𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐑𝐀𝐈𝐍 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑

Ele te quer

Atrás do palco era um pouco quente ou eu estava nervosa, já estava acostumada com os shows mas havia uma pessoa muito diferente esperando me ver. As cortinas se abriram e o holofote me seguiu enquanto eu subia no palco, os caras que já conheciam já me gritavam, "gostosa" "delícia" como eu amava ser o centro das atenções. Procurei por aquela pessoa no meio da pista e não encontrei, graças à Deus!!!

Assim como eu tinha pedido para o DJ começou a tocar Make me - Britney Spears e eu peguei na barra gelada, comecei a dar voltas nela colocando meu peso nela, bem devagar desamarrei o nó do sobretudo, os caras das luzes jogaram fumaça no palco e eu tirei a roupa com agilidade e quando a fumaça diminuir eu estaria apenas de lingerie, foi dito e feito.

Entrelacei minhas pernas de lado na barra e comecei a subir, os caras olhavam maravilhados esperando o que eu iria fazer. Ao chegar no topo comecei a girar com rapidez na barra até o chão, me sentei Ainda segurando na barra atrás de mim e abri um espacate. Os caras gritaram e jogaram dinheiro e eu sorri para eles, me levantei novamente e fiz algumas manobras que deixaria qualquer um confuso só de explicar, só sei que quando vi desci da barra de perna aberta mais uma vez porém de um jeito diferente. Meus cabelos longos fazia toda a diferença quando eu jogava eles para um lado mostrava charme, poder.

Dance like we're making love - Ciara foi a próxima música, eu estava animada me distanciei da barra de ferro e comecei a dançar sozinha. Os caras ainda me vangloriavam e eu me sentia cada vez mais perfeita, qualquer um ali me desejava só de olhar, voltei para a barra e subi até o alto nela e fui largando meu corpo para trás mantendo só meus pés me segurando, estava de ponta cabeça, fiz uns charmes com as mãos e voltei a me segurar normalmente. Fiz força com meus punhos e afastei meu corpo da barra me segurando só pelas mãos e desci girando até o chão. A música havia acabado e o meu show também, não estava recebendo tanto para ficar mais tempo. Me despedi do pessoal que estava me assistindo e eles jogaram mais dinheiro, um assistente correu e deu meu sobretudo e enquanto fazia o nó algo me fez olhar para cima e só de olhar eu me tremi toda. Neymar é mais uns caras me olhavam de lá da VIP apressei os passos para sumir da vista deles.

Desci do palco e encontrei umas meninas cochichando e olhando pra mim, levantei mais o nariz e desfilei e sem querer esbarrei no ombro de uma. Sem querer... comecei a gargalhar sozinha. Alex me encontrou e logo me parou.

— Rodrigo quer falar com você, urgente! Rápido, rápido! -ele me empurrou.

Misericórdia, o que era isso? Alguém morreu? Subi para a sala dele e bati três vezes na porta, antes bater do que pegar ele fodendo outra. Ele abriu e sorriu.

— Já falei que você não precisa bater! Na verdade, precisa, só que em outro lugar se é que me entende. -ele sorriu de canto a malícia escorria em seu rosto.
— Eu não. Pra pegar você com outra ninfeta? Mil vezes bater na porta. E só na porta. -falei firme e sentei de frente a cadeira dele.
— Tenho uma notícia boa pra você. -sorri.
— O que aconteceu?
— Ele te quer!!! -ele falou animado.
— Quem? Não faz o louco!
— Burra. -ele bufou- O Neymar. Neymar te contratou!

Meu mundo girou bem devagar naquele momento, pra não engolir em seco matei um copo de whisky que já estava na mesa provavelmente do Rodrigo. Respirei fundo.

— Você está enganado! -soltei uma risada- Só pode!
— Estou falando sério Maya! -ele me encarou.
— Como sabe disso? -olhei aflita.
— Deve ser porque eu sou o cafetão aqui? E outra, estive com ele durante seu show. E que show hein? Vai se foder, você estava muito gosta.
— Tá, tá fala logo! -berrei.
— Calma mano. Enfim, ele te comia pelo olho. Posso lembrar muito bem.

Flashback Rodrigo

— Mas essa mina é uma delicinha, né? -uns dos amigos do cara soltou.
— Olha o tamanho desses peitos, cara! Eu poderia me perder lá dentro! -o outro agora.
— A garota já é minha. -Neymar falou me fazendo sorrir.
— Mas eu iria contrata-lá. -o amigo anunciou desanimado.
— Só lamentos, cara! A mina já tá na minha. Dei ideia e já descolei que o nome dela é Maya! Maya... -ele sorriu malicioso e eu decidi entrar no meio.
— Olha cara, ela é uma das melhores da casa. Muito disputada e a mais cara. Tem 20 anos, e apesar de ser puta, continua intacta, se é que me entende. E ela não fode com caras velhos, isso é trabalho das rampeiras mais antigas de casa. -tudo o que eu falava ele assentia concordando- e ela faz de tudo. -os amigos dele estavam boquiaberto com a garota.

— Beleza, quero ela! 12 horas fica quanto?
— 4.500 -12 horas era exagero cara, eu precisava extrapolar o preço, ele ia querer ela de qualquer forma- Não aceitamos cheque.
— Fechado! Quero ela assim que acabar o show. -ele disse firme e eu me encaminhei para a minha sala.

Flashback off

— DOZE HORAS? -gritei.
— Doze horas. -o Rodrigo assentiu seguro de si.
— Ele vai me rasgar!!! Não, não posso! Não posso! -eu estava bem descontrolada com aquilo.
— Pode e deve. Vamos tirar quase 5 mil de você em uma noite só. Imagina se ele vem mais vezes? Caralho, posso sentir o cheiro da minha nova mansão.

Se eu era ambiciosa Rodrigo era 2x mais. Apesar de pagar o salário de todo mundo aqui e pagar bem, aliás. Ele tinha uma fortuna do pai guardada e só gastava com despesas da casa, e só se mantinha com o dinheiro da boate. Rendia muita grana por mês e ele tinha muita coisa, até casa em Orlando ele tinha. E eu aqui recebendo 5 mil por mês.

— Ah, eu não sei Ro. O cara é muito famoso e qualquer coisinha pode dar merda...
— Para com isso, Mah! Você sabe que é uma das nossas melhores meninas e não é novidade ele te desejar, e por que tanto problema nisso? Vai e mostra o que você sabe fazer de melhor.
— Beleza -bufei- eu vou me arrumar. Fala pra ele esperar na VIP.

Sai da sala e me encaminhei para o camarim. Busquei as minhas roupas que estava usando e me vesti, meu vestido preto era lindo e eu nem via percebido isso antes. Me ajeitei rápido e sai de lá indo direto para o VIP, respeitei fundo e pedi permissão para o segurança, pude ver o Neymar de longe olhando para a pista debruçado numa barra de ferro de segurança. Cheguei bem perto dele e uns caras que o acompanhavam me olhavam boquiabertos, abracei sua cintura por trás tomando liberdade e sussurrei.

— Me chamou?