— Parem imediatamente! – a figura surgiu no meio da estrada.
Uma mulher amaranta se impunha no caminho do grupo, sua pele era negra e os cabelos possuíam cachos fechados, quase crespos. Usava uma armadura de couro cozido e segurava uma balestra, parecia ser muito jovem. Mas o semblante fechado, indicava uma imponência. Em sua armadura o brasão do Reinado Vermelho de Amaranto fora pintado.
— Keisha? – Zaire exclamou.
Lembrava-se do rosto da menina, era o mesmo da amiga de infância da irmã. A filha do produtor de batatas que decidira se inscrever no exército da Rainha Abayomi, o qual prometia retirar Amaranto da posição de mero produtor rural de Lucem.
— Keisha, sou eu irmão de Nia. – Zaire desceu do cavalo e se aproximou da jovem.
— Parado ou eu atiro!– ameaçou.
— Como ousas ameaçar um membro de uma caravana smaragdina? – Halina falava pela primeira vez. – Não fostes informada que viríamos até essas terras em busca de mantimentos? Tua rainha estava de acordo com isso. – puxou a espada da bainha.
Keisha mudou o alvo de sua balestra para a princesa.
— Sou uma guerreira do exército vermelho, não me importo com Smaragdine. – retrucou desafiadora.
— Já chega. – interveio Arden. – Keisha, sou príncipe Arden Smaragdine. Estou conduzindo a caravana dos Lectus, meu pai e sua Rainha firmaram um acordo de ajuda mútua. Foi nos dito que aqui teríamos mantimentos para seguir nossa jornada.
— Estou ciente disso, o que desconfio é de vocês. Quero provas de que são humanos. – a amaranta permanecia firme.
— Estes fazendeiros estão cada vez mais insolentes, só porque aprenderam a segurar uma arma acham que podem zombar de nós. – Halina descera do cavalo, Arden acompanhou a ação da irmã.
— Mais um passo e eu atiro num dos seus olhos, princesa. – seu dedo estava perto do gatilho.
Atira. – Mayla pensou consigo mesma, divertindo-se com a cena. Já não tinha mais paciência para a arrogância da princesa, ela acabaria matando a todos. A celosiana percebeu a presença de outros soldados amarantos escondidos na floresta, assim como Arden. O grupo estava cercado.
— Halina. – repreendeu o príncipe se colocando como escudo da irmã.
— Keisha, o que está acontecendo? Por que precisa de uma prova de que somos humanos? Não ver com seus próprios olhos? – Zaire argumentou.
— Não é suficiente. – ela olhou para seu conterrâneo, havia receio em seus movimentos.
— O que precisamos fazer? – indagou Arden.
A amaranta jogou uma adága perto dos pés do príncipe, que recuou um pouco assustado.
— Faça um corte em sua mão, profundo o suficiente para que o sangue corra até o solo. – informou.
— Isso é um ultraje! – vociferou Halina.
Arden pegou a lâmina e fez o que a jovem pedira, o líquido e viscoso escorreu na terra. Keisha olhou atentamente a cena, acenou em a aprovação.
— São humanos. – exclamou. – Abaixem as armas.
Os soldados amarantos parcialmente escondidos baixaram a guarda. Respirando aliviados.
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Contos de Lucem - Ressurgir Sombrio
الخيال (فانتازيا)A queda de uma estrela em um continente infértil dá origem a cinco reinos abundantes de vida. Contudo, o impacto do astro abre uma passagem para um sexto reino demoníaco chamado Tenebris. Uma Era de miséria e maldições assolou os reinos da superfíci...