24 - Não conheço o amor. (Será?) (Ethan)

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- O que ela quis dizer quando falou que tenho que tomar uma atitude? - Pergunto a Marian depois de explicar o ocorrido com Isabelly. Não soube pra quem mais pedir ajuda. Contei até sobre o outro beijo no corredor. Marian é mulher e além de tudo minha irmã. Quem sabe ela não me ajuda de certa forma?
- Ela quis dizer que você é um idiota. - Responde minha irmã curta e grossa.
- Mary, tó falando sério?! - Exclamo estressado.
- Eu também. Você é mesmo um idiota. Okay, ela não quis dizer só que você é um idiota. Ela também quis dizer que você tem que tomar uma atitude sobre tudo que aconteceu. Os beijos, o CIÚMES, as provocações, TUDO. Você não pode simplismente sair beijando-a sempre que quiser. Ainda mais com uma namorada! Isso não é atitude de homem e você bem sabe. Você sempre repudiou pessoas assim e agora derrepente decidiu se tornar um? Você sabe que eu te amo, mas até eu não gostei da sua atitude. Eu adoro a Karolina. Ela não é uma pessoa má, só muito ciumenta, mas vamos combinar que motivos ela tem de sobra para ser, e olha que ela nem sabe do que aconteceu! Eu também gosto muito da Izzy. Nós não somos tão amigas assim, mas eu a admiro muito. Nenhuma das duas merecem passar por isso. Então ou você para de sair beijando a Izzy e de ficar sentindo ciúmes, ou você termina com a Karolina, porquê virar um cafajeste não combina com você. - Discursa ela. Fico mudo por muito tempo absorvendo as palavras dela. Tudo bem, eu sei que não estava agindo honradamente, mas não imaginei que tanto. Vendo pelo ponto de vista de Marian só me faz me sentir mais culpado.
- Resumindo, o que Isabelly quis dizer exatamente? - Pergunto só para ter certeza.
- Ela deixou bem claro que você não pode se pegar com ela e namorar a Karolina ao mesmo tempo. Você tem que escolher. Ou melhor, conhecendo a Izzy, ela não quer te obrigar a terminar com a Karolina. Ela jamais faria isso. Ela só quer que você pare de tratar a Karol feito idiota. Resumindo: Chega de traições. Se você realmente sentir algo pela Izzy que vale a pena desistir de tudo e lutar por ela, você vai ser sincero com a Karolina e deixar que ela pare de perder tempo com algo que no final não vai dar certo. Agora se o que você sente pela Karol for mais forte, você vai deixar a Izzy em paz. Nada de beijos e nada de ciúmes. Ela tem o direito de tentar ser feliz, seja com você ou não. - Conclui Marian.
- Que resumo grande. - Comento sem saber o que dizer.
- É a minha opinião também, então tive que deixar bem claro. - Responde ela.
- Foi mais do que claro. - Resmungo.
- Ótimo. O que você vai fazer então? - Marian pergunta.
- Não sei. É tudo muito complicado. - Respondo.
- Eu sei. Mas você tem que decidir. E logo.
- Não é tão fãcil assim.
- O que você sente pela Izzy? - Ela pergunta.
- Não sei. É tudo muito confuso.
- Vamos tentar facilitar. O que você sente estando com ela? Qual é o motivo que te faz querer beija-la? - Minha irmã insiste. Reflito por um longo momento antes de responder.
- Quando estou com ela, só nós dois, eu esqueço que ela é uma Conjuradora e que eu sou um Caçador. Nós nos tornamos pessoas normais. Eu não tenho lembranças das pessoas que já matei. Gosto do fato dela achar que pode salvar todo mundo, de ela colocar todos acima dela mesma. Ela me faz rir sem nem perceber. Nunca preciso fingir que estou prestando atenção ao que ela fala como faço com outras pessoas. Só os gestos dela já tem minha total atenção. Sinceramente, não consigo prestar atenção em mais nada quando ela está por perto. Isabelly é como uma chama que me hipnotiza. Ela é tão cheia de vida. Também gosto do fato de ela não estar nem aí para as regras. Ela não se deixa levar pelo que a sociedade diz que uma pessoa tem que ser. Ela só é ela mesma e danem-se as consequencias. Gosto até de brigar com ela, porque assim tenho sua total atenção só para mim. Sou egoísta à esse ponto quando se trata dela. E ser egoísta não é bom. Não gosto de ser assim, mas ao mesmo tempo não me importo. Tudo por causa dela. Isabelly tira o pior e o melhor de mim, tudo ao mesmo tempo. Não gosto de outros homens perto dela. Me sinto possessivo. Outra coisa da qual não gosto. A primeira vez que nos beijamos, no começo era só um pretesto para Jonathan não nos reconhecer. Fiquei até surpreso quando ela tomou a atitude. Mas depois eu só sabia que tinha que beijá-la. Foi como quando sentimos sede e precisamos de água. Naquele momento me veio um pensamento na cabeça dizendo que aquilo era certa e que era ali onde eu queria estar. - Explico e faço uma pausa para respirar.
- E da segunda vez? - Marian pergunta.
- Da segunda vez foi parecido só que em uma situação diferente. Nós estavamos brigando e nos insultando. Nosso nível de adrenalina estava nos ares. Era insulto atrás do outro. Até eu simplismente não pensei, só agi. Eu a beijei tendo a certeza de que era isso que tinha que fazer. Eu já vinha pensando em beijá-la antes. Eu estava como um viciado. Todas as vezes em que a olhava eu tinha a mecessidade de ter a boca dela colada na minha. Depois do beijo, eu tentei me convencer que só aconteceu no calor do momento, por causa da adrenalina. Pior que eu não estava conseguindo nem enganar a mim mesmo. Fiquei furioso quando ela fingiu que nada tinha acontecido. Eu não queria que ela ignorasse ou esquecesse. Queria que ela lembrasse tanto quando eu. - Digo suspirando.
- Nossa. Queria sentir algo assim por alguém. - Marian comenta. Olho para ela lançando o meu melhor olhar sério. - Tudo bem, tudo bem. O que você sentiu da primeira vez que ela te beijou de verdade? Eu sei que vocês não consideram como beijo, mas quero saber. - Ela pede.
- Após eu ter tentando matá-la? Foi um choque. Eu não acreditei na ousadia dela. Por um momento eu pensei que estava alucinando ou algo assim. Não sei bem o que senti além de choque. Foi tudo muito rápido e eu estava furioso por ela ter pegado minha adaga. - Respondo.
- É, ela é um desafio e tanto. Agora me diga: O que você sente pela Karolina? - Minha irmã pergunta.
- Não sei bem. Só sei que não sinto o que sentia antes. Antes mesmo de conhecer Isabelly o nosso relacionamento já tinha esfriado. Eu admiro Karolina, muito. Me importo com ela como sempre me importei. Independente de qualquer coisa ela sempre vai ser como da família. Também sinto atração por ela, não tanto quanto antes mais sinto. Gosto do modo como ela sempre tenta proteger à todo nós. Sinto uma grande afeição por ela. - Respondo.
- Mas não amor. - Conclui Marian.
- Mas não amor. - Concordo.
- E pela Isabelly, você sente?
- Não. Não sei. Amar Isabelly é como ir contra todas as nossas crenças. Seria como traição. Nunca trairia minha família ou a memória de nossa mãe.
- Então nada de amor mesmo? - Marian insiste.
- Eu nem sei como é esse tipo de amor. Achei que amava Karolina mais agora sei que não. O que sinto por Isabelly é uma coisa que me puxa contra ela. Como um imã. Tento mudar de direção mais sempre acabo voltando na direção dela.
- A coisa tá complicada para você, Ethan. Mas sabe o que eu acho? - Marian pergunta.
- O quê? - Mando de volta.
- Acho que você está apaixonado e não é pela Karol. Agora me diga: Desistiria de sua felicidade por uma crença de familia?
- Minha familia e nossas crenças são tudo o que conheço. - Respondo.
- Isso não responde a minha pergunta. - Marian acusa.
- Vai ter que servir. - Respondo.
- Melhor encontrar a resposta certa logo. O tempo não tira um dia de folga. - Avisa ela.

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Nem vou pedir para lerem minhas outras obras, afinal virou repetitivo. Quem quiser vai lá no meu profile e encontra.
Vcs são os melhores!
Beijinhos da Izzy :*
#31DiasDePublicação #10Dia

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