CAPÍTULO XXXIV

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E vamos de contagem regressiva para o final do livro II dos Samuell's! Jasmine, amor, conte conosco!

Estava tudo silencioso, Dimitri não estava ao meu lado na cama, ele sequer havia estado ali. Quando eu desci para a cozinha, supondo encontrá-lo, seu mac ainda estava aberto, um bilhão de códigos corria através da página e uma caixa de diálogo em preto piscava sobre eles. ­Nada de Dimitri. Eu não conseguia ler as mensagens exibidas em algum tipo de criptografia. Então, eu fechei o aparelho e fui fazer o meu café.

Conferi meu celular algumas vezes e não havia nenhuma notificação, tentei falar com Damien, mas, as ligações eram cortadas abruptamente, como se o fio fosse cortado sem avisos. Peguei minha xícara e fui até a sala, onde um antiquado telefone ficava, não consegui falar com nenhum deles.

De repente, como se fosse uma cena bizarra de filme de terror, os monitores da sala foram ligados, desligados e, então, ligados novamente, sofrendo interferência grave e liberando uma estática que feria meus ouvidos. Um barulho insuportável de zumbido e, em seguida, o nada.

Até um rosto já conhecido aparecer em cada monitor.

─ Olá, Jasmine ─ cumprimentou, mas, eu não era capaz de responder, a raiva subia quente por minha garganta, fechando tudo lá. E, de repente, havia um nó tão apertado lá que eu não sentia que poderia sequer responder. ─ Você parece surpresa em me ver.

Eu continuei calada, observando a forma como seu olhar estava fixo em mim, nas minhas reações, ele não sorria explicitamente, mas, havia um sorriso em algum lugar dos seus lábios, isso era tão óbvio.

─ Não chegamos a conversar ainda, não a sós. Então, seria viável que pudéssemos fazer isso, nesse momento. Não gostaria de se sentar? ─ diz com ironia. Eu cruzo os braços e permaneço exatamente onde estou. ─ Okay. Deve estar se perguntando como controlei seu sistema.

─ Estou me perguntando como você tem coragem de tentar falar comigo depois do que fez a minha mãe. Ou você é muito corajoso, tem ego e autoconfiança extremamente inflados ou você, realmente, não tem noção nenhuma do que está despertando.

─ Uma vez, Dimitri me disse que viver só vale a pena quando você faz algo realmente grande, então, se você morrer, estará marcado pra sempre em algum lugar. Não importa realmente onde seja. Ou se você viver, ainda estará marcado lá. Eu fico feliz por despertar algo em você, Rosseau ─ confessa e eu o analiso, seus olhos sequer se moviam para qualquer lugar, ele piscou uma vez a cada um minuto desde que essa ligação começou.

Ele é compenetrado. Atento aos detalhes. E é a coisa mais fria do caralho!

─ Porque eu sei que estou marcado aí, não importa a qual lugar você ou eu vá.

─ Você está de brincadeira comigo? ─ gritei, deixando a camada de controle se anular.

Você não é uma criança comum, Jasmine. Você nunca será uma pessoa comum. Mas, nunca, nunca deixe que as pessoas vejam quem é você. Não podemos ser quem mostramos às pessoas, elas não devem ver sua raiva, elas não devem ver seu amor, elas não devem quem você é. Quando isso acontecer, poderão fazer o que quiser.

─ Eu sabia que Dimitri iria gostar de você no primeiro instante. Eu passei um bom tempo ao lado dele para perceber suas afeições, seus gostos, a quem ele se molda, ao que ele se sente confortável ─ fala, como se conhecedor de Dimitri. E escolhendo ignorar completamente o que eu disse. ─ E aconteceu como eu previa.

─ Você estudou minha mãe, sabia para onde eu iria depois que a matasse ─ falei, encarando-o, sem me importar se ele veria a Jasmine incomum. Foda-se. ─ E então, Dánika, e depois Dimitri. Você colocou as coisas em um ponto em que eu não faria diferente ─ digo, reconhecendo outro meio sorriso lá.

Completamente Dimitri - Samuell's - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora