14 - Indo à procura de Lia

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- Como assim ela sumiu? - Pergunto.
- Ela simplismente desapareceu, Isabelly. A última vez que a vi foi no bar, esperando você. Ela disse que eu não precisava fica no pé dela, que não ia sair de lá. Ela prometeu isso. - Responde Léo e vejo o desepero em seu rosto e em sua voz.
   - Vamos encontrá-la. - Digo e saio pelo bar a procura dela. Léo tenta ligar novamente. Tenho uma mal pressentimento. Sinto um olhar em mim e quando olho vejo Ethan me olhando com ar de preocupação. Vou até eles.
- Cadê a Lia? - Pergunto direta.
- Como assim, cadê a Lia? - Ethan pergunta.
- Ela sumiu. - Explico.
- E porquê você acha que a gente vai saber onde ela está? - Karolina pergunta arrogantemente.
- Vamos ser sinceros pelo menos uma vez na vida! Só conheço um grupo que teria o prazer de fazer mal a Lia, e estou olhando para ele. Agora porquê não facilitamos e vocês me dizem onde ela está? - Exijo.
- Isabelly, é sério. Não sabemos da Lia. - Ethan diz.
- E porquê eu acreditaria em vocês? Não tenho nenhum motivo pra isso. Me falem onde ela está ou eu acabo com vocês. - Aviso.
- E causar um escandâlo? Dúvido muito! - Karolina provoca.
- Karolina, para. - Ethan avisa.
- Parar porquê? Todos aqui sabemos o que teremos que fazer se ela se expor ou colocar alguém em perigo, e ouso dizer que vou ter o maior prazer em acabar com ela! - Ela continua provocando.
- Onde está minha irmã?! - Léo exige puxando Ethan pela camisa.
- Eu não sei onde está sua irmã! Agora me solta, ou vou ser obrigado a fazer você soltar nem que seja a força. - Ethan explode. Olho bem para ele e percebo a sinceridade no olhar dele. Ele pode não saber, mas não dúvido nada de que algum dos amiguinhos dele saibam. Olho para todos e é aí que percebo, André não está ali. Puxo Léo de cima do Ethan e pergunto:
- Onde está André? - Olho Ethan nos olhos e espero sua resposta. Ele olha ao redor de seus amigos e percebo que ele fica surpreso quando não encontra o amigo. Ele olha para os outros e eles negam com a cabeça.
- Eu não sei. - Responde ele me olhando. Olho de volta furiosa e desesperada. Ele olha para os amigos e diz: - Procurem ele. Agora. - Todos saem rápidamente, só Karolina fica.
- Você não pode está insinuando que o André fez algo com sua amiga! - Diz ela exasperada.
- Estou insinuando exatamente isso. Eu vi o jeito em que ele estava olhando para ela hoje. Eu é que fui louca ao achar que ia ficar só nisso. - Falo.
- Isso é um absurdo! Ele jamais faria algo sem nos falar primeiro. Não fizemos nada com ela e o irmãozinho dela até hoje. Porquê fariamos agora?! - Ela praticamente grita.
- Não fizeram não por tentativa, não é mesmo? Não é a primeira vez que tentariam. - Respondo irada. - E você! Liga pra ele agora! - Aponto para Ethan. Ele me olha irritado, mas ao ver meu olhar liga rápidamente. Depois de várias tentativas ele suspira derrotado.
- Não atende. - Diz ele.
- Não encontramos ele, mas achamos isso. - Scott fala ao chegar. Ele me entrega o celular e vejo que é o da Lia. Ótimo! Agora não podemos usar o GPS para encontrá-la. Ao perceber os meus pensamentos, pego o celular de Ethan da mão dele e tento localizar André.
- O que você está fazendo?! - Exclama ele.
- Localizando André. Onde ele estiver a Lia vai estar. - Respondo.
- Karolina tem razão, ele não faria algo sem nos avisar e sem permissão. - Ethan tenta me convencer.
- Você está disposto à colocar a mão no fogo por ele? Porquê eu não. - Digo e logo acho a localização do celular de André. - Agora me diga, Ethan. Se André é tão inocente, o que ele estaria fazendo no meio da floresta a essa hora da noite? Ainda está disposto a apostar sua vida pela dele? - Pergunto ironicamente e saio em direção à saída do bar.
- Espere, onde você vai?! - Pergunta Ethan vindo atrás de mim.
- O que você acha? Salvar a Lia do seu amigo psicopata, é claro! - Respondo. Ao chegar ao estacionamento vou até o meu carro.
- Eu também vou. Não vou arriscar a vida de André nas suas mãos. - Ele comunica.
- Puta do jeito que eu tô? Você está completamente certo! - Digo e dou um tampinha no ombro dele. - Você me segue, não levo caçadores no meu carro. - Aviso.
- Espera, e meu celular?! - Exige ele.
- Vai comigo. Você vai ter sorte se ele sobreviver hoje. - Aviso. Olho para os meus amigos e digo: - Léo, Tamara e Thomas vem comigo. O resto fica. E fiquem de olho na Fernanda.
- Eu vou com você, Ethan. - Karolina avisa.
- Tudo bem, o resto fica aqui e tentem entrar em contato com o André. SE ele estiver fazendo alguma besteira, convençam ele a deixar de ser um idiota. Ah, e avise ao meu pai. Scott, você também vem comigo. - Ethan comunica e entra no carro. Faço o mesmo e piso no acelerador quando todos já estão dentro. Thomas vai olhando o caminho pelo celular e me indicando por onde ir. Corro o mais rápido possível, sem me importar com sinais de trânsito.  Ao chegar na floresta pego uma trilha que possibilita a passagem do carro e continuo. Ao chegar no final avisto um carro parado. Paro o meu carro e saio rápidamente. Todos os outros fazem o mesmo.
- É o carro de André. - Karolina diz surpresa.
- Ainda duvidam? - Pergunto. Ethan nega com a cabeça.
- A trilha acaba aqui, o carro não pode passar, o que vamos fazer? - Scott pergunta.
- A gente corre, é claro! - Respondo. E é isso que eu faço. Já consigo imaginar pra onde André levou Lia. Quando eu era pequena, fomos à um passei da escola, onde nos levaram em uma cachoeira que eu imaginava que era mágica. Ela era tão grande e dava em um rio maior ainda, que eu me senti em um conto de fadas. Na verdade, a Cachoeira MaryLand recebeu esse nome depois que uma jovem se suicidou nela após a morte de seu noivo num acidente de carro. Que ironico da sua parte, André. Penso.
Corro como nunca corri na minha vida. Vejo a clareira e o rio brilhando pela luz do luar a frente e ouço o som da cachoeira. Corro mais rápido ainda e paro ao ver André segurando Lia contra ele e segurando um punhal na garganta dela. Léo e Thomas param ao meu lado. Espero os outros aparecerem, mas eles não aparecem. Olho para Thomas e ele nega com a cabeça. Eles ficaram escondidos. Ótimo! Melhor assim.
- Finalmente, Donavan! Achei que não iria mais aparecer, já estavamos impaciente, não é mesmo, Lia? - André exclama. Lia nos olha desesperada.
- Solta minha irmã, seu canalha! Eu vou acabar com você! - Léo grita indo pra frente. Puxo ele de volta e nego com a cabeça.
- Solte ela, André. - Exijo.
- Agora que a brincadeira começou? Eu acho que não. - Diz André rindo.
- Você é louco. - Digo.
- Não. Louco não, Isabelly. Sou realista. Tenho que livrar o mundo de aberrações como vocês. Falando nisso, quem é o seu amigo? - André pergunta.
- Quem ele é não vem ao caso. Me diz o que você quer. - Exijo.
- Eu já disse, Izzy. Quero livrar o mundo de aberrações como você e sua amiguinha aqui. Quero fazer o que o idiota do Ethan não conseguiu fazer. Meu maior desejo é ver você morta. Você e todos os seus amiguinhos Conjuradores. - André diz e faz um pequeno corte superficial no pescoço da Lia. Ela é forte e não grita.
- Lia! - Léo exclama. - Eu vou matar você, seu monstro!
- Ora, eu não sou um monstro. Vocês são. Meu dever é acabar com vocês. Assim como fizeram com meus pais. - André está parecendo um lunático.
- Sinto muito pelo que aconteceu com os seus pais. Mas ninguém aqui tem culpa do que aconteceu com eles. Agora solta a Lia. - Falo calmamente.
- Vocês tem tudo a ver com a morte dos meus pais, tudo! Conjuradores mataram eles e você diz que não tem nada a ver com isso? Vocês tem tudo a ver!
- Não temos. Sinto muito a sua perda, mas ninguém aqui matou alguém. Ao contrário de você, que já matou. Você acha que matar a Lia resolve isso? Está muito enganado.
- Matar só ela não, mas matar todos resolve.
- E como você vai matar alguém estando morto? Porquê você sabe que se fizer algo contra ela, você não sai vivo dessa.
- Isso só prova o monstro que vocês são.
- Não. Isso mostra o quão HUMANOS somos. Ninguém tem tão sangue frio a ponto de ver um ente querido ser assassinado e não fazer nada. Esse é o mundo hoje em dia. Eu sei, você sabe, todo mundo sabe.
- Você acha que com esse papo me engana? Pode enganar o idiota do Ethan, mas a mim não. Ele está cego, mas tão cego, que nem sequer percebe que está louco por você. - Ele diz. E eu não aguento. Eu rio.
- Engraçado, André. Não sabia que você tem humor até na hora que ameaçar alguém. Aliás, não sabia nem que você tem humor.
- Ria o quanto quiser. Mas é a verdade. Sabe que até a Karolina percebeu? Ela sim não é cega. Porquê você acha que ela anda cravando as garras nele mais do que o normal?
- Chega de papo furado! Solte a Lia! Eu fico no lugar dela. - Digo. Ele parece refletir por algum tempo. Olha para a Lia, depois pra mim e acaba acenando.
- Não, Izzy. Não faça isso. - Diz ela com a voz rouca. Espera. Rouca? Olho para a garganta dela e vejo marcas de dedos já arroxeadas.
- Seu desgraçado! Não acredito que você tentou enforcar ela. Vou acabar com você! - Exclamo indo pra cima dele.
- Alto lá, querida! Ou posso desistir de trocar ela por você. - Avisa ele. Paro. - Isso. Agora se tiver alguma arma, é bom tirar.
- Não tenho. - Falo.
- Olhe lá, se estiver me enganando, eu mato ela!
- Não tenho. - Insisto.
- Pois bem, então ande. Devagar e com as mãos pra cima. - Ordena ele. E é isso que eu faço. Vou andando lentamente e quanto estou a pouco passos deles, ele pede pra mim parar. Ele retira uma arma do cinto.
- O que você está fazendo?! - Exclamo.
- Calma. Só estou me certificando de que você não vai correr. - Ele explica. Ele se aproxima e quando Lia está praticamente colada a mim, ele a solta lentamente, e quando eu acho que ele vai deixá-la ir, ele da um coronhada na cabeça dela e agarra meu braço. Lia cai desmaiada no chão.
- Não! - Léo grita e vem correndo pra gente.
- Alto lá! Não quer sua amiguinha morta, quer? - André pergunta colocando o punhal na minha garganta. Léo para na metade do caminho. - Sabe, Izzy. Eu sempre quis isso, você a minha mercê. Você que sempre se acha tão durona, aqui, parada sem poder fazer nada. - Ele faz um corte superfícial no meu pescoço, assim como fez com a Lia. Sinto minha garganta queimando e assim como ela, eu não grito.
- André, solta ela. - Ethan aparece e fala calmamente.
- Ethan! Que bom que se juntou a nós. Agora você pode criar coragem e me ajudar. Não se preocupe, você não vai precisar matar essa vadia aqui. Pode deixar ela comigo! Só precisa se livrar dos amiguinhos dela! - André diz animado.
- Eu não vou fazer nada. Você não está pensando direito, André. Solte ela. Nós não somos assim. - Ethan exige.
- Assim como? Estou fazendo o certo. Estou fazendo o que nós, caçadores, sempre tivemos que fazer. - Explica André.
- Não. Você está agindo como o monstro que nós odiamos. Você está agindo como eles.
- Como você pode dizer isso?! Você sabe o que eles fizeram com meus pais! O que eles fizeram com sua mãe! - André grita. Vejo o olhar de dor no rosto de Ethan ao ouvir o nome da mãe. É aí que eu ajo. Conjuro o fogo que há dentro de mim e esquento o punhal e a arma até eles ficarem vermelhos. André grita e os larga. Viro e rápidamente desfiro um soco na mandibula dele, seguido de um chute no outro lado. André cai no chão e eu parto pra cima dele. Transfiro socos por todos o corpo dele. Sinto uma dor na minha coxa e ao olho para baixo, vejo que André pegou uma faca e me cortou, e agora ela está vindo diretamente para minha barriga. Giro André deixando ele por cima de mim e logo em seguida o jogo no chão. A cabeça dele bate no chão e o impacto o deixa atordoado, fazendo com que ele largue a faca. Me levanto e vejo Ethan correndo até nós. Ele para na nossa frente e nos olha pertubado. Olho para o rosto dele e nisso vejo um borrão branco vindo em direção a ele. Não penso, só ajo. Me jogo em cima dele, fazendo meu peso nos jogar ao chão. Caio em cima dele e a força do impacto me deixa sem ar. Olho para ele o que faz os nossos rosto ficarem a meros centimentros de distância.
- Você está bem? - Pergunto.
- Sim. E você? - Ele pergunta.
- Sim. Estou. - Respondo.
- Porquê você nos jogou ao chão? - Pergunta ele confuso. Olho para trás, ele faz o mesmo. Na arvore, atrás de nós, tem uma estaca de gelo cravada nela. Olho para a frente e o vejo.
- Olá, meu amor. - Diz Jonathan.

Heey wattpadianos viciados em livros! Gostaram do cap? Sinceramente eu não gostei muito, não saiu do jeito que eu queria, mas é a vida. Eu tinha que postar alguma coisa para vocês, certo? Gostaria de pedir o votinho de vocês. Comentem o que acharam do cap e indiquem para os amigos.
Ah, não deixem de ler minhas outras duas obras: "Karma - Tudo que vai, volta" e "Atração Demoniaca". Acho que vocês vão gostar.
Beijinhos da Izzy :*

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