisto e acabo mostrando a lingua pra ele. - Criança.
- Olha quem fala... - Provoco.
- Se interajam, Lebelly. Quero shippar vocês. - Pede Lia.
- Quem é Lebelly? - Pergunta Henrique. Ah, ele vai ficar no nosso time também.
- Léo e Isabelly. Agora podem perder as esperanças. - Comunica Lia. Reviro os olhos.
- Confesso. Você estava certa. - Diz Léo chegando ao meu lado.
- Eu sempre estou. - Brinco.
- Do que vocês estão falando? - Pergunta Lia desconfiada.
- Eu avisei para o seu irmão que você ia longe com esse papo de Lebelly. - Explico.
- E ela estava certa. Eu achei que você ia parar naquele dia mesmo. - Termina Léo.
- E Lebelly existe? - Pergunta Marian.
- Não. - Respondo sorridente.
- Ainda. - Avisa Lia. - Mas está quase lá. - Termina ela com os olhos brilhando de exitação. Reviro os olhos novamente. Não adianta nem perder tempo. Flagro Ethan me olhando intensamente como sempre. Agora só nos falamos durante a aula de reforço. Ignoramos a existência um do outro em qualquer outro momento. A única coisa que trocamos são esses olhares. E é sempre acidentalmente. Já com Léo é ao contrário. Estamos mais chegados ainda nessa última semana. Ele é totalmente diferente do que eu julgava ser. E é divertido ainda por cima. Não rola nada mais do que amizade, mas as vezes ele ainda tenta o flerte. O problema é que eu nunca sei se é serio ou de brincadeira.
- Agora vamos! Cada grupo pegue sua bandeira e esconda-a bem. Você já sabem das regras. Agora coloquem o capacete e vão! - Ordena o treinador. Colocamos nosso capacete, Ethan pega a nossa bandeira e entramos no meio da floresta. Cada grupo vai por um lado diferente. Começo a sentir a exitação quem vem junto com a adrenalina. Que seria melhor, é claro, se não estivessemos sendo monitorados por câmeras por todos os lugares.
- Vamos correr! - Ordena Ethan.
- Desde quando você é o lider? - Pergunto, mas corro. Se tem uma coisa em que sou boa é em correr. Nos misturamos no meio da floresta.
- Desde que ninguém pronunciou uma palavra contra. E desde quando você voltou a falar comigo? - Ethan me acompanha e pergunta. Ignoro a pergunta e corro mais rápido. Adentramos no meio da floresta e procuramos um lugar para esconder nossa bandeira.
- Deixem os tiros com a gente, assim não gastamos munição atoa. - Anuncia Scott.
- Nem pensar. E quem foi que disse que eu não sei atirar? - Pergunto.
- Você sabe atirar? Por acaso já usou alguma arma na vida? - Pergunta ele cético.
- Claro que já. Meu treinamento não se resumia somente em saber usar meus poderes e aprender a dar um bom soco. - Respondo revirando os olhos. Sei que ele não consegue ver por causa do capacete, mas é institivo.
- Sei... - Comenta ele sem acreditar.
- Guarde minhas palavras, eu ainda vou salvar seu traseiro hoje. - Aviso e me ponho a correr o máximo que consigo. Depois de um tempo sinto uma mão em meu ombro. Viro rápidamente mirando a arma na cabeça da pessoa.
- Ei, calma. Sou só eu. Só vim dizer que não precisa correr tanto. Vamos andando agora. - Diz Léo. Abaixo a arma que na verdade seria inútil contra um ataque.
- Se essa arma fosse de verdade, você poderia ter levado um tiro! - Aviso.
- Desculpa. - Diz ele. Noto o indício de um sorriso em sua voz.
- Tá desculpado. - Digo sorrindo.
- Você está sorrindo, então estou realmente perdoado. - Comenta ele. Os outros logo nos acompanham.
- E como você sabe? - Pergunto.
- Te conheço mais do que você imagina. E deu para perceber pela voz. - Responde ele.
- Ei! Menos papo e mais ação! - Reclama Ethan.
- Vai se foder! - Exclamo.
- Olha como fala. - Diz Ethan vindo para cima de mim.
- Silêncio, vocês dois. Vamos enconder logo essa bandeira. - Reclama Lia. Aceno e continuamos a andar.
- Eu poderia subir numa dessas arvores e escondê-la lá. - Ethan sugere.
- Não daria certo. Qualquer um pode ver. - Discordo. Tenho quase certeza de que ele está revirando os olhos nesse momento.
- Alguém tem idéia melhor? - Grunhe ele. Eles começam a discutir sobre qual seria o melhor lugar. Me afasto um pouco deles para pensar. E é aí que eu ouço o som de um riacho. Sorrio ao ter uma idéia. Volto até os outros.
- Eu tenho uma idéia! - Aviso animada.
- E qual seria? - Pergunta Ethan arrogantemente.
- Vou precisar de uma corda e de uma ou duas pedras bem pesadas. - Começo.

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