𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐑𝐀𝐈𝐍 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑

Um novo vizinho

— Eu não sei fazer isso muito bem, mas acho que você ainda precisa ir ao médico.
— Que médico, o que! -resmunguei- estou novinha em folha! Nem foi muita coisa.

Ah, foi muita coisa sim. Meu pé sangrou horrores e eu quase desmaiei duas vezes por ver tanto sangue, o corte foi grande e profundo e se não fosse pelo tal do Arthur com certeza eu estaria num ponto socorro.

— Mas eu não recomendo pisar no chão porque talvez ainda saía sangue do teu pé. -ele cruzou os braços na minha frente.
— Desde quando eu devo fazer o que você manda? -ergui uma sobrancelha o desafiando.
— Desmonta essa armadura que você finge ter, porque quando eu fui passar álcool nisso você chorou feito bebê. Então me agradeça logo por ter te salvado! -ele virou as costas pra mim e saiu do quarto.
— Mas de que buraco você saiu pra achar que tem moral comigo, cara? -gritei pra ele me ouvir enquanto tentava dar uma de Sací Pererê pra poder me locomover.
— Eu sou seu vizinho há tanto tempo... já ouvi muito barraco seu e sei de metade da sua vida, já que tudo você grita. -ele deu de ombros e preparava algo na cozinha.
— Então você anda me bisbilhotando? Vizinhos imbecís! -revirei os olhos e bufei.
— Vizinhos escandalosos e barraqueiros! -Arthur piscou pra mim sacana e voltou a ficar de costas.

Ele simplesmente sabia como calar minha boca. Desgraçado. Desgraçado e bonitão! Talvez uns dois metros de altura e músculos grandes e fortes, completamente diferente do Neymar ele era loiro do cabelo liso que era uma completa bagunça. Pra te ajudar, vou compará-lo com David Beckham! Suas tatuagens se multiplicavam e subiam até o seu peitoral, de longe, parecia uma só. Mas cada cantinho era uma tatuagem diferente mas acabava complementando uma outra e assim por diante...

Eu nunca tinha o visto no condomínio, e eu também não sabia que era conhecida como escandalosa pelos vizinhos como ele mesmo disse. Arthur parecia que era médico pelos seus conhecimentos... mas não posso ter certeza até porque, haviam quadros de prédios e arranha-céus por todo apartamento. Um engenheiro?

Enquanto interrogações se formavam no meu cérebro ele picava legumes na pia, a casa era impecável e bem decorada. O que me levou a pensar também que ele podia ser gay, não é?

— Vai ficar aí me olhando? Vai terminar seu escândalo lá, vai. Só não se corte mais!
— Você tá me expulsando? -o olhei incrédula- Ok, eu vou embora.

Fui mancando até a porta do apartamento dele pensando no quão turrão aquele homem era. Senti a maçaneta gelada em minhas mãos e estava pronta pra gira-lá se ele não me impedisse.

— Para! -ele me puxou pelo braço- Fica pra jantar Saci Pererê?

O sorriso que aquele mané me lançou foi de tremer as pernas, de idiota, babaca, grosso e turrão que Arthur tinha ele tinha de maravilhoso.

— Não! Eu não quero! -mentira, eu quero sim.
— Por favor. Vamos tentar nos conhecer direito! E também... eu preciso dormir cedo hoje e não vai ser possível se você inventar de ligar o som as onze da noite e encher a cara como fez há dois meses atrás!

Caraca. Aquele homem realmente era um fofoqueiro de mão cheia!

— Hm, claro que de tanta coisa negativa que sai de você... tinha que vir uma positiva! -limpei minha boca com o guardanapo depois de um jantar magnifico- que no caso é cozinhar!
— Você fala como se fosse a garota cheia de qualidades, não é? -ele sorriu irônico, idiota.
— Estou cheia delas, parceiro! -pisquei.
— Não é bom pra saúde mental mentir sobre sua personalidade, Maya.
— Como se você me conhecesse! -revirei os olhos.
— Não conheço mas gostaria... pode começar! -ele relaxou na cadeira me observando.
— O que? Quer mesmo que eu fale sobre mim? Porque eu não estou nem um por cento afim.
— Bom, eu não tenho problemas nenhum com isso! -ele deu de ombros- Sou Arthur Stecker, engenheiro há dois anos, tenho vinte e seis anos e curto praia, calor... moro aqui desde os vinte e já fui noivo.

Engenheiro eu já podia imaginar. Agora noivo? Isso sim foi de cuspir a água que eu tomava na cara dele. Quer dizer, pra quê me falar isso? Nem em bio de tinder a gente põe uma coisa dessa!

— Tem água da sua boca na minha cara e eu juro que se você não fosse esquisita eu te jogaria pra fora da minha casa. -ele se secava.
— Eu não sou esquisita! -neguei com um gritinho-
— Ah, é! Só essas três horas que você passou aqui você já me jurou de morte quatro ou cinco vezes!
— Se você não me provocasse... -revirei os olhos.
— Saci, eu já falei de mim. Mas e você?
— Vai se ferrar com esse seu apelidinho infantil! -ele era expert em me irritar, basicamente graduado- tenho vinte anos e sou faxineira de uma lanchonete. Pronto!
— Bom, bom! -ele sorriu- mas por que uma faxineira de lanchonete, com apenas vinte anos de idade teria tantos problemas pra ter surtos e quebrar a casa uma vez por mês? Ou até três?

Ele estava realmente curioso com aquilo e quando eu contasse, ele com certeza me chutaria da casa dele.

— Eu não estou afim de falar sobre isso, sacou?
— Saquei... então é isso, Maya! Foi um prazer te conhecer mas agora eu preciso descansar porque tenho um dia cansativo e longo me esperando.

Por mais estranho e ridículo eu gostei de passar aquele tempo com ele... querendo ou não, ele me salvou e ocupou minha mente de algo que eu não gostaria mesmo de lembrar.

— Olha, por mais idiota que você foi... agradeço pela ajuda e pelo jantar maravilhoso.
— E eu pela encrenca que você me arrumou e companhia. -ele abriu um sorriso acolhedor que faria qualquer mulher beijar seus pés.

Virei as costas e dei dois passos com dificuldade em direção meu apartamento então ele me chamou mais uma vez.

— Qual foi? -o olhei.
— Você não quer passar a noite aqui? -Arthur caminhou até mim e me olhou- eu sei, mesmo você não querendo dizer... eu sei que você passa por momentos conturbados. E não adianta eu te ajudar até aqui e simplesmente deixar você voltar pro seu mini inferno na sua casa... dorme aqui hoje! Eu no meu quarto e você na sala. É sério!

Me chame de louca mas eu fiz a sonsa no início mas aceitei sem dúvidas alguma, porque Arthur me tirou de um buraco chamado tristeza mesmo que por algumas horas.

Tomei um banho e usei suas roupas, fiquei parecendo um sapatao no que me fez lembrar na dúvida se Arthur era ou não gay... não que me interessa, mas eu amaria ter um amigo gay no momento.

— Até agora não sei porque dei meu quarto pra você sendo que o combinado era você na sala! -ele resmungou carregando seu cobertor e seu travesseiro.
— Eu sou visita e foi você quem me convidou!
— Folgada! -ele revirou os olhos- durma bem e até mais. -as luzes se apagaram-
— Arthur! -chamei por ele intrigada.
— Que Maya? -ele bufou cansado.
—Você é gay? -segurei a risada.
— Hã? -as luzes se acenderam de novo- Você tá brincando? -Arthur se aproximou de mim e me encarava sem entender.
— É! Você é gay? -perguntei mais uma vez, eu precisava saber.
— Cala a boca e vai dormir, pirralha!

Antes que eu pudesse responder ele me beijou, seu gosto de pasta de dente refrescante me assustou no início mas me deixei levar por aquilo, mesmo sem querer. Sua língua quente fazia um trabalho maravilhoso do jeito que eu imaginei e agora entendo porque ele já foi noivo... qual mulher não desejaria casar com esse Deus? Porém a ex-noiva foi burra.

[N/A] meu amores tudo bom????? Visualizei aqui um comentário de que poderia ser o Cristiano Ronaldo, então vou explicar kkkkkkk.
Esses capítulos, daqui até uns 15 pra frente... estão todos escritos desde Junho! Imaginem só? Dessa vez eu estou super adiantada e a história tá uma loucura lá pra frente (aguardem) so que eu realmente não pensei em colocar o cr7 porque iria dar muito trabalho, a história iria ficar longuíssima porque... vocês acham que o Neymar ia deixar isso rolar? KKKKK eu até tentei apagar o tal do Arthur, mas realmente não se encaixava.
Quem sabe numa próxima temporada?
Meu Deus! Será que Love on the brain merece uma 2º temporada? BERRO.
Fica aí pra vocês questionarem! Mkkkkk desculpem mesmo, não conseguir realizar o desejo de vocês. É que eu estou muito adiantada em tudo e não daria pra desfazer da história inteira. Obrigada pelo apoio e pelos comentários, vocês são demais!!!!

Amo vcs.