Slytherin Heir 2: Mestres De Esmeralda - Draco Malfoy

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Depois que o ataque teve fim houve um momento de total silencio entre todo o povo sobrevivente da tentativa de massacre. Aurora, ainda com a visão embaçada e a cabeça doendo, olhou para baixo e viu a situação em que seu vestido de noiva tinha ficado. Antes tão bonito e angelical, agora tingido de vermelho e marcando o lugar por onde passava com aquela cor de morte. Seus sapatos estavam molhados por dentro, os pés escorregavam como se ela tivesse acabado de pular em uma poça de água e agora tentasse andar por ai.

Respirou fundo, sentindo pesar sobre como o dia perfeito tinha acabado. Olhou então para Salazar, e ele ainda sangrava com os cortes que tinha recebido no começo do ataque.

- Vamos curar você agora, Salazar.

- Eu estou bem, mestre. A senhora está ferida?

- Não. - Ela não queria o preocupar. - Não tem que se preocupar.

Salazar sempre se preocupava.

Em falar em preocupação, aquele que se juntou a Aurora era preocupação em pessoa:

- Em nome de Merlin, Salazar e todos os santos, você quase me matou do coração! - Draco apareceu, e então, agarrou Aurora em um abraço forte.

O garoto tinha o rosto arranhado e seu terno estava sujo de sangue, não tanto quanto Aurora estava, mas havia muitas manchas. Os cabelos mais longos e antes puxados para trás e muito bem arrumados agora estavam revoltos e salpicados de vermelho. Draco a deu um abraço de urso tão forte que Aurora sentiu suas costelas rangendo dentro do corpo, achou que poderia muito bem ter quebrado algum osso naquele momento.

O que ela achou incrível. Ela não precisava de todas aquelas costelas mesmo.

Esticou os braços e envolveu o corpo de seu marido no dela, o abraçando de volta, manchando ainda mais o corpo do homem de sangue. Draco suspirou contra os cabelos de Aurora, o alivio era claro.

- Eu me virei e você tinha sumido, não consegui te encontrar em lugar nenhum. Pelos deuses, Aurora, você não pode sumir assim!

- Sinto muito. Estavam atacando Salazar.

Draco afastou o corpo somente o bastante para poder observar o monstro que ainda estava ali ao lado deles dois, quietinho, ele observava a movimentação frenética dos guardas que agora corriam de um lado para o outro onde antes era a festa, tentando colocar todos os feitiços de proteção de volta e levar os feridos para dentro do castelo. A venda no rosto do monstro estava molhada de sangue, havia pedacinhos de carne morta presa pelas escamas. Pelo pouco que ele conseguia ver pela venda, ele dava ordem as outras cobras para que voltassem para perto, antes que alguma tenha uma ideia engraçadinha de atacar algum amigo.

- Não me parece fundo. - Draco comentou, olhando com cuidado os dois longos cortes que Salazar tinha sofrido. - São longos, mas não são fundos. Acho que podemos fechar com magia.

- Eu espero que sim. - Então se virou para Draco. - Está ferido?

- Só alguns arranhões, não se importe com isso. - Agarrou então o rosto de Aurora com as duas mãos. - Você está ferida? Todo esse sangue...

- Minha cabeça está meio estranha, mas de resto estou bem. Deveriamos encontrar Amber e Rose agora, ver se elas estão bem, eles estavam atrás delas.

Pois se matassem as duas, então o trono estaria livre para ser tomado pelo mais forte. Aurora imaginou como seria a vida daquele povo se fosse de fato controlado por aquele grupo tão violento, e mais uma vez imaginou como estaria as coisas em sua terra, onde os inimigos violentos de lá tinham ganhado o poder do povo. Sentiu seu peito apertar.