Apesar de crescer com a fama, Malu sempre procurou levar uma vida tranquila, morando em Hills City, uma pequena cidade localizada na Inglaterra.
Malu esperava que seu último ano escolar fosse simples e calmo, que como todo adolescente comum, ela ap...
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Sinto dois pesos em cada uma das minhas mãos. Lentamente abro meus olhos, tive a sensação de que estavam grudados. Sentindo meu corpo doer apenas ao olhar para baixo, do meu lado esquerdo a minha mãe segurando minha mão e do outro lado o Mike; além dos dois vejo meu pai adormecido em uma poltrona no fundo do quarto todo branco.
Sigo a agulha enfiada na minha veia, conectada ao tubo fino que passa o soro do cilindro para dentro de mim.
Mexo levemente minha mão esquerda, a que esta com o aperto mais leve da mamãe. Em um segundo ela ergue a cabeça meio desorientada.
- Ah meu Deus, meu amor, você acordou. - Seus olhos estão fundos e com bolsas de olheiras logo abaixo, seu rosto está tão abatido.
Ela sorri aliviada quase dando risada tocando meu rosto como prova de que é real. Eu não acredito que ela está bem... Eu ouvi um disparo. Achei que o pior havia acontecido, eu nunca me perdoaria.
- Gabriel, Gabriel! - Minha mãe sacode o Mike também, ele se levanta em alerta. Seus ombros de repente relaxam ao colocar seus olhos sobre mim.
- Malu... - seus olhos brilham de lágrimas. Observando ele agora, noto sua barba não feita a dias e olheiras similares as da minha mãe. Ainda assim ele parece deslumbrante aos meus olhos.
- Filha, ainda bem. - Consigo sorrir para o meu pai, assistindo uma lágrima escorrer pela sua bochecha.
Mike seca suas lágrimas com o polegar. Não me surpreendo, até o meu pai está chorando, até ele! Minha mãe não é uma surpresa, mas o meu pai é raro.
- Minha menina... Que bom que você acordou. - Com cuidado para não me machucar, mamãe me abraça sem apertar muito. Me sinto confortável, eu estava precisando disso.
- Vocês estão horríveis. - Consigo dizer com um sorriso no rosto.
- Ei! - Minha mãe ri em meio as lágrimas. Passando a mão pelos meus cabelos, agora curtos.
- Você também. - Meu pai diz, me fazendo sorrir mais ainda.
- Essa é a primeira coisa que você pensa em nos dizer após dias? Achei que eu merecesse um "senti saudades, namorado".
