Quem é a Maya

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O corpo dele tremeu com o meu toque, ele não esperava por aquilo. Ele se virou para mim imediatamente e sorriu com os olhos brilhando.

— Ei, gatinha! -ele beijou meu rosto.
— Oi -eu estava sem graça e não negava.
— Você, você quer beber algo? -ele me puxou de leve pelo pulso e me levou até o bar particular dele.
— Ah, não! -sorri simpática- não precisa!
— Engraçado, se fosse uma outra iria se arreganhar e pedir a mais cara. -aquilo me fez gargalhar, não me compare garoto- Ah, nem te apresentei... esses são Gil, Jota e Gustavo! -ele apontou pra cada um.
— Prazer, garotos... -acenei.
— Prazer digo eu, gata! -o Gil piscou para mim e o Neymar o fuzilou com os olhos.
— Tudo bem, Maya? -o Gustavo perguntou sorridente e assenti sorrindo.
— Prazer, Maya! -O Jota sorriu.
— Agora senta aqui -ele se jogou no sofá- vamos nos conhecer melhor.
— Te conhecer mais? -arqueei as sobrancelhas.
— Ei, eu não sou só um jogador de futebol! -acho que ele se ofendeu, eu quero rir- Me diz Maya, o que você mais gosta de fazer?
— Ah, selvagem é bom, na verdade gosto de tudo um pouco mas aqueles bem selvagem é melhor. Não gosto muito de anal, mas se você quiser... -ele estava rindo e negando com a cabeça e eu não estava entendendo nada.
— Acho que você não me entendeu. Eu estava falando da sua vida! -agora sim meu cu tinha caído da bunda e minha cara estava um tomate de tão vermelha.
— Ah! -quase saiu num sussurro, eu nem conseguia mais olhar pra ele.
— Você está bem? -ele levantou meu rosto com o dedo indicador.
— Estou. É que não estou acostumada em conversar com clientes antes e tal...
— Ah, sim! É que eu gostaria de conhecer você primeiro.
— Saquei...

Comecei a observar os amigos do Neymar que eram um pouco doidos, eles dançavam, pulavam um no outro e aquilo me fazia rir. Um deles, o Gustavo eu acho, estava bêbado, estava bem visível. O Neymar do meu lado bebericava alguma bebida e fazia carinho na minha coxa um pouco exposta, já passavam das 4h30 e aquele som estava me irritando. Então comecei a trabalhar...

— Ei, que tal a gente sair daqui? -me virei para ele com a maior cara de inocente e passeei minha mão em seu peitoral.
— Pra onde você quer ir? -Caralho moleque, me come logo e me deixar vazar.
— Pra onde você quiser! -sorri cínica para ele.
— Galera, o papo tá bom mas tenho umas coisas pra resolver! -ele se levantou e pegou na minha mão- Gil, cuida desse cuzão! -ele deu um leve empurro no Gustavo que ria atoa.

Descemos e saímos cortando a pista de dança, o pessoal já estava esgotado, mulheres caídas nos sofás bêbadas ou até drogadas, tinha colega minha mamando um cara no canto e eu ri muito sozinha enquanto o Neymar me puxava logo na minha frente. E a Júlia? Aquela desgraçada sumiu mesmo! Quando eu contar do que tá acontecendo comigo hoje ela vai berrar.

Quando que eu pensei que iria entrar naquela Ferrari que admirei quando estava chegando na boate? Nunca! Atravessei o cinto no meu corpo e ele ligou o som, estava tocando funk, garoto você me conhece? Comecei a mexer os ombros com o ritmo da música tentando me controlar e cantava sem deixar algum som sair da minha boca.

Saímos do estacionamento e eu juro que não sei da onde surgiu tanta gente com câmera pra tirar foto. Agora fodeu de vez... eu nunca tinha saído em jornal nenhum! Aquilo era bom ou ruim? Eu gostava de chamar atenção, mas do meu jeito e não assim. Acho que o Neymar perdeu um pouco da paciência porque ele bufou e acelerou mais o carro, eu achei que ele iria atropelar geral, quis até dar risada.

— Isso é um saco! -ele reclamou trocando de macha.
— Imagino... -concordei com ele e fiquei observando a Av. Paulista amanhecer pra mais um dia.
— Hoje é meu terceiro dia de férias... quero aproveitar muito aqui. Quero ter vida de solteiro de novo, tá ligado? -bateu um leve flashback porque lembrei que a Bruna Marquezine já tinha sentado no cara que eu iria sentar daqui uns minutos.
— É bom! Sempre fui solteira...
— Não tem coisa melhor, né não?
— Não mesmo. Ser livre, não dar satisfação...
— Pegar quantas quiser... -ele ria.
— É. Lindo teu carro! -elogiei observando o painel daquela máquina.
— Era sonho de consumo, graças a Deus consegui.
— O meu também vai chegar...
— Qual é o seu? -ele me olhou rápido.
— Ah... é simples do lado dos seus. É uma Land Houver. -sorri sem graça e ele arregalou os olhos, deve ter pensado que era um corsa.
— Caramba! -é neguim, tá achando que puta não vive bem? As que não quer, não vive mesmo, não.

Ele ligou a seta para a direita e entrou num Motel lindo. Era chique mesmo o bagulho, nunca tinha ido ali... se os que eu ia já era algo bem chamativo, imagina esse? Ele pediu a melhor suíte, com café da manhã e almoço. A gente ia passar férias aqui? Não tava entendendo pra que tudo aquilo. Ele estacionou o carro em uma vaga aleatória e logo saltamos.

Ele pegou na minha mão e passamos pela recepção do motel para pegar o cartão da porta. Entramos no elevador e eu tinha um velho fetiche por elevadores e aquilo me fez morder os lábios e olhar pra ele, mas ele estava com o pensamento longe e nem me olhou.

Entramos no quarto e, puta que pariu! Aquilo era surreal. Uma cama enorme com lençóis de seda vermelho sangue, uma televisão gigante, uma barra de ferro no canto do quarto, e para separar o quarto do banheiro era uma divisória de vidro e água escorria nela, como uma fonte... e havia mais coisas porém fiquei sem graça de ir olhar.

Coloquei minha bolsa em cima de uma mesa que decorava o local e ele chegou mais perto, eu já podia sentir sua respiração bater contra a minha. Aquele perfume amadeirado de homem gostoso fazia meu nariz gritar, guiei minha mão para sua nuca e passei minha unha, no mesmo instante vi os pelos do seu braço se arrepiarem. Ele apoiou as mãos na minha cintura e estávamos nos encarando e do nada ele me puxou com força fazendo nossos corpos se chocarem

— Sua gostosa, eu não tô aguentando mais!

Ele lascou o beijo em mim com violência, a língua dele era desesperada pela minha eu nem tinha fechado os olhos ainda mas relaxei meu corpo e comecei a sentir o beijo. Ele conhecia cada canto das minhas curvas com as mãos, apertou minha bunda com força o que me fez soltar um gemido abafado dentro de sua boca ainda. Eu disse que estava afim antes de sair de casa, não disse?

Soltei ele de mim e o joguei na cama com força. Ele me encarou sorrindo safado.

— Deixa eu mostrar quem é a Maya.

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𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐑𝐀𝐈𝐍 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin