YES?

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Joalin finalmente colocou seus pés em terra firme, sentia seu estômago revirar e o vômito veio em sua boca.

Ela procurou um canto do deck onde o barco estava ancorado, colocando tudo o que havia comido para fora. Bailey prontamente segurou os cabelos da garota e lhe entregou uma garrafa com água.

-Obrigada- ela cuspiu um pouco do líquido tentando tirar o gosto ruim e bebeu o resto da garrafa

-Vão logo para o hospital- Josh se pronunciou- Você não está nada bem

-Obrigada Josh, muito obrigada - o canadense sorriu para ela e encarou a brasileira em seguida.

-Vá pra casa no carro alugado com eles, vou pegar um uber- Any avisou e o grupo se despediu, desejando boa sorte e seguindo o caminho até o estacionamento.

A finlandesa procurou por um banco e se sentou enquanto a morena solicitava o carro, May prontamente veio atrás dela, tentando prender o cabelo da loira desajeitadamente em um rabo de cavalo.

Para sorte dos três, o carro chegou em pouco mais de 10 minutos. Any entrou no banco da frente deixando o casal atrás.

- Você tá pálida, tá se sentindo um pouco melhor? - o filipino perguntou enquanto oferecia seu ombro para ela apoiar

- Sim, só quero ficar parada um pouco- se deitou sobre o moreno

Ela adormeceu por um tempo, acordando somente quando o carro parou, em frente ao grande hospital.

A Loukamaa se sentia fraca, por isso Bailey envolveu a cintura magra dela com seus braços, dando-a suporte para que ela não caísse.

A recepção estava cheia, porém em sua maioria por pais com os filhos doentes, então o atendimento não deveria demorar muito.

Joalin e Bailey se sentaram enquanto Any seguiu até a moça com os documentos da finlandesa na mão. Ela estava fraca e não queria se esforçar ficando em pé, por isso a brasileira precisou traduzir todas as informações do cadastro para a loira, o que atraiu atenção dos pacientes.

O grupo foi reconhecido por duas crianças, que pediram fotos e abraços, não era a melhor experiência e situação mas os três sorriram e a mais velha até arriscou conversar com os pequenos em espanhol.

Após uma espera de aproximadamente meia hora, seu nome finalmente foi chamado. A enfermeira os guiou pelos corredores brancos até a sala do médico de plantão. Any prontamente se informou se a consulta poderia ser feita em inglês ou espanhol e o médico concordou com a segunda possibilidade, deixando a loira mais confortável.

-Senti muito enjoo hoje e também vomitei, apesar de não sentir vontade de comer, meu estômago praticamente implorava por comida. Me sinto um pouco inchada e fraca, não consegui beber água direito hoje. Fizemos um passeio de barco e não sei se isso pode ter piorado o enjoo, mas eu já não estava muito bem antes. 

-Vou precisar te examinar, pode ser apenas uma virose, uma intoxicação alimentar. Existe alguma possibilidade de ser uma gravidez?

Joalin encarou Bailey, Any observava a cena, entendendo o diálogo na língua espanhola entre a finlandesa e o médico.

-Merda- a loira exclamou em finlandês

-O que disse?

-Algo em finlandês- Any respondeu pela loira- Ela é finlandesa e ele filipino- acrescentou a informação desnecessária para tentar quebrar o clima de tensão que havia se instalado

-O que foi? - May perguntou em inglês

-Alguma possibilidade de gravidez? - Ela tratou de pergunta-lo, como se os dois não soubessem a resposta

-Vocês não usaram camisinha?- foi a vez da brasileira, visivelmente decepcionada. Joalin engoliu em seco e voltou a falar em espanhol com o médico.

-Eu tomo anticoncepcional pra não menstruar, minha ginecologista no México me aconselhou uma pausa e me explicou como seria o procedimento da volta. Voltei a tomar tem alguns dias, estava usando camisinha enquanto não tomava, mas um dia antes de voltar a tomar não usamos- encarou o asiático que tinha os olhos escuros e perdidos, seu rosto demonstrava medo e ansiedade.

- Tudo bem, as pílulas anticoncepcionais não são 100% seguras, por isso a importância de combinar sempre dois métodos contraceptivos. Além da camisinha evitar gravidez, ela previne o contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como vocês dois devem saber. Acredito que esse deslize possa sim ter acarretado em uma gravidez, porém vamos fazer o exame de sangue, para esclarecer sobre a gravidez ou a possível infecção. Se não, poderá ser uma virose. Peço que os dois esperem na recepção para que possa te examinar, colher o sangue e tomar a bolsa de soro necessária para se hidratar. O resultado dos exames deve sair em aproximadamente uma hora, volto a chamar vocês para o diagnóstico final- O médico assumiu o inglês, um pouco mais inseguro que o espanhol e deu os avisos sobre o procedimento para o trio.

Joalin se deitou sobre a maca e Bailey se aproximou da mesma, beijando sua testa.

- Vai dar tudo certo- disse ainda meio atordoado e saindo da sala com a brasileira.

O mundo girou, para os dois.

Joalin não poderia estar grávida.

Não porque não queriam um filho, por dinheiro ou falta de maturidade. Também não era pelo amor que sentiam um pelo outro, este era claro e existente.

Como teriam um bebê com suas carreiras em ascensão? Com turnês mundiais? Tão jovens, inconsequente.

Isso não poderia estar acontecendo, pelo menos não agora.

Não, não poderia ser. Johanna sempre disse para Joalin que sabia quando estava grávida antes mesmo de um teste ser capaz de constatar isso. Não estava grávida, ela tinha certeza.

Agarrada nessa esperança, a loira se tranquilizou. O garoto por outro lado parecia mais desesperado. Queriam isso juntos mas não era o momento certo e ambos tinham consciência disso.

Bailey parecia perdido, em outra dimensão. Ele não poderia ser pai agora, sonhava com aquele momento a anos, principalmente junto ao furacão loiro, mas não era a hora.

Se não podiam assumir que tinham algo, como iriam falar sobre uma gravidez?

May se colocou na situação que nunca pensou que um dia precisaria, pelo menos não gostaria. Rezar para que fosse apenas um susto e Joalin não tivesse grávida.

Mas se ela estivesse, seria dele?

O moreno se sentou na recepção e apoiou a cabeça nas mãos, fechando os olhos em seguida.

- Vai dar certo Bailey, fica calmo.

-Se ela tiver grávida- falou baixo- ferrou para a gente. Para o grupo inteiro.

- Vamos pensar que ela não está, se acontecer, vamos dar um jeito. Não é o fim do mundo, ela vai ter os pais do lado dela, vocês dois são responsáveis e tem condições de cuidar de uma criança, todos nós podemos ajudar. Se ela estiver nós vamos dar um jeito juntos. - Any abraçou o filipino, que chorou um pouco em seu ombro. Ele estava nervoso, preocupado e principalmente com medo.

Joalin acreditava plenamente que não estava grávida, ela tinha certeza de que não tinha nenhum bebê em sua barriga e estava completamente focada nessa possibilidade. Queria sair logo daquele lugar, o soro pingando parecia infinito e cada minuto demorava uma hora para passar.

A loira quase pulou de alegria quando a enfermeira entrou no quarto, retirando o soro de seu braço. Ela foi encaminhada até a sala do médico, onde Bailey e Any já a esperavam.

- Você tá melhor?- o filipino perguntou

- Sim, só cansada

-Bom- o homem pareceu criar coragem para começar a falar em inglês, posição visivelmente desconfortável para ele- Já tenho o resultado do exame e

Corrigido em 24/05/2020

FOR YOU [JOALEY]Where stories live. Discover now