MIRROR OF LIFE

MOL | 037

Phoebe Moon

- Já chegamos.- o Ewan acorda-me com um beijo, odeio quando acordam-me mas se fosse sempre assim não tinha de reclamar.

Eu fechei os olhos mas não consegui dormir, só pensava na merda que é a minha vida e na rapariga em que me estou a tornar, eu quero ser dura e má como sempre fui, não quero ter um namorado só porque um rapaz não me quer. Eu vou amar o Ewan, os seus olhos brilham quando ele sorri e os seus cabelos dourados fazem com que a minha respiração se altere, e aquele corpo deixa-me completamente sem noção. E é nisto que eu vou agarrar, nas coisas boas que o Ewan tem e que o Harry não tem, o Harry vai ser só um erro do passado que me fará rir.

- Toma.- o Ewan entrega-me as minhas malas e dá-me um beijo, eu intensifico o beijo.

- Eu amo-te.- digo com toda a mágua que há dentro de mim por ser mentira, mas eu vou amá-lo.

- É bom ouvir isso da minha namorada.- dou-lhe mais um beijo e entro em casa, as malas parecem mais pesadas do que antes. Escondi a parte de mim que está completamente triste e sorri com todas as forças, está na hora de seguir em frente, Phoebe!

Entro em casa e a primeira pessoa que vejo é o Harry, boa merda!

- Hey.- passo por ele e deixo as minhas coisas na sala, depois eu arrumo, agora estou com uma fome de leoa.

- Pensava que só chegavas amanhã.- o Harry segue-me até a cozinha e percebo que não está ninguém em casa, é Domingo, é dia de estar em casa.

- Pensas-te mal.- dou uma dentada numa maçã e encosto-me ao balcão, é tão bom estar em casa, aquele Acampamento deixou-me exausta.

- Hoje eu fui à casa do Luke e ele contou-me uma coisa.- ele encara-me e começo a tremer.- Precisamos falar.

Eu não acredito que ele sabe se tudo...

- Não, o Luke não era capaz de contar-te nada, eu pedi segredo.- as minhas veias já começam a pulsar, se o Luke estivesse aqui provavelmente já estaria morto.

- Ele não é capaz, mas tu és.- ele aproxima-se mais e isso está deixando-me descontrolada.

- Diz-me tudo, Phoebe. O que é que tens para dizer-me?- os seus olhos verdes estão deixando-ne baralhada e não estou conseguindo encontrar uma desculpa, talvez dizer a verdade seja melhor. Tento controlar-me mas os seus lábios tocam na minha orelha, deixando-me desnaturada, tudo o que sair da minha boca a partir de agora vão ser frases que eu nem tenho noção que vou estar dizendo.

- Eu quero-te.- sussurro e arranho as suas costas, neste momento estou em cima do balcão deixando o Harry controlar este momento.

- Repete.- ele passa as mãos pelos meus peitos, ele acabou de desvendar o meu ponto fraco e não consigo parar de gemer.

- Eu amo-te.- tiro a sua camisola e beijo os seus lábios rosados, estou deitando tudo para fora e não quero pensar, se fizer isso este momento vai acabar.

- Eu também amo-te.- o Harry diz entre o beijo deixando-me aliviada, ele amar-me deixa-me a pensar que tudo o que eu refleti durante este fim de semana eram barbaridades do meu subconsciente e tudo poderá ficar bem a partir de agora.

- Vamos para cima.- ele agarra-me no colo e leva-me para cima, sei muito bem a merda que poderei estar a fazer, mas não consigo aguentar, foi um mês difícil de suportar.

Ele escolhe logo o seu quarto, o que me deixa feliz, sei que ele odeia quando entra alguém no seu quarto. Ele fecha a porta enquanto beija-me e por mais que não queira, o meu cérebro já está a processar isto tudo de uma maneira tão rápida que eu já parei o beijo e já estou longe do Harry a arrancar os meus cabelos.