✘ Você e Eu » Ed Sheeran (FINALIZADA)

Part 7 - Estilo

Alice

O sol está nascendo neste exato momento, e como praticamente era óbvio: não consegui dormir esta noite.

Jake saiu a pouco tempo, levar a irmã dele no salão, pois a mesma faria uma sessão de fotos ao amanhecer, já que hoje é o casamento dela.

Estou aqui, sozinha novamente.

Meu coração estava despedaçado, sentia uma agonia eterna no peito. Merda. Nunca deveria ter o conhecido Edward. Ao menos era isso que eu tentava me convencer.

Não sei que porra eu vi nele.

Mas talvez eu não goste tanto de Jake assim. Talvez eu nunca tenha, de fato, o amado.

...

Logo mais tarde, recebi uma ligação de meu namorado dizendo que me pegaria a noite para nós dois irmos no casamento.

Eu estava em prantos no sofá, auto estima estava destruída, a verdade era essa. Minha única vontade era de ficar ali eternamente. Mas sabia que Jake ficaria chateado.

Mas daí, uma ideia surgiu: poderia chamar Edward para me ajudar a comprar uma roupa.

Mas dai lembrei que ele queria se afastar. Porém, eu realmente não queria que ele se afastasse, e eu deveria ao menos tentar.

Sem pensar direito, peguei o meu celular, e o enviei um SMS.

"Oi, gostaria de me ajudar a comprar umas roupinhas?!"

Edward

Estávamos na loja de roupas, daquelas bem grandes, onde os espelhos, luzes e tapetes estão em todos os lugares, os provadores enormes e, no mínimo, uns cinco ares condicionados.

Não acredito que estava fazendo isso.

Eu era mesmo um talarico*, pois eu só sabia ficar impressionado com sua beleza a cada roupa que ela vestia. Porém, nada parecia agradar ela. Seu semblante não dava nada a esconder, estava triste.

Alice sentou-se em um dos pufes grandes e coloridos da loja, eu sentei-me ao lado dela.

— Deixa eu adivinhar: nenhum dos vestidos te encaixa. — Comentei, observando uma senhorinha loira adentrar ao provador.

— Olha, você é um adivinho. — Alice respondeu, baixinho. Eu ri.

— Bem, não é questão de ser um adivinho, é só o que as mulheres sempre fazem. Quer um exemplo? Olhe aquela senhora ali. — Indiquei com a cabeça a mesma idosa que antes estava na cabine de roupas.

A dona discutia com a atendente, enquanto olhando ao espelho negava incessantemente com a cabeça o vestido verde musgo que experimentava. A atendente, de fato, tentava convencer a velha de que ficou legal a roupa, mas ela não concordava.

— Está vendo? — Prossegui. — Não é só você que não está agradada. Vê como ela não se conforma em como a bunda dela não fica legal naquele vestido? — Complementei, vendo a idosa virar de costas o tempo todo para observar o seu traseiro, logo retornando ao provador. Alice riu.
— Vê como é normal? Acho que ninguém de fato fica agradado com seu corpo, o segredo mesmo é encontrar um estilo que te agrada, e não do que a maioria gosta. — Disse. — Sua insegurança talvez te impeça de ser você mesma, Alice. Só deixa fluir, sem ter medo do que os outros falam. — Rodeei uma arara de roupas e tirei dali um macacão simples preto, com dois bolsos laterais. — Talvez esse você goste, acho que vai ficar massa. — Entreguei pra ela. Alice sorriu de canto de boca, entrando no provador sem dizer nada.

Enquanto esperava no banco, ao lado da atendente, deparei novamente a idosa (que descobri que se chamava Judite), sair da cabine com uma calça boca de sino e uma regata que ambas tinham estampas de oncinhas.