✞ Meu Doce Psicopata✞ ⇒Jeff The Killer⇐ (Versão Antiga, Cancelada)

3. Ausência

"É que na ausência
a tua presença
fica mais forte aqui..."

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-Ela deve ficar feliz em não ter tido-o... -Disse com dificuldade, e cuspindo um pouco de sangue. -Você está longe de ser um bom pai.
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Apesar de não saber ao certo o porquê bem no fundo aquelas palavras foram capazes de me machucar um pouco, mesmo que ferisse meu forte orgulho admitir aquilo.

Deixei a faca ali mesmo naquele local e sai correndo pelas ruas, corri como se não tivesse amanhã, perdendo o fôlego diversas vezes e então voltando a correr, eu me convencia de que não tinha ideia do porque e para que corria mas no fundo eu sabia que covardemente eu tentava correr do meu passado, aquelas gotas de sangue finalmente estavam me tocando, finalmente estavam me molhando.

Me atirei em um beco qualquer me permitindo finalmente descansar, mais uma vez a escuridão familiar me abraçava em um abraço frio e sem vida e que por muito tempo era o único que eu tinha.

Mas é que você foi embora, será que ela voltaria? Pela primeira vez eu havia me tocado que a ausência dela me atingia mais do que pensava. Era tão estranho, eu sabia que ela poderia nunca mais voltar e ainda sim era como se ela estivesse ali, bem ao meu lado, rindo e suspirando junto comigo, cansada de tanto correr.

"-Aquilo foi muito errado Jeff!"

Possivelmente diria isso se de fato estivesse presente, ela era como minha consciência, minha tão sonhada sanidade. Ela era meu pássaro, tocando as nuvens todas enquanto eu projetava asas para poder desfrutar do prazer que seria toca-lá.

Era tão estranho pensar assim nela, Misaki era meu nada e ao mesmo tempo era tanta coisa. Era uma forte luz, guiava meu caminho entre às sombras em que me aprisionei por tanto tempo, mas sua ausência era uma escuridão que me acorrentava e me deixava preso a Misaki, sem chance de escapar. Ela era meu relógio, era através dela que eu via o tempo passar, ele se passava tão rápido perante sua presença mas tão lento em sua ausência.

Ausência se dá a falta de algo que já não estava mais lá, mas talvez eu não merecesse ela ali de qualquer maneira.

Porque você teve que ir? Eu queria manter esperanças mas era meio difícil com a realidade batendo na minha porta a cada minuto. Estaria ela bem? E meu filho, estaria ele perto poder existir? Admito, de modo egoísta no fundo eu concordava com tudo que aquele rapaz havia dito, e também queria acreditar que a criança estava morta, estranho mesmo era ter esse pensamento sem nenhum tipo de peso na consciência.

-Jeff?

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Desculpem pelo capítulo curto e ruim...