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Nenhum deles conseguiu dormir direito, quando finalmente foram para quartos para descansar já era perto das 5 da manhã, o sol já estava nascendo, aparecendo aos poucos por cima das árvores.

Aurora e Draco foram colocados em um quarto juntos, seus amigos estavam em quartos no mesmo corredor, todos muito próximos uns dos outros. E mesmo sendo de madrugada, mesmo estando com sono, quando eles deitaram para dormir em uma cama imensa e muito aconchegante, eles ainda mantiveram os olhos bem abertos e as mentes muito alertas.

- Elas me parecem legais. - Draco disse. - E elas parecem muito felizes por conhecer você.

- Acho que sim. - Aurora sussurrou. - Eu fico feliz em poder conhecer elas. E se formos mesmo ficar aqui isso seria algo bom, ter um lugar fixo e seguro.

- O Lorde e os Comensais não chegam perto daqui, estamos seguros enquanto estivermos dentro na propriedade. - Draco concordou. - E você pode ter a chance de conhecer melhor sua família, suas origens.

Draco esticou um braço e trouxe Aurora mais para perto de si, os dois se abraçaram ali, se aconchegando. Aurora enterrou o rosto no peito de Draco, fechou os olhos e respirou fundo.

- Quero fazer isso dar certo, Draco, eu quero mesmo. Quero ter uma família de sangue que me entenda, quero saber sobre meu passado e sobre minha linhagem, quero aprender quem eles foram, quem elas são, e quero que elas me conheçam também. Quero que elas me vejam mais do que como a garota do outro lado do mundo que o pai escondeu, quero que elas saibam quem eu sou de verdade, como você e os outros sabem.

- Elas vão saber. - Draco garantiu, fechou os olhos e fez um afago leve pelos cabelos de Aurora. - Você só precisa dar espaço para que elas te conheçam.

Aurora sorriu levemente:

- Você sabe que com ou sem sangue, vocês são minha família também. Nada nem ninguém nunca vai mudar isso.

- Nos sabemos disso. Elas não estão aqui pra substituir ninguém, é só adicionar. É isso que se faz em uma família, a gente constrói, adiciona, cresce. Estamos crescendo.

Aurora concordou, e mais calma, ela finalmente se rendeu ao sono.

Não dormiram muito, a todo o caso. O café da manhã ali era servido as 9 horas em ponto, e então, as 8 horas da manhã foram acordados por batidas fortes em suas portas.

Acordaram no susto, pulando pra fora da cama. Tinham passado um bom tempo fugidos, qualquer barulho surpresa era um susto para eles.

Logo as memórias voltavam e eles entenderam que estavam seguros, Aurora coçou o olho, Draco se esticou bocejando.

- O que raios é isso agora? - Draco resmungou, indo em direção a porta.

- Deve estar na hora do café. - Aurora foi atrás.

As batidas na porta não pararam tão fácil assim muito pelo contrário, elas continuaram sem parar até que a porta fosse aberta.

Draco abriu a porta mas ninguém estava do outro lado, somente dois malões imensos pretos pardos bem na porta.

- Aconteceu com vocês também?

Draco se assustou com a voz, olhou para frente, vendo que Oliver também estava de porta aberta, e ele também tinha ganhado um malão, e em outras duas portas, Blasio e Pansy também estavam ali, todos com a mesma surpresa da manhã.

Aurora apareceu ao lado de Draco, olhou para o malão e então para os amigos pelo corredor.

- Dormimos três horas. - Pansy resmungou. - Só três horas, eu vou morrer.

Slytherin Heir 2: Mestres De Esmeralda - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora