𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐑𝐀𝐈𝐍 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑

Surpresa!

Quando voltei pro quarto ele não estava mais lá e eu não estava tão feliz como antes, apenas um sentimento de medo estava comigo. Desci as escadas só pra olhar como estavam, e todos riam com alguma coisa na TV. Decidi subir de novo e me deitei na cama, eu não queria ver ninguém, não hoje mais.

Acordei desconfortável, com o rosto amassado e a luz apagada. Eu não lembro de ter me coberto? Muito menos de ter apagado a luz. Peguei meu celular e eram três da manhã, boa Maya! Perdeu até o jantar... verifiquei meu WhatsApp e a Julia havia me chamado mil vezes, então a respondi. E uma mensagem do Neymar.

Neymar: Estava dormindo toda largada, então te arrumei!

Neymar: Estranho você ter dormido cedo...

Neymar: Queria ver filme contigo hoje.

Neymar: Desculpa por tudo o que a gente anda vivendo, eu não posso ainda dar o que você quer. Na verdade nem sei o que eu sinto...

Neymar: e eu namoro, gosto da bruna.

Neymar: Te apoio ter essa atitude de me extorquir hahah, eu não fui um bom homem...

Neymar: você é uma grande mulher, mah! Gosto muito de ti. Durma bem.

Meu coração foi quebrado em pedacinhos, suspirei lendo as mensagens. Reli mil vezes a parte da Bruna, não queria acabar com o relacionamento deles...

Maya: Espero que esteja num bom sono!

Neymar: Você acordou?!!!

Maya: Não, na verdade... é só eu sonâmbula.

Neymar: Palhaça, vem aqui?

Maya: Não acho uma boa ideia, e eu também nem sei onde é seu quarto.

Neymar: Porra Maya, 3 dias na casa e
não sabe do meu quarto?

Maya: Meu amor, eu fui na academia e você já quis me esquartejar, imagina seu quarto.

Neymar: Eu te busco!

Graças a Deus eu dormi de moletom e estava a vontade. A pior coisa é dormir de jeans... calcei minhas pantufas e ele abriu a porta do quarto devagar.

— Vem!

Peguei na mão dele e nos fomos pisando lentamente e depois de três portas chegamos ao quarto dele.

Era tudo muito preto e cinza, decoração maravilhosa. Tinha alguns carrinhos de brinquedo em prateleiras, fotos... prêmios. Enfim, era o quarto do Neymar.

— Vem, vamos ver filme! -ele bateu a mão onde eu deveria deitar.
— Ainda bem que não corre o risco de eu dormir no meio do filme... -me sentei ao seu lado.
— Tá passando algum filme aleatório...
— E você não vai por algum? -o olhei.
— Ah, tá. A santa acha mesmo que vamos ver filme?
— Ah, então deixa eu ir embora -me levantei.
— Vem aqui -ele me puxou- vamos namorar um pouco...
— Namorar? Mas nem pedida em namoro eu fui. -aquilo doeu mais em mim do que nele.
— O que você quer de mim, Maya?
— O que eu quero você não pode dar, então não me pergunte isso como se fosse realmente resolver.
— Cara, eu já estou te dando toda atenção do mundo.
— Júnior, você nunca é demais. Você não entende? -meu rosto estava vermelho e meu olho ardia.
— Não está bom pra você do jeito que estamos?
— O que? Sair por aí, sem poder te tocar do jeito que eu quero, entrar no seu quarto escondida pra ninguém imaginar nada. Não poder dizer o quanto eu amo você.

Eu sentia as batidas do meu coração, minhas pernas estavam fraquejando e eu só conseguia pensar em como deixei aquilo escapar.