33 - Revelação.

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Mais uma vez Henrique da uma festinha em casa e mais uma vez eu me deixo ser arrastada. Tudo bem que dessa vez foi por um bom motivo. É aniversário da Fernanda. Eu sei que deveriamos estar nos preparando para o próximo ataque de Jonathan ao invés de numa festa, mas aniversário é meio que uma coisa sagrada, né? Por isso cá estamos nós. E dessa vez não está só a galera jovem. Tem bastante adultos. A família de Fernanda, minha mãe e William. A mãe de Léo e Lia entre várias outras pessoas mais velhas.
- O que estão achando? - A aniversariante chega perguntando. Estou junto com minha "panelinha" de sempre. Tamara, Thomas, Lia, Léo, Scott, André (Sim, até ele!), Henrique, Pedro e etc. Ethan e Karolina estão na "pista" dançando.
- Está maravilhoso. - Comento.
- Vocês arrasaram com a decoração! - Exclama Lia.
- E com a comida também. - Brinca Scott.
- Que bom que gostaram! - Diz Fernanda toda feliz.
- Não se esqueçam que ela não moveu um dedo para ajudar. - Brinca Henrique.
- Ei, eu sou a aniversariante! É justo que vocês façam tudo sem mim. - Brinca ela de volta.
- Não tenho nenhum argumento contra isso. - Concorda ele.
- Que bom. Agora venham dançar comigo, meninas! - Exige ela nos puxando quando começa a tocar uma música eletrônica. Antes de sair de casa resolvi que pelo menos por hoje eu me daria o direito de me divertir. Por isso vou sem reclamar. Quando já estamos no meio da sala que serve de pista, levanto os braços pro alto, fecho os olhos, e começo a dançar me deixando levar pela música.
- Isso aqui está demais! - Grita Tamara ao meu lado. Sorrio em concordancia e continuo dançando.
- Alguém está te comendo com os olhos e despindo você toda. - Comenta Lia em meu ouvido.
- É gato? - Brinco.
- É o Ethan. - Responde ela. Resisto a tentação de abrir os olhos e olhar para ele. Me contento em olhar para Lia.
- Que se dane, deixe ele ficar só olhando. - Digo.
- Isso aí, garota. Deixe ele olhar e desejar o que ele deixou escapar. - Concorda ela.
- Rimou. - Digo rindo.
- Caraca, já devo estar um pouco bêbada! - Exclama Lia rindo.
- Então dança comigo, bêbada. - Brinco e giro ela pela pista.
- I Gotta Feeling, uhuuu! - Canta ela.
- Não é essa música que está tocando, sua maluca! - Aviso rindo.
- Ah, mas eu adoro ela! Deveria estar tocando. - Indica Lia. - Nandinha, coloca minha música! - Exclama ela indo abraçar Fernanda.
- Ela é louca! - Exclama Tamara.
- Você se acostuma. - Brinco. Dançamos mais três músicas e voltamos para junto dos meninos.
- A próxima dança é minha. - Sussurra Léo em meu ouvido.
- Combinado. - Concordo sorridente. Marcamos de sair na segunda-feira após a aula. Ele vai me levar ao parque de diversões.
- Um brinde a felicidade! - Exclama Fernanda me entregando um copo de plástico com champanhe.
- A felicidade! - Todos exclamam.
- E a pirralha da minha irmã! - Brinca Henrique.
- À Fernanda! - Concorda Lia. Bebo o champanhe grata por esses momentos de felicidade. Quando a próxima música começa a tocar eu puxo Léo para dançar.
- Pronto? - Pergunto.
- Já nasci pronto. - Brinca ele rodeando minha cintura com os braços e me puxando para perto.
- Você é muito ousado! - Brinco de volta.
- E você gosta. - Indica ele rindo.
- Gosto. - Admito. Dançamos uma, duas, três músicas juntos. Faço uma pausa para beber um pouco de água e quando estou na cozinha Thomas aparece.
- Izzy, posso falar com você? - Pergunta ele.
- Claro. Algum problema? - Pergunto de volta.
- Não é nada muito sério. - Me tranquiliza ele.
- Tudo bem. Pode falar. - Concordo.
- Podemos ir lá fora um pouco? - Ele indica a porta da cozinha.
- Tudo bem. - Afirmo. Saimos e me encosto na parede, esperando. - Você está estranho.
- Você notou? - Pergunta ele.
- Claro que sim. - Respondo.
- Porquê você nunca nota outras coisas? - Ele pergunta.
- Não estou entendendo aonde você quer chegar. Que coisas?
- Esse é o problema. Você nunca entende. - Lamenta Thomas.
- Você poderia ser mais direto? - Peço.
- Eu amo você, Izzy. E não é do jeito fraternal que você me ama de volta. Jonathan tinha razão ao dizer que eu queria você para mim. Eu ainda quero. Sempre quis. Ver você toda intima com Leonardo me mata por dentro. Eu não tenho o direito de reclamar, eu sei. Só que as vezes é tão difícil. Primeiro foi o Ethan, agora ele. Eu nunca falei isso antes porquê eu sempre soube que você não sentia o mesmo. Só que agora está pior, sabe? Ser só o seu amigo quando desejo mais que isso é horrível. Eu já tentei parar de sentir isso mais simplismente não consigo. Já tentei evitar de todas as maneiras. Eu achava que quando você estivesse longe o sentimento ia sumir, mas isso não aconteceu. Eu sinto uma necessidade tão forte de te proteger de tudo e de todos. De te abraçar, te beijar e ter você só para mim que eu fico louco. - Ele faz uma pausa para tomar fôlego. Fico chocada com as suas palavras. Ele percebe. - Eu não estou pedindo nada em troca. Jamais faria isso. Eu só precisava te dizer porquê isso estava me consumindo por dentro. Foi preciso beber um pouco e Tamara me empurrando para criar coragem. Sim, ela sabe. Na verdade todos perceberam. Só você que não. O que é engraçado. Você sempre percebe tudo quando se trata das outras pessoas, mas nunca percebe quando você está envolvida. Eu preciso fazer uma coisa agora. Talvez você fique com raiva. Mas eu preciso fazer e não vou pedir desculpas por isso. - Em seguida ele me beija. Fico tão chocada que não faço nada no início. Fico lá parada enquanto ele me beija. Quando o choque passa que eu percebo o que está realmente acontecendo eu o afasto de mim.
- Desculpe. Eu... Eu preciso ficar um pouco sozinha. - Aviso e em seguida me afasto o deixando lá. Entro no meio da festa e dou de cara com Fernanda.
- Izzy, o que aconteceu? Você está pálida! - Exclama ela.
- Eu preciso ficar sozinha. - Repito feito um robô.
- Ah, claro. Pode ficar no meu quarto se quiser. - Indica ela.
- Obrigada. Avisa para os outros não me seguirem? - Peço.
- Claro. Deixa comigo. - Concorda ela. Quando estou subindo as escadas ouço vozes me chamando, mas as ignoro. Chego em frente a porta do quarto de Fernanda, entro e me jogo na cama dela.
- Isso não pode está acontecendo. - Falo comigo mesma. Eu nunca imaginei que Thomas sentia algo assim por mim. Tudo bem, muitos comentavam. Mas eu achava que era só brincadeira. Ele nunca deu qualquer indício de sentir algo mais que amizade por mim. Sempre senti por ele a mesma coisa que senti por James. Amor de amigo e de família. Eles sempre foram a minha família para mim. Agora isso? Nego com a cabeça indignada.
- De novo não. - Penso alto. Já bastava Jonathan. Agora Thomas? Não. Espero que a história não se repita. - O que você está pensando, Isabelly? Thomas não é Jonathan. A história não vai ser repetir. - Me repreendo. Suspiro cansada de tudo isso e depois de um tempo acabo cochilando. Acordo sobressaltada ao ouvir o barulho da maçaneta girando na porta.
- Fernanda? - Alguém chama. Pulo da cama imediatamente.
- Ethan? - Pergunto.
- Isabelly? - Pergunta ele de volta entrando no quarto.
- O que você faz aqui? - Pergunto.
- Estou procurando a Nanda. Viu ela? - Ele explica e pergunta.
- Não. A última vez que à vi foi lá na festa. Aconteceu alguma coisa? - Pergunto preocupada.
- Estamos procurando ela por todo o lugar porquê chegou a hora de cortar o bolo. Henrique pediu para eu ver se ela estava aqui. - Responde ele.
- Vou ajudar a procurá-la. - Aviso. Derrepente o quarto fica gelado.
- Isabelly... - Começa Ethan.
- O quê? - Pergunto passando as mãos pelos braços.
- A janela. - Indica ele. Olho para a janela que agora está toda embaçada. Três palavras aparecem: Vem brincar, Bella.
- De novo não! - Exclamo já sabendo porquê Fernanda sumiu.

Heey pessoas! O que vocês são, Caçadores ou Conjuradores? O que acharam da revelação de Thomas? Deixem suas opiniões nos comentários e não deixem de votar e indicar.
Beijinhos da Izzy :*
#31DiasDePublicação #19Dia

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