𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐑𝐀𝐈𝐍 | 𝐍𝐄𝐘𝐌𝐀𝐑

Olá, Família Santos!

Sem esperar mais ele me puxou pelo pescoço e me beijou, minha pele se arrepiou, a língua dele disputava por espaço e eu queria senti-lo mais uma vez, eu tinha desejo e ele também.

— Maya?! Maya, meu amor, você esta bem?

Nadine gritou do lado de fora e o Júnior se afastou com pressa de mim.

— An, ah! Sim, eu estou! -gaguejei me recompondo- Estou me trocando e já desço.
— Ah, ok. Iremos jantar em 10 minutos!
— Tudo bem, já desço. -gritei.

Nos olhamos esperando por mais algo mas só houve o silêncio.

— Ah, claro. Você está aqui o tempo todo agora, estou pagando por isso e não vou ter a oportunidade quando eu quero? -ele colocou as mãos na cintura.
— Você viu, é a sua mãe!

Dei de ombros sorrindo pra ele como se eu não estivesse me importando, mas na real eu estava piscando. Neymar apenas bufou e saiu do quarto sem ser notado.

Desmontei minha mala e achei um short e uma camiseta normal para usar em casa. Peguei meus chinelos, penteei meu cabelo e amarrei num rabo de cavalo e desci. Júnior, Jota, Rafa, Nadine e o Pai do Neymar estavam a minha espera. Me sentei e sorri pra Rafaella e pro Sr. Neymar.

— Bom, não fizemos nada demais hoje. Espero que goste! -Nadine me olhou acolhedora.
— Tenho certeza que minha mãe não largou do seu pé hoje, não é? -Rafaella me olhou e olhei pro Júnior ao lado dela.
— Nada a ver, Rafa! -sorrimos- Nadine é uma mulher maravilhosa e está me recebendo bem, assim eu me acostumo mal.
— Mas nem vai dar tempo, você já vai atrás de um apartamento amanhã mesmo, não é? -Filho da puta.
— Tá expulsando sua amiga, Juninho? -todos gargalharam com a bronca da Nadine- ela vai ficar o tempo que precisar. -ela me olhou sorrindo- fique a vontade, Maya!

Tempo que precisar? Gostei disso.

— Vi que tirou 500 mil da conta, hoje filho... algum problema? -O pai dele olhou fixamente pro Júnior.
— Nenhum! Apenas um presentinho pra mim mesmo -Júnior engoliu seco.

Sonegando imposto até pro pai, Neymar? Sem perceber comecei a rir sozinha e todos me olharam.

— Que foi? Tá rindo de quem doida? -Jota me olhou e eu corei.
— Ah, nada! -o olhei simpática- estava lembrando da minha melhor amiga. -menti.
— Como ela é? -Nadine perguntou e os olhos do Júnior rolaram.
— Foi aquela que eu vi no shopping? Julia? Ela me olhou querendo me engolir.
— Puro ciúmes, Rafa! Julia é muito apegada a mim, crescemos juntas... em breve tentarei trazer ela pra cá. -Dei uma garfada e encarei o Júnior.
— Ah, que legal!!! Quero conhecê-la.
— Eu também tô interessado se for pique seu naipe -Jota disse descarado e Junior deu um tapa na cabeça dele.
— Respeita a mina, moleque! -ele disse firme e grosso e todos riram.
— E seus pais? -O pai perguntou pra mim e eu engoli a comida a força.
— Pô, pai! -Júnior o encarou reprovando a pergunta do pai.
— Pode deixar, Ney. Eu falo! -Ney... falsa nível 100- Minha mãe faleceu quando eu era pequena, câncer de mama e meu pai nos abandonou um pouco antes.

Consegui responder a pergunta com facilidade, como se eu já tivesse superado. Mas se perguntassem se eu tenho irmãos... aí o buraco é mais em baixo.

— Puxa, meus pêsames! -Ele me respondeu com um olhar solidário.
— Graças a Deus, faço meus exames e está tudo no seu lugar.
— É Nadine... é sempre bom cuidar disso. -a apoiei.
— Mas você tem irmãos?

Porra Rafaella... Júnior conhecia a história e me olhava como se quisesse me pegar no colo. Mas eu não precisava da pena dele, nem de ninguém.

— Meus irmãos foram para um orfanato e eu não tenho mais notícias.
— Caramba, você passou por momentos muito difíceis na infância -Eu sei Jota.
— Eu quero encerrar o assunto mas... como você viveu? -Nadine estava intrigada com a história.
— Minha tia! Vivi com ela até meus 20 anos, mas deixei ela aproveitar os netos que ela havia ganhado e fui morar sozinha. Mas hoje estou aqui! -Sorri para eles sendo completamente falsa.
— Bom, vamos pular para um assunto legal, agora? -Neymar animou todos.