Dimitri prometeu nunca se apaixonar, trazer alguém para sua vida seria assinar uma sentença de morte. E ele não as assina, executa. Ele estava bem desta forma, até que um nome em sua lista o levou para perto demais de quebrar sua promessa.
Jasmine e...
Capítulo final?! É o que? Prontas? Comentem, meninas! Quero saber o que acharam, sim? O Epílogo virá no final de semana, no mesmo dia em que sairá o primeiro capítulo de TOTALMENTE DAMIEN. Se não adicionaram ainda, entrem no perfil e façam isso logoooo!
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JASMINE ROSSEAU - CAPÍTULO FINAL
Tudo é escuridão. Frio. Bipes. Frio. Bipes. Isso é tudo o que há. Escuridão.
Nunca senti o vazio tão profundo, nunca foram cortes tão profundos e nunca foram dores tão ardentes. Nunca foram nós tão apertados.
Eu quero me mexer. Quero abandonar a inércia que sinto em meu corpo. Quero fora a incapacidade que congela meus músculos. Mas, não consigo. Porque não consigo?
Eu não me lembro. Eu tenho sede. Engulo e isso é como um feixe de espinhos descendo por minha garganta, em meus pulmões também não parece diferente. Meu peito queima, arde como brasas. O que acontece?
Há uma mulher. O tecido alvo das suas roupas e a luz forte queima quando pisco. Meus olhos doem. Vozes conhecidas fazem minha cabeça doer.
─ Querida, como você se sente?
─ Jasmine, você reconhece a gente?
Frio. A cortina se balança suavemente quando me viro para ela, mas, então, eu não estou me importando com o movimento que ela faz.
E nem com ninguém além do homem do outro lado do quarto. Ele não se move, é mais como um monólito frio, mas, o simples fato de estar lá me causa reações, me faz estremecer por inteira.
Não é medo. É uma emoção que me puxa firme, arrastando os pedaços de mim inteira novamente como se ele fosse tudo o que me mantivesse assim. Meu coração começa a bater com tanta força que sou capaz de ouvi-lo, sou capaz de ouvir a máquina ao meu lado disparar forte.
Então, ele caminha até mim. Não é rápido. Seus ombros largos estão retos, eu ainda vejo orgulho, mas, vejo dor, vejo remorso e vejo medo, nada no mundo seria capaz de me convencer que esse homem não tenha sentado aqui e chorado por mim e, por isso, eu choro.
Por não conseguir pronunciar um só átono.
Ele tem seu lábio cortado, um curativo sobre o supercílio e alguns roxos pela face, ele sente dor, não apenas na superfície e quando ele está tão próximo que posso ver tão dentro dos seus olhos, eu não sou capaz de perceber como uma dor pode ir tão profunda assim.
Não consigo falar. Eu tento, entreabro meus lábios. Mas, não posso dizer nada. Não sou capaz.
Ele está perto. Eu sinto calor. E sinto seu cheiro. E cheiro de whisky. Bourbon. Meu cérebro grita. As informações se misturando. Amor. Queda. Dor.
Frio. Ele não se move. Me olha como se fosse tão incapaz de fazê-lo quanto eu. Como se estivesse perdendo uma parte sua que nunca mais fosse recuperar, como se a dor o rasgasse tão profundamente que tudo o que lhe restasse seria insuficiente.
