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O burburinho do caos estava por todos os cantos do lugar, cada pessoa ali parecia achar Aurora louca naquele momento, e ela sabia que isso iria acontecer de começo. Estava ali de cima, vendo o caos se alastrar, e ate mesmo viu Blasio já guardar a varinha no bolso, se preparando para agarrar Aurora e a tirar dali de cima na mão.

Decidiu que começaria a explicar antes que isso acontecesse:

- Me ouçam, me ouçam! Eu sei que parece loucura, mas somente me ouçam... - Suspirou. - Acho que agora, todos vocês sabem o que aconteceu com Draco Malfoy. Para aqueles que não sabem, ele foi atacado por Harry Potter nesta tarde, no banheiro masculino. Eu falei com Snape, e ele me disse que ambos usaram magia proibida durante a luta, ambos foram contra as regras do Ministério de Magia. Isso me fez pensar, qual deles será punido depois disso.

Não precisou dizer muito mais do que isso, todo o lugar se aquietou. Todos ali sabiam quem seria o grande vilão da historia, e quem seria o herói que sobreviveu a uma luta terrível.

Aurora viu todos ali pensando sobre o caso, ate mesmo Blasio se aquietou. Suspirou:

- Nós sabemos a historia que vai ser contada. Amanha toda a escola vai saber que Draco atacou Potter, e que Potter se defendeu, ele é o herói, Draco o errado, Sonserina faz parte de vilã mais uma vez. Mas eu quero dizer a verdade... Draco foi atacado por Potter, ambos lutaram, ambos usaram magia proibida, mas Draco esta na enfermaria agora, ele foi atingido por um feitiço bem ruim que abriu cortes profundos na pele dele, ele perdeu muito sangue, e vai ficar em repouso por um bom tempo. Enquanto isso, Potter esta na Grifinoria, Dumbledore sabe sobre o ocorrido, mas não apareceu para ver como Draco estava, e nem chamou Potter para algum tipo de castigo. Potter não sera castigado pelo caso.

Os murmúrios irritadiços voltaram pela sala, e Aurora deu um momento para que cada um ali entenda a seriedade do que estava acontecendo:

- Se fosse do outro jeito, Aurores estariam aqui prontos para jogar Draco em Azkaban a uma hora dessas. Mas como estamos lidando com o Santo Potter, da Santa Grifinoria, então é claro, nenhum tipo de punição sera feita. Ninguém vai se perguntar por que Potter sabia magia proibida, nem por que ele foi atrás de Draco, nem por que a briga começou, e claro, ninguém quer saber como o Sonserino esta. Nós sabemos a historia, não é a primeira vez que somos culpados desse modo, eu aposto que todos aqui tem suas próprias historias de injustiça envolvendo a Grifinoria.

E ela estava certa.

Durante todos os anos de ódio entre as duas Casas, o favoritismo se tornou uma arma perigosa contra a Sonserina. Inumeras vezes Grifinoria e Sonserina lutaram e se machucaram, e com o diretor sempre do lado de Grifinoria, sempre houve um vilão de plantão para ganhar a culpa: Sonserina.

O resultado era claro. Grifinoria fazia o que queria com quem queria sem precisar se preocupar com castigos, por que poderiam muito bem colocar a culpa na Sonserina e iriam sair tranquilos da situação. E para se proteger, Sonserina teve que endurecer, ficar mais fechada e rude, a armadura tinha que ser colocada se não quisessem ser feridos.

- Sonserina, já sofremos de mais. - Aurora disse, firme. - Já aguentamos muito calados, e isso daqui, a Ordem da Serpente, isso foi criado para sabermos nos defender, a nós mesmos e ao nosso próximo. A regra é clara, quando se mexe com uma cobra...

- O ninho todo deve atacar. - As vozes de muitos ali foram ouvidas, completando a fala.

Aurora concordou levemente:

- Hoje um dos nossos foi ferido, ele poderia ter morrido. Eu não estou dizendo tudo isso por que é Draco, meu namorado. Estou dizendo isso por que ele é Draco Malfoy, um Sonserino. É um dos nossos em uma cama da enfermaria, ainda sangrando. - Aurora podia ver concordâncias pelo lugar, estava ganhando seu publico. - É por isso que eu digo, é hora de mostrarmos o quanto aprendemos, é hora de mostrarmos que Sonserina voltou a ser uma Casa unida! Não somos somente um bando de cobras andando pra lá e pra cá. Esta é nossa Casa, nosso ninho de cobras, somos irmãos e irmãs, estamos todos juntos nessa. Temos que mostrar que protegemos uns aos outros, e que eles não podem tentar nos matar e esperar que nada aconteça!

A animação agora tomava conta do lugar, Aurora podia sentir na propria pele, podia sentir a adrenalina rodeando o lugar.

- Por isso hoje eu peço: juntem-se a mim. - Estendeu os braços. - Me emprestem seus poderes, me emprestem sua magia, me deixem guiar vocês. Peço que confiem em mim para os levar para o próximo nível, para fazer valer cada minuto que passamos treinando para algo assim. Quem estiver comigo, por favor, levantem suas varinhas.

Aurora estava firme, viu quando a primeira varinha foi ao ar. Era Blasio. Um largo sorriso apareceu em seu rosto para o amigo, e Oliver se juntou a ele logo depois, um sorrisinho de lado para Aurora, em apoio.

De pouco a pouco, as pessoas do lugar começaram a levantar as varinhas, mostrando sua lealdade, mostrando que realmente estavam ao lado de Aurora para o que der e vier, mostrando que a Ordem da Serpente era para valer.

Aurora viu, cada um de sua Ordem estava com a varinha levantada, estavam com ela. Cada bruxo e bruxa, hoje, estaria sobre as ordens de um Slytherin, como foi a anos e anos atrás, do jeito que tem que ser.

Respirou fundo, sentindo uma presença atrás de si, olhando por cima de seu ombro. Não precisava olhar para saber quem era, e sabia que mesmo se olhasse não veria nada. Aurora sabia que Salazar Slytherin estava bem ali, a observando, do jeito que ela pediu. Isso a fez sorrir, sabendo que estava no caminho certo.

- Todos, vão se preparar com suas capas e me encontrem aqui em 10 minutos para ouvir o plano. - Aurora mandou. - Esta noite, não somente iremos vingar um dos nossos... Hoje nós iremos destruir toda a Grifinoria.

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Oi pessoal! Lembrem de curtir e comentar bastante.

Slytherin Heir 2: Mestres De Esmeralda - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora