Slytherin Heir 2: Mestres De Esmeralda - Draco Malfoy

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Aurora passou a tarde toda no convés, tomando conta das coisas, por sua sorte ela não teve que mexer em quase nada, o barco continuou em seu curso e não havia nenhum empecilho no caminho.

Do convés ela viu quando o sol finalmente se escondeu por destras das montanhas, e quando a lua subiu ao céu com poucas estrelas ao seu redor. A noite estava calma, silenciosa, o balanço do barco ainda era incomodo, mas suportável, o cheiro do mar era relaxante.

Blasio estava cuidando de Draco, Oliver ainda estava apagado em sua cama, e Pansy estava arranjando comida para todos. Depois de alguns minutos depois do por do sol, Pansy foi em direção a Aurora, se apoiou na entrada da cabine:

- Como estão as coisas?

Aurora olhou por cima do ombro:

- Tranquilas. Nada esta acontecendo... Eu vi um golfinho hoje! Ele foi o ponto alto do meu dia. Como Draco esta?

- O mesmo. - Deu de ombros, preocupada. - Vem, vamos comer.

Aurora concordou, então deixou o lugar e se juntou aos outros. Foram todos para o inferior do barco, aonde ficava a dispensa e a cozinha, era meio escuro lá dentro, mas havia uma mesa bem grande de madeira presa ao chão, e Pansy tinha colocado os pratos e a comida ali.

Aurora se sentou, espiando o que ela tinha feito. Era uma sopa fumegante, Aurora podia ver pedaços de carne e cogumelos. Enquanto se servia, Oliver e Blasio apareceram também.

- E Draco? - Pansy perguntou.

- Ele disse que esta muito cansado e preferiu continuar dormindo. - Blasio diz, nada feliz. - Vou levar meu prato e comer no quarto pra ficar de olho nele.

- Espera! - Aurora se apressou. - Eu quero falar com vocês primeiro.

Blasio estranhou, mas concordou. Todos pegaram pratos e se serviram, se sentaram ao redor da mesa, Aurora e Blasio de um lado, os gêmeos Parkingson do outro.

- Oliver teve a ideia hoje de eu contatar Salazar para ele nos ajudar sobre o que fazer agora que estamos sozinhos. - Aurora começou. - Ele me deu algumas dicas, mas nada de mais. Depois disso eu e Oliver conversamos, e estivemos pensando no estado de Draco.

- Não achamos que ele esta melhorando. - Oliver continua, a voz baixa. - Eu acho que estamos fazendo o máximo que podemos por ele, mas estamos deixando algo passar, não somos curandeiros.

- Eu tenho dado algumas poções para ele... - Blasio diz. - Tentando fazer melhorar e tudo mais, mas... Ele ainda esta bem cansado.

- Poderia ser por que nós aparatamos. - Pansy lembra. - Da floresta ate a Mansão Slytherin, e nós fizemos um caminho grande pela floresta. No estado dele, me surpreende dos cortes não estarem abertos de novo. Você deu uma poção para o animar, não deu?

- Sim. - Blasio concorda.

- E isso foi de manhã. - Pansy maneou a cabeça. - Deveria ter feito efeito, mas nada.

Os quatro amigos se olharam por um momento, pensando sobre a situação.

- Deveriamos atracar e procurar ajuda. - Aurora diz.

- Conhece algum curandeiro por aqui? - Blasio a olha, esperançoso.

- Não.

- Alguma entrada pro mundo magico? - Pansy perguntou.

- Não.

- Então vamos levar ele aonde? - Blasio insistiu.

- Eu estava pensando em... - Oliver encolheu os ombros. - Levar ele em um hospital trouxa.

O silencio caiu sobre eles.

Todos os olhos estavam grandes com a ideia de pisar em um hospital trouxa e deixar que eles tratem de Draco. As crianças bruxas ouviam lendas e mais lendas sobre hospitais trouxas, diziam que eles eram barbáricos, cheios de coisas estranhas. Havia uma historia, e ninguém queria acreditar sobre isso, que os trouxas abriam seus pacientes, os cortando no meio.

A ideia de aquilo acontecendo com Draco não era nada legal, mas havia uma questão maior: eles tinham outra opção?

- Vamos levar ele. - Aurora concordou, então olhou para os outros. - Todos de acordo?

A regra do grupo era clara, em uma decisão, todos tinham um voto e a maioria vencia. Blasio e Pansy se olharam, pensando sobre o que fazer, Pansy foi a primeira a decidir, bufando:

- Ok, vamos levar ele aos trouxas.

Os olhos foram para Blasio, eles já tinham vencido a votação, mas ainda queriam ouvir o que ele achava sobre isso. O garoto estava com um pé atrás, mas acabou por concordar:

- Certo. Mas quem vai dizer pro Draco que ele vai ter que deixar trouxas cuidarem dele? Por que certamente não vai ser eu, e ele não vai gostar.

Todos fizeram cara feia, nada interessados em pegar essa tarefa. Os olhos todos foram para Aurora, e ela arregalou os olhos, nada feliz:

- Não! Por que eu?

- Talvez ele receba a noticia melhor se vier de você. - Pansy da de ombros.

- E por que?

- Por que ele te ama. - Blasio disse, como se fosse obvio.

- Ele ama a todos nós. - Aurora insistiu.

- Existe uma grande diferença entre nosso amor por ele, e o seu amor por ele. - Oliver garantiu, dando risada. - Nenhum de nós transa com ele.

Os outros dois caíram na risada, enquanto Aurora se deu por vencida.

Naquela noite, Aurora trocou de lugar com Blasio, ele foi cuidar do barco, enquanto ela foi ficar de olho em Draco. Se sentou na poltrona ao lado dele, observando o menino adormecido. Ele tinha uma camada fina de suor sobre a testa, e parecia trêmulo com febre.

Draco percebeu que estava sendo observado e acordou, abriu os olhos levemente e olhou Aurora.

- Achei que hoje era a noite de Blasio.

- Trocamos de lugar. Já se cansou de mim?

- Muito pelo contrário, você é uma visão mais bonita. - Draco deu um sorrisinho cansado de lado.

Aurora sorriu, se inclinou um pouco, tomando a mão de Draco nas suas.

- Eu queria mesmo falar com você, estava esperando você acordar.

Draco piscou um pouco, acordando de vez. Observou Aurora, prestando mais atenção:

- O que houve?

- Vamos atracar amanha. - Aurora o disse. - Estamos longe o bastante dos nossos pais agora, ainda vamos ter que ficar de olhos bem abertos por ai, mas vamos atracar.

- Por que? - Draco estranhou. - Não é muito seguro, deveríamos nos afastar mais antes de decidirmos parar em um lugar.

- Bem, não estamos tecnicamente parando de vez... - Aurora escolhia bem as palavras enquanto olhava para Draco. - Nós vamos parar e levar você em um hospital trouxa.

Os olhos de Draco aumentaram de susto, e no próximo momento, ele parecia furioso:

- Sem chances!

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