Dimitri prometeu nunca se apaixonar, trazer alguém para sua vida seria assinar uma sentença de morte. E ele não as assina, executa. Ele estava bem desta forma, até que um nome em sua lista o levou para perto demais de quebrar sua promessa.
Jasmine e...
E o nosso vilão está se aproximando um pouco mais! Vamos entendê-lo também nesse capítulo, então, estamos prontas pra isso?
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─ Diga-me, você é a garota que chora pelo amor de um homem?
─ Você não tem mais nada pra fazer não? Vá matar alguma das pessoas restantes da lista! Eu não me importo mais, não quero salvar ninguém realmente, não me importo com elas ─ atiro, recolhendo na voz os pedaços de mim e despejando sobre a estrada o alívio que o reconhecimento trazia. ─ Era o que você queria que eu reconhecesse?
─ Ainda não, Liebling! Não é assim que as coisas são, não, não é como elas são de verdade ─ reflete, com sua voz soando de forma sedutora através do sistema do meu carro. ─ Mas, você não respondeu.
─ São lágrimas de raiva! Elas simplesmente caem quando a raiva é algo grande demais para conter dentro de mim. São lágrimas de palavras reprimidas, são lágrimas de ódio, eu não poderia sacar minha Desert e atirar contra algo ou alguém. Você já chorou de ódio, Wade?
─ Você não pode brincar com minha cabeça, Liebling! Eu sou o dono do jogo aqui.
─ Acontece que se o seu jogo não tem regras, eu ainda sou detentora de pelo menos uma das cartas que pode definir seu final, você não concorda? Sabe o que dizem de jogadores que controlam o que os outros jogadores tentam fazer? ─ pergunto, desviando na última curva para o Complexo.
─ Estrategista?
─ Perdedor ruim. Você quer controlar tudo porque perdeu o controle de si mesmo.
─ Você está tentando me psicanalisar, é nesse momento que eu devo lembrá-la de que também sou formado em estudos psicológicos ou existirá um momento mais oportuno? ─ questiona divertido e eu não perco a oportunidade de ironizar.
─ Existirá. Mas, seu cérebro formado em estudos psicológicos estará espalhado sob os meus sapatos, então, eu acho que esta também é uma boa oportunidade. ─ A minha voz é baixa quando desconecto o celular e o capturo, trazendo comigo para a grande entrada da mansão Beta. ─ E, como bom chicletinho que se tornou, sei que me ligará mais tarde, então, eu te vejo depois, Wade.
Saí do veículo, um dos seguranças me observava na entrada, ele tinha uma arma em punho, não estava apontada para mim, não, ela estava apenas ali como uma ameaça velada. Não havia embate, nem sequer concorrência ou discussão, não havia uma chance, eu o olhei, ele dispersou e eu entrei.
O lugar estava visivelmente vazio, eu sabia que de fato estava porque a maioria dos integrantes estava espalhada por New Orleans em busca de Wade, sem sucesso, claro, pra enfatizar. Era realmente de foder o fato de que ele esteja por aí fazendo tudo o que tem feito enquanto procuramos por ele sem nenhum efeito.
As possibilidades de que ele entrasse aqui existiriam? Estava começando a não duvidar sobre até onde iam os limites do meu inimigo. Wade era pretensioso e escorregadio, ele era difícil de lidar, ou pelo menos até onde não haviam captado sua essência, mas, ele estava enganado quanto a mim.
