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Para todo o lado que olhavam havia uma cobra. Seja rastejando pelo chão, seja subindo em algo, seja se enroscando em alguém para o derrubar.

Os bruxos se atracavam agora em uma guerra maluca de feitiços jogados e ordens gritadas de ambos os lados.

Grifinoria poderia até ser boa, não me levem a mal, a Casa tem seu talento em guerra e ninguém nunca duvidou disso, mas Sonserina tinha muito mais. Era uma mistura de talento, trabalho duro, magia proibida e muito rancor guardado ao redor dos anos.

A fúria foi intensa contra a Grifinoria, os alunos da Casa das cobras impediam que alguém saísse do lugar, barrando a passagem, jogavam feitiços gritados, quebravam coisas e plantavam o terror pelo lugar, desestabilizando todos os seus inimigos, os fazendo mal conseguir pensar em como se defender. Já os Sonserinos, munidos de muitas aulas de feitiços pesados e como pensar rápido em uma guerra, avançavam pelo lugar com facilidade e maestria.

Tudo em seus caminhos era um alvo, nada passava despercebido pelo ódio acumulado pelos anos de preconceito e descriminação que sofreram.

A lareira agora estava apagada, mas haviam cortinas pegando fogo, fazendo fumaça pelo lugar. Livros e pertences estavam jogados pelo chão, pisoteados e perdidos. As mesas de madeira estavam quebradas. Poltronas agora serviam de altar para algum Sonserino que queria uma visão melhor de onde atacar, e as janelas e quadros foram destruídos.

Havia somente uma regra que ainda se mantinha: não machucar nenhuma criança.

Mesmo com todo o ódio por toda a Casa, eles sabiam que as crianças dali não tinham como se defender, e não mereciam pagar pelos pecados de seus companheiros de Casa mais velhos. Sendo assim, as crianças eram deixadas de lado, eram ignoradas quando algum Sonserino passava por elas, e as mais corajosa, que tentavam uma luta, eram afastadas com facilidade.

Aurora estava parada, olhou envolta a procura de seu alvo. Ela estava ali por alguém em especial, não iria sair sem colocar suas mãos nele.

Gritou por cima do ombro:

- Destruam tudo, mas lembrem, Potter é meu!

- Sim mestre! - Um alto coro de vozes animadas foi ouvido.

Aurora sorriu levemente, então, começou a andar pelo lugar a procura de Potter. Ele iria pagar pelo o que tinha feito com Draco.

Andou pelo lugar o bastante para saber que ele não estava ali, então o único lugar que sobrava era o dormitório, e foi pra lá que ela rumou.

Havia um sinal de masculino na ponta de uma escada, Aurora se dirigiu até ali, mas assim que pisou no primeiro degrau, a escada se transformou em um escorregador, tão deslizante que impedia Aurora de subir.

Ela deu um passo para trás, bufando, observou a escada voltar ao normal. Olhou lá pra cima, aonde a porta masculina do dormitório estava a esperando, guardando Potter longe de suas mãos vingativas.

Pensou sobre como iria subir, mas antes que pudesse ter uma ideia qualquer, sentiu o corpo ser içado.

Tomou um susto e olhou para cima, e então um largo sorriso apareceu em seu rosto. Oliver tinha a visto ali, e então, a agarrou pela cintura e colocou a menina em seu colo, então começou a subir a escada, que não fez oposição contra ele.

- Obrigada. - Aurora disse.

- Sem problemas. Alias o lugar aqui está infestado, eu vou brincar com quem estiver lá encima. - Deu um sorriso maldoso. - Nunca gostei do Weasley, tomara que ele esteja lá.

- Oli está certo. - Aurora ouviu a voz atrás deles, esticou o rosto e viu Blasio os seguindo pelas escadas, o moreno sorriu para ela. - Vai ser mais divertido lá encima.

Slytherin Heir 2: Mestres De Esmeralda - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora