✞ Meu Doce Psicopata✞ ⇒Jeff The Killer⇐ (Versão Antiga, Cancelada)

Cap 4: Invocação

Jeff on*

Misaki estava prestes a me invocar quando entro em seu quarto revelando minha presença. Estava lá desde que ela enterrou os corpos mas acho que a mesma não se deu conta disso pois assim que percebeu que eu estava em seu quarto deu um pequeno grito, e andou alguns passos para trás um pouco apressada.

-Sei que sou irresistível mas não imaginava que você iria querer me ver tão cedo. -Digo a ela. A maioria me chama de metido, sinceramente, eu acho que apenas falo a verdade. Ela começa a me olhar diretamente nos meus olhos como se estivesse analisando eles, me senti confuso, ninguém nunca ousava me olhar diretamente mas ela mais uma vez se mostrava diferente dos outros, parecendo não se importar com o perigo que eu poderia lhe trazer. Isso era o que eu mais admirava nela, sua coragem apenas por estar ao meu lado.

-Porque está triste? -Ela pergunta. Do que essa garota está falando? Penso, me confundindo ainda mais. - Seus olhos. Quem os olha diretamente poderia dizer que você não sente nada mas bem lá no fundo, mesmo que bem escondido e ofuscado, eu vejo tristeza em seu olhar. - Fico sem saber o que lhe responder, realmente com o passar do tempo fui me sentindo vazio mas não pensava que alguém seria capaz de notar isso, ou se importar.

Ela vai se aproximando mais de mim até que surpreendentemente ela me abraça. O que essa menina está fazendo?

-Não se sinta sozinho eu estou aqui com você. - Ela diz, por um pequeno momento me deixei levar pelo calor de seu abraço mas sem o retribuir, até que percebo o que estava fazendo e a empurro com força no chão. Eu não tenho sentimentos, ao menos é isso que devo me obrigar a acreditar. Não os posso ter.

-Do que você está falando? Eu não sinto absolutamente nada idiota! Eu até mesmo iria te ajudar com os corpos mas depois disto vou deixar que você aprenda sozinha a cavar buracos melhores. -Digo indo em direção à porta mas ela segura a manga da minha blusa fazendo com que eu voltasse minha atenção a ela novamente.

-Sinto muito por isso...Eu realmente não sei o que que deu em mim... Te prometo que n-não farei mais isso. - Ela diz com suas bochechas vermelhas, fortemente coradas e se atrapalhando em suas próprias palavras. -Porfavor não me deixe sozinha. Eu nunca tive ninguém, agora que tenho você não quero lhe perder.

Eu não sabia o que responder, mesmo eu sendo tão horrível com ela, ela conseguia ver bondade em mim, conseguia ver a dor por trás do meu sorriso, curiosamente o vazio dela completava o meu perfeitamente.  "O que diabos você está pensando Jeff? Sentimentos? Amor? Isso não existe! Não se deixe iludir novamente por estes monstros que são os humanos. Eles lhe enganam com doces mentiras para que depois aprecie a amarga solidão de suas ausências. Não se deixe enganar!" Meu conciente alertava. Sim, eu sei que sou monstro, mas a verdade é que nem sempre fui assim. O mundo é o verdadeiro monstro nessa peça, sou apenas uma de suas marionetes usadas, rasgadas e tristes, jogadas em uma caixa vazia e solitária.
Empurro meu braço para frente fazendo com que ela solte a minha blusa e saio andando a deixando sozinha, parte de mim não queria fazer isso, mas acredito que assim como eu, ela ainda tinha muito o que pensar sobre hoje.

Jeff off
Misaki on*

Assim que Jeff sai pela porta me permito chorar tudo que não chorei em sua frente, tudo o que eu sentia era posto nas lágrimas numa falha esperança de que elas levassem a dor embora. Sei que Jeff me vê apenas como um pequeno inseto no qual ele pode rapidamente pisar em cima de forma rápida e prazerosa, sei que não se importa comigo, que não dá a mínima, mas ainda sim eu não consigo odia-lo, por mais que eu tente sinto que esse sentimento sai ao contrário do que desejo, como se quanto mais ódio eu tentasse sentir, mais amor preenchesse meu coração. Eu estava amando Jeff. "Não Misaki porfavor não faça isso consigo mesma." Pensava dentro de mim. Eu não queria acreditar mas infelizmente por ser tão sozinha acabei me acostumando com a sua presença, sua sombria e alegre presença, seu jeito irônico e zombador, malicioso e ao mesmo tempo divertido. Era como se ele fosse a saída e ao mesmo tempo o penhasco do meu labirinto, como se me completasse em um quebra cabeças.