Capítulo 5

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× Malu ×

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× Malu ×

- Cinco, seis, sete e oito. De novo, cinco, seis, sete e oito. Peage, depois do grand jeté não é arabesque, é assemblé.

- Certo, agora vai. - Peage diz.

- Cinco, seis, sete e oito. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito. Ótimo, agora foi certinho. - A professora de ballet diz, minha mãe no caso.

Ela está passando uma coreografia do próximo espetáculo, espetáculo independente. Fora de turnê, quero dizer.

- É uma coreografia um pouco mais complexa por ser a do fechamento. Ela vai demorar a ficar perfeita, por isso precisamos focar bastante.

Uma das bailarinas levanta a mão.

- Quando vai ser o espetáculo?

- Junho, vinte de junho. Temos alguns meses. Estão dispensados por hoje.

Aos poucos os alunos vão saindo da sala, enquanto observo todos saindo eu me apoio na barra esquerda esperando a sala esvaziar.

- Vamos meninas? - Minha mãe diz.

- Já vamos tia. - Lexy sorri e acena. Minha mãe nos olha desconfiada mas no fim acaba saindo. - E ai, você vai lá com o Tommy hoje?

- Vou. - Subo na ponta, fazendo um passo que estava com dificuldade.

- Mas lembra que você tem uma promessa a cumprir.

- Que promessa? - Viro minha cabeça na direção da minha amiga.

- Sua promessa que você tem com a minha mãe.

Ah claro, eu nunca esqueço estão sempre me lembrando. A muitos anos atrás, no casamento da minha mãe; minha madrinha, Yasmin estava lá e me fez prometer que apenas perderia minha pureza depois do casamento, ela falou algo sobre sofrer. Faz tempo, não me lembro muito bem.

- E? O que a promessa tem haver com minha saida com o Tom?

- Malu, não seja tonta. - Ela rola os olhos. - Vocês estão indo, sozinhos, apenas vocês dois, para um passeio romântico para comemorar os seus oito meses de namoro. Sozinhos. Um passeio que ele planejou.

- E?

- Malu, vou ser mais clara. - Ela bate uma mão na outra. - Vocês vão transar, sabe o que é? Você vai ficar...

- Lexy! Chega, já entendi. - Levanto minhas mãos, com meus olhos arregalados olhando em volta.

Checo para ver se não tem ninguém na porta, no corredor apenas um garoto está passando agora. Sorrio e aceno de maneira travada, antes de fechar as portas de vidro.

- Não vamos... - Faço um gesto com a mão. - Vai ser apenas um jantar.

- Na casa de férias dos pais dele. Não é nem um lugar público.

Amor MalucoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora