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A jornada de Salazar Slytherin continuou, e com ele, a leitura de Aurora foi junto. Agora com os outros futuros fundadores de Hogwarts ao seu lado, Salazar tinha começado a explorar mais sobre seu poder de ofidioglota, o que poderia fazer além de falar com cobras.

O livro agora anotava feitiços complicados e perigosos que poderiam ser usados somente por um ofidioglota, e Aurora se perdeu no tempo enquanto lia e tentava entender cada detalhe que envolvia os feitiços. As horas se passaram ali e Aurora nem percebeu.

Foi quando sentiu um cheiro doce que se despertou. Levantou os olhos e observou a mesa, o caldeirão estava saindo uma fumaça branca, o fogo estava baixo, e Draco mexia na mistura tranquilamente.

- Como vai ai? - Ela perguntou.

- Tudo como deve ser, esta dando certo. - Draco garantiu. - E o livro?

- Draco, é de mais! - Ela se anima. - Presta atenção. Aqui fala sobre a infância de Salazar, e sobre uma prima dele e como ela morreu. Fala de como ele saiu de casa, e agora tem vários feitiços para ofidioglotas.

- De mais. - Ele levantou os olhos para ela, observando. - Algo que você possa testar?

Aurora pensou um pouco, folheando algumas paginas. Deu um sorrisinho animado:

- Eu queria tentar um, mas... É perigoso, e eu precisaria de uma cobaia.

- Eu posso ajudar.

- Não! - Aurora negou rapidamente, arregalando os olhos para ele. - Não, você não.

Draco franziu o cenho, confuso:

- Por que eu não?

- É perigoso. - Aurora negou, um sorrisinho para ele. - Aqui fala sobre o olhar do Basilisco, que já que o monstro não pode controlar, talvez o mestre possa.

- Controlar como? - Draco se interessa.

- Sabe, quando eu olho nos olhos do Basilisco eu não morro, mas passo muito mal. Aqui fala que quando o mestre esta no estado de olhar o Basilisco, é uma fase de compartilhar poder. Ou seja, eu posso tentar tomar um pouco da magia dele, dos olhos dele.

Draco pensou um pouco sobre o caso, então entendeu aonde ela iria chegar:

- Quer dizer que se você conseguir sugar esta magia, alguém pode morrer se olhar nos seus olhos?

- Sim. - Concordou. - Claro que eu poderia controlar isso. - Se retratou rapidamente. - Só entraria neste estado enquanto estou compartilhando magia com Salazar, mas... Acho que sim. Queria testar pra ver se isso realmente da certo, mas não com você.

- É, eu retiro o que disse, não quero te ajudar nisso. - Ele brincou, fazendo Aurora rir. - Pegue um rato da sala de testes da McGonnagal, ou uma das cobras daqui.

Aurora pensou. Não poderia pegar uma das cobras. Quando ela ofereceu trazer aquelas cobras ate ali, tinha prometido as manter seguras, e as usar para testar se podia mesmo matar alguém olhando, não era bem a definição de segurança.

Agora, um ratinho...

- Vou arranjar um rato assim que puder. - Aurora concordou, voltando para seu livro. - Por enquanto, vou testar coisas mais fáceis, como... Aqui! Produção de serpentes.

- Serpentaria? Isso é um feitiço comum, eu consigo fazer.

- Não é serpentaria, é outra coisa... - Leu melhor para poder explicar direito. - Parece que é como... usar o próprio corpo para produzir serpentes, como... Talvez como um feitiço de sangue? Não sei direito, aqui só diz que se usa o próprio corpo.

Slytherin Heir 2: Mestres De Esmeralda - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora