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Janeiro

O começo de um ano novo sempre foi algo cheio de esperança. Simpatias eram feitas por todo o mundo, bruxo ou trouxa, e mesmo que seus modos de se comunicar com os seres maiores pudessem ser diferentes, o desejo era sempre o mesmo.

Desejavam por paz, amor, poder, sucesso, tranquilidade, dinheiro, uma casa nova, um trabalho que ganhe mais e trabalhe menos, uma mudança na vida, mais viagens. Todo mundo quer algo da vida, sejam desejos grandes ou pequenos, todos tem algo em mente.

Naquela virada de ano muitos pedidos foram feitos no mundo bruxo. Com Voldemort tomando tudo em suas mãos maldosas, desejar paz tinha se tornado algo para se fazer diariamente, não só no ano novo. Seja lá quem estiver ouvindo no plano de poder maior, eles fizeram seus desejos e simpatias.

Como um desejo de ano novo, logo veio também o tão esperado janeiro. Flores foram arrumadas e panos perfumados. Longos bancos de madeira foram postos em um largo salão de festas. Cortinas, tapetes e tapeçarias foram colocadas e estendidas com graça, e tudo foi arrumado como deveria, parecendo que foi tirado das páginas de um livro rico de antiguidade.

Os quadros falantes vieram logo depois, cada um mantinha a alma de certa pessoa importante. Todos eles eram da linhagem Sayre, e logo depois, da linhagem Slytherin também.

Do alto do púlpito estavas duas comandantes de toda aquela operação: Pansy e Rose.

- Movam isso mais pra direita!

- Estique isso!

- Onde estão as flores?

- Aquele banco está torto!

A manhã tinha começado com ordens, a tarde tinha chego com ordens, e a noite prometia continuar do mesmo modo.

E acreditem, aquelas duas sabiam mandar!

Quando a noite caiu tudo estava nos conformes, não havia uma pétala de flor que ousaria cair sem a permissão delas, e nenhuma tapeçaria seria movida sem o olhar de águia que elas tinham sobre aquilo tudo. Portas foram trancadas e a chave ficou com Rose, ninguém iria entrar ali para espiar e estragar alguma coisa.

Naquela mesma noite, em uma parte do castelo, Aurora reclamava audivelmente para as meninas que andavam por seu quarto:

- Pois eu acho isso uma palhaçada sem fim! Não acredito em sorte, minhas amigas, acredito em fatos! Eu e Draco somos destinados a ficar juntos, não tem como mudar isso facilmente.

- Da azar o noivo ver a noiva antes do casamento. - Amber dizia. - E da mais azar ainda transar antes da Lua de Mel.

- Acredito em azar tanto quanto acredito em sorte.

- Não vou deixar você estragar tudo. - Pansy dizia. - Acreditando ou não, só vai sair deste quarto quando for para o casamento.

Aurora estava sentada na cama de braços cruzados, olhando as duas primas e a amiga que juntavam os últimos detalhes das roupas para o dia seguinte. Tinham aprendido com o casamento de Amber que aquilo deveria ser feito bem antes para não surtarem catastróficamente.

- Vocês sabem que se eu quisesse mesmo sair deste quarto e encontrar Draco, eu faria, não é? - Levantou uma sobrancelha.

- Teria que passar por cima de nós primeiro. - Rose lembrou.

- Eu sei. Não tô dizendo que seria fácil, mas com certeza eu conseguiria. Só não faço por que não quero machucar vocês.

- Não seja idiota. - Pansy revirou os olhos. - Eu paralisaria você nessa cama antes mesmo de conseguir puxar uma varinha contra nós.

Slytherin Heir 2: Mestres De Esmeralda - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora