✘ Você e Eu » Ed Sheeran (FINALIZADA)

Part 16 - Efêmero

"Então me diga quando surtir efeito..."
— Bloodstream, Ed Sheeran
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— Olha, eu não vou cantar todas, só algumas se não vai demorar demais. Mas se sinta privilegiada por escutar as músicas primeiro que as fãs. — Edward disse, colocando os vinhos na mesa, e bebendo um gole.

— Não vai ficar bêbado né? — Ele riu rouco.

— Não prometo para ti, me ajuda a aliviar o nervosismo. Mas vai ser algo que vai passar.

— Que medo. — Comentei rindo.

— Por que? Pode ficar tranquila, se eu ficar – o que é improvável com você aqui – o máximo que eu vou fazer é chorar.

— Mas aí seria pior, porque terei de lidar com seu catarro e lágrimas na minha blusa.

— Ah tá, entendi. — Edward debochou, e logo começou a me mostrar algumas músicas. Tive o privilégio de ouvir sua voz clara e nítida, coisa que antes não havia acontecido.

Naquele momento não existia mais nada além de um violão, uma voz relaxante, e ele. 

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— Você é incrível, homem! — Eu logo após três músicas. Edward não sorriu, pelo contrário, na verdade havia um semblante preocupado em seu rosto.

— Você não sabe como é difícil ter inspiração, e esse bloqueio criativo anda me preocupando! — Edward se sentou do meu lado e coçou os cabelos. — Eu preciso fazer um álbum realmente bem trabalhado dessa vez, não pode haver nenhum equívoco. Eu vou entrar em turnê daqui a quatro meses e o álbum tem previsão de ser lançado daqui á dois meses... Preciso impressionar todos e essa pressão está me fazendo perder a cabeça! — Por um instante, vi Edward entrar em uma crise, de pânico. — E o pior de tudo é que...

— Ih meu Deus... Me vem com paranóias não, já basta eu e as minhas. — Comentei, o abracei e ele riu estranhamente.

—  Sabe, você é estranha. 

— Eu sei. — Comecei a acariciar seus cabelos ruivos e ele soltou um som parecido com um grunhido em aprovação.

— Uh... Isso é bom. — Ele balbuciou, colocando sua cabeça em meu colo.

— Olha Edward, não posso te ajudar a compor músicas boas, posso até te ajudar a achar alguma inspiração. — Falei. — Mas essas suas paranóias precisam parar!  Você tem que parar de achar que tudo é problema, poxa! Você ainda tem muito tempo, realmente, muito tempo. Quer saber — me levantei –, dormirei aqui hoje, tudo bem assim?  — Falei puxando os teus braços, ele pareceu animado com a ideia. — Eu vou correr lá em casa, pegar algumas roupas e voltar pra cá, ok?

A verdade, era que eu não queria dormir lá, mas fiquei preocupada com ele, pois Edward estava visivelmente bêbado e fiquei com medo dele fazer algo de errado. Ou, como vi uma noticia na internet, morrer afogado pelo próprio vômito.

— Ah não! — Ela reclamou. — Faz só mais um cafuné no seu Teddy, aqui.

— Eu tenho que ir, antes que fica tarde. — Edward insistia e, só depois eu vi que ele agarrou no meu pé – literalmente.

Eu não acreditava que ele estava fazendo isso.

— Mas você já está bêbado? Você mesmo me disse que não ficaria comigo aqui. Mentiroso. — Ele puxava a minha perna com as mãos e eu andava carregando ele nos meus pés. 

— Bem, deveria notar que eu sou um mentiroso, já que eu digo sempre que não gosto de você. — Balbuciou. Meu corpo gelou de nervosismo, não soube como reagir a isso.