Socorro!

4.2K 406 91
                                    

Acordei com uma dor horrível na cabeça, conforme vou abrindo meus olhos vejo pequenos fachos de luz porém a escuridão é predominante, sinto o lugar frio e posso ouvir vozes distantes. Tento me levantar mas meus pés e mãos estão amarrados e eu estou presa a uma espécie de cama, porém feita de metal. Um pânico começa me invadir ao relembrar as memórias do que ocorreu no banheiro.Lena. Preciso saber se ela está bem. Será que a trouxeram comigo? Oque aquela mulher quer comigo?

- Hora de acordar florzinha! - diz a mulher de cabelos pretos e olhos iguais a noite, ela acende a luz da sala e meus olhos doem. Assim que me acostumei com a claridade pude ver uma sala branca vazia com apenas a cama em que estou, eu e a mulher.

- Minha irmã. Cadê minha irmã? - perguntei com a voz trêmula.

- Aquela lá? Eu a deixei lá mesmo. Não me é útil. - diz ela olhando para as próprias unhas longas e pretas, semelhantes a garras. - Você me importa. Já que ele está de olhos em você e não em mim - diz me olhando com desprezo. - vou tirar proveito disso, afinal se eu nunca saio sem ganhar.

- Oque você quer de mim?! - falei o mais alto que consegui.

- De você? Nada. Do Príncipe? Tudo.

- Então vá pedir a ele, eu não sou ele!

- Não, não é. Porém você é de extrema importância para ele. E isso é ainda melhor. - Ela sorri friamente, oque me causa calafrios.

- Por favor não me machuque. - suplico, e ela ri, ri como se eu acabasse de lhe contar uma piada.

- Espero que goste da estadia. Mais tarde passo aqui para dar uma checada. Boa noite Flor. - Ela manda um beijo, joga seus cabelos pretos para trás e sai pela porta, não sem antes pagar a luz.

Horas, minutos não sei, já faz um tempo que ela saiu, todos os meus esforços para me livrar das correntes frias que me prendem a está cama foram em vão. A cada movimento mais doi. Lágrimas escorrem por meus olhos e molham meu rosto. A porta se abre novamente e a luz é reacesa, tenho vontade de limpar meu rosto mas estou presa.

- Chorando querida? - a sua risada corta o silêncio do quarto.

- Do que te importa?

- Tem razão, não importa. - Ela se aproxima de mim e desliza as unhas pelo meu rosto. - Oque ele viu em você? Porque eu não vejo nada além do comum.

- Muitas vezes o comum se destaca mais do que o incomum. Alguns veem a beleza na simplicidade do que no luxo. - Ela preciona as unhas contra meu braço que sinto a pele sendo cortada.

- Olha como fala comigo sua nada. Lembre-se disso, você sempre será uma nada. - Ela me da um tapa no rosto e sinto a pele esquentar, fecho os olhos com a dor e ela ri. - Lembre-se do seu lugar.

- Quando ele me achar você vai ver! - sua risada aumenta.

- Se você estiver viva! - ela sorri friamente e sai. As lágrimas voltam. Eu só quero ir embora. Voltar para minha família, voltar para Jackson, para Joseph. Depois de chorar e tentar escapar, eu durmo.

Acordo com a claridade, não do sol mas sim da luz do quarto que foi acesa. Levo um susto ao ver um homem me observando ao lado da cama.

- Por favor não me machuque. - imploro ao homem.

- Não se preocupe não farei nada contra você, e se fizer saiba que será contra minha vontade. - vejo a sinceridade em seus olhos.

- Porque eu estou aqui? Eu não fiz nada para ela eu não a conheço. - digo tentando descobrir o motivo dela ter me sequestrado.

Princesa?Eu?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora