7. Decifre-me

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De novo e de novo

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De novo e de novo. Girando e girando como em um carrossel. Por que a história gosta tanto de voltar deste jeito? Mais uma vez tínhamos aquele mesmo cenário nesta peça que se tornava deprimente aos meus olhos: Eu, o homem a quem eu acreditava amar juntos em um carro assistindo a estrada em nossa frente tornando aquela cena tão melancólica junto da nossa tão querida música do silêncio. Eu nunca tive voz o suficiente para quebrar aquilo.

Rumo a lugar nenhum aquele carro estava indo. Se lar é onde meu coração está então meu coração perdeu toda a esperança, pensei comigo mesma ao reconhecer aquela estrada.

-Apenas para recolher nossas coisas, talvez seja seguro agora. -Ele disse quebrando aquele silêncio, precisava-se de coragem para fazer aquilo.

Para mim aquele silêncio era mais do que apenas a falta de barulho como deveria ser, ele era capaz de me afastar de Jeff mais do que eu achei que fosse possível, ao meus olhos era como se estivéssemos tão distantes ao mesmo tempo em que estávamos tão próximos, como se houvesse uma barreira entre nós, barreira esta que você deve conhecer por orgulho.

"Talvez seja seguro", sua voz ecoava agora em minha cabeça dando lugar a uma tremenda barulheira. Talvez, ele de fato se preocupava comigo? Eu não queria dar lugar ao meu lado perfeitamente pessimista (no qual escondia visivelmente bem) mas era difícil quando acabava por cair de cabeça nele.

Ao mesmo tempo em que me pegava pensando no porquê de ele não ter me abandonado ainda, me pegava pensando que talvez parte de mim valesse algo.

Ele ligou o rádio parecendo incomodado com a nossa falta de diálogo, o que mais eu poderia dizer? Éramos um perfeito casamento dos condenados, uma navalha que cortava a dor fora, era eu a suicida nesta relação. Infelizmente Hey Jude dos Beatles não desligou o barulho em minha cabeça, para falar a verdade era como se meus gritos sincronizassem-se com os de John Lennon.

-Você mudou... -Jeff disse em um tom baixo que ainda sim foi capaz de me assustar. - Se não tivesse me conhecido provavelmente estaria tagarela a reclamar da universidade ou de garotos. Deveria ser uma adolescente normal.

Realmente era verdade, eu havia mudado ao lado de Jeff. A antiga eu agora poderia tanto estar chorando quanto feliz, quem saberia a resposta? Eu mesma já não faço ideia. O que eu fiz a mim mesma? Me pegava pensando, por que eu não podia ver que estava bem daquele jeito? Não, não estava a falar de Jeff como poderia parecer, estava a falar de tudo. O que aconteceu com aquela criança feliz que sonhava com o futuro? O que aconteceu com aquela adolescente que se afogava em livros de fantasia sonhando com a terra do nunca? O que aconteceu com a menina que sonhava com a universidade? Para onde foi aquela jovem com psicólogo tão arruinado que um dia se afogou em Riley Day a ponto de achar te-la? Queria ser tão forte a ponto de realmente ter tido.

-Mesmo que pegue cada pedaço de um copo que se quebrou, pedaços ainda são pedaços. Quando algo se quebra ele jamais volta. Mas não é como se existisse apenas um copo no mundo. Mas se você continuar chorando pelas peças do copo que se quebrou você jamais achará um novo. -Respondi-lhe citando meu tão querido Higurashi No Naku Koro Ni que estava perdido dentro de mim.

Confuso ele me olhou bem como se quisesse ler o que eu estava a dizer, como se tentasse me decifrar, mas meus pensamentos ele jamais poderia decodificar mesmo que tentasse. Nem eu mesma era capaz de ler aquela bagunça. Às vezes me pegava a imaginar que eu era uma história escrita em diversos idiomas, minha melancolia era americana e cheirava a Nova Iorque, tão tóxica quanto a fumaça de suas ruas vinda dos carros. Minha felicidade era brasileira, dançando despreocupada ao som de um samba, tão colorida rumo ao carnaval para depois não ter aonde voltar. Minha confusão era japonesa, dividida entre ser o que gostaria e o que me designaram, entre ser um padrão robótico ou apenas humana. Meu pensamento era grego, invejando todos aqueles que já puderam desfrutar de uma tarde com Sócrates, sendo doente com aquilo que Platão considerava uma doença. Eu era por inteira todos os países e nenhum. Pertencia a todos os cantos e a lugar nenhum, pertencia a mim mesma e a ninguém.

-O que você quer dizer com copo? -Respondeu finalmente demonstrando sua confusão.

-Não adianta mais reclamar ou rezar para que a antiga Misaki volte, ela já se quebrou e partiu, mas, se você ficar se lamentando por quem eu era jamais poderá encontrar quem eu sou agora.

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✞ Meu Doce Psicopata✞ ⇒Jeff The Killer⇐ (Versão Antiga, Cancelada) Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum