44 - Estou confiando em você (Ethan).

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- E aí, fez o serviço? - É a primeira coisa que Lydia pergunta quando chego em casa.
- Não consegui. - Respondo.
- Porquê não conseguiu? - Pergunta ela me lançando um olhar acusador.
- Ela estava acordada e atenta. Ouviu quando eu entrei. - Minto. Na verdade não consigo matar Isabelly porque não sou capaz. Nunca conseguiria. É como se uma força invisível sempre me fizesse recuar.
- Esse foi realmente o motivo de você não ter conseguido? - Indaga ela. Suspiro frustrado.
- Não. A verdade é que não consigo matá-la. Melhor deixar as coisas como estão. Eles ficam na deles e a gente na nossa. - Concluo.
- Você é fraco, Ethan. Pessoas como ela mataram sua mãe. Aliás, uma pessoa exatamente como ela. Um Conjurador do fogo. Você não sente nenhum remorço por permitir que Isabelly continue viva? O que você realmente sente ao olhá-la? - Insiste Lydia.
- Nada. Não sinto nada. Aliás, qual é o sentido de matá-la? Isso não vai trazer a minha mãe de volta. - Indico.
- Mas vai impedir que outros inocentes morram. - Avisa ela. Fico calado. - Quer saber? Deixe que eu mesma faço. Pode ter certeza de que não vou recuar. - Diz Lydia convicta. A idéia de tê-la fazendo algo para Isabelly não me é agradável. Ainda estou sentindo os efeitos do que quase fiz com ela. Estou sentindo repulsa por mim mesmo. Assim como estou indignado com o meu fracasso. Eu pulei a janela do quarto de Isabelly com um objetivo: Realizar a tarefa que me foi dada. Matar Isabelly. Lydia me mostrou algumas coisas que indicam que Isabelly não é como eu pensei. Ela fez coisas horríveis. A pior de todas foi colocar fogo numa casa com uma família inteira dentro. Não teve nenhum sobrevivente. Foi a mesma coisa que aconteceu com minha mãe. Poderia até pensar que os dois assassinatos foram feitos pela mesma pessoa. Mas não é possível. Isabelly não matou minha mãe. "Será?" Foi o que Lydia perguntou quando disse a mesma coisa. "Ela estava na Itália." Foi a minha resposta. "Você tem provas?" Lydia indagou. Foi a partir dessa conversa que comecei a ter as minhas dúvidas. Lydia descobriu que esse último incêndio foi causado por Isabelly porquê o colar de Conjuradores dela foi encontrado na cena do crime. Poderia ser de qualquer outra pessoa, mas percebi que Isabelly não está mais usando o dela. Além de ter as digitais dela na joia. Fiquei devastado e irado com a notícia. Lydia já vinha me avisando e eu não acreditava. Depois de descobrir fiquei realmente mal. Fui enganado todo esse tempo. Eu beijei ela! Como posso não ter percebido? Sou um idiota. Ela é uma ótima atriz e é nisso que minha vida foi resumida. Independente disso, ainda não sou capaz de matá-la. Achei que iria conseguir, mas fracassei. Não gosto da idéia de Isabelly morta. Isso me dá um aperto no peito, como se com a morte dela uma parte de mim também pode morrer junto.
- Esquece essa história, Lydia. Temos coisas mais importante com as quais nos importar. Em Isabelly nos sempre podemos ficar de olho, já em Jonathan... E ela não vai servir se estiver morta. Você acha que Jonathan vai ficar por aqui quando descobrir que seu objeitivo final está morto? - Lembro-a. Foi a única coisa que pensei em dizer para desviar a atenção de Lydia para outra coisa.
- Talvez quando ela estiver morta Jonathan pare de matar pessoas. Você não disse que ele está fazendo isso para afetá-la? - Indaga ela.
- Ele não vai parar. E Isabelly não serve de nada morta. - Aviso.
- Uma hora ela vai ter que morrer. Lembre-se de qual é nosso objetivo: "Todos os Conjuradores mortos." Precisamos restaurar o equilibrio. Manter cada coisa em seu lugar. E isso só vai acontecer quando o mundo estiver livre de todas as aberrações que põem nossas vidas em risco. - Avisa Lydia de volta.
- Já te avisei, Lydia, ela não vai servir ao nosso propósito se estiver morta. - Lembro-a. - Mas se quiser matá-la, vai em frente. Depois não me culpe se tudo der errado. Não vou falar nada, afinal estou aqui para obedecer as ordens do Conselho.
- Tudo bem, você venceu. Ela fica viva. Mas ela vai ter que morrer em algum momento. Mas aviso logo: Se ela interferir demais, eu a mato sem exitar. - Avisa Lydia.
- Deixe que eu lido com Isabelly. - Aviso.
- Você tem que ficar distante dela. Ordens do Conselho, está lembrado? Assim como seu pai tem que ficar longe da mãe dela. Arrume isso também. Ele não está colaborando conosco. Não está servindo de nada. Essa idéia de ficar com a mãe da Conjuradora do Fogo para ficar de olho nela não está nos servindo de nada. - Lydia me repreende.
- Achei que sua mãe estivesse resolvendo isso. - Indago. Oliver, mãe de Lydia está tentando usar os seus atributos femininos para criar conflitos entre meu pai e Rosa, para eles terminarem de vez. Ela está morando temporariamente conosco, assim como Maxuel, irmão de Karolina e Lucas, irmão de Lydia.
- Ela está resolvendo isso. Mas uma ajuda extra não é uma má idéia. Portanto, converse com ele. E sobre Isabelly? Vai conseguir matá-la quando chegar a hora? - Indaga Lydia.
- Não é questão de decidir, é de fazer. E eu vou fazer. - Afirmo. De certa forma não acredito nem em mim mesmo. Tenho minhas dúvidas de que vou ser capaz de agir quando for preciso.
- Ótimo. Você é um bom soldado, Ethan. Tem muito potêncial. Quem sabe um dia não termina no Conselho? - Sugere ela chegando muito perto de mim e colocando um dos braços em meu ombro. Sua boca fica muito perto da minha. Em várias ocasiões ela foi ousada demais. As vezes acho que é propósital, mas ela sempre age como se fizesse isso sem perceber. Até age como se ficasse envergonhada com isso. Não sei no que realmente acreditar, mas isso me deixa incomodado.
- Quem sabe? - Repito me afastando um pouco. - Bem, acho que já estamos entendidos. Vou ver a Karolina, ela deve está se perguntando por quê não apareci no quarto dela ainda. - Sempre falo no nome de Karolina quando Lydia fica próxima demais. Vejo uma centelha de raiva nos olhos dela, mas passa rápidamente. Isso sempre acontece, as vezes fico pensando se realmente aconteceu ou se é só imaginação minha.
- Tudo bem. Boa noite, Ethan. - Se despede ela ficando corada.
- Boa noite, Lydia. - Lembre de que Isabelly fica por minha conta. Não vou falhar quando chegar a hora.
- Vamos ver. Estou confiando em você. - Avisa ela.
- E eu em você. - Lembro de volta. Ela sorri com minhas palavras e eu me viro e saio dali rapidamente.

Heey pessoas lindas! Oq acharam? Deixem suas opiniões nos coments, votem e indiquem.
P.S: Amanhã é o último dia do Concurso #31DDP portanto não vou mais postar todos os dias por ter outros livros para dar atenção e o livro já está acabando. Lembrem-se: Terá 2° Temporada.
#31DiasDePublicação #30Dia
Beijinhos da Izzy :*

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