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Assim que cheguei em casa, fui correndo para o banheiro. Acabei comprando uns doces no caminho para casa e pelo jeito, não foi uma boa ideia. Depois de dar uma "esvaziada", já adiantei o banho e lavei o cabelo. Ao entrar no closet, resolvi usar uma das camisolas novas, que estavam guardadas no meu baú.

Assim que abri, vi às câmeras  que comprei e instalei, quando resolvi viajar para ter certeza se iria pedir meu divórcio. Eu não havia visto nenhuma das gravações antes, mas depois de achar aquela carta no me escritrio, fiquei curiosa em saber o conteúdo do vídeo.

Sai do closet, apenas para pegar meu notebook e um cabo. Iria assistir alí mesmo o que foi filmado aquela semana.

2 horas depois

Faltava uma câmera, e nenhuma das outras filmagens me foram suspeitas, mas uma no mesmo dia em que fui viajar, me deixou um pouco tocada. Jaebeom, estava dormindo abraçado com meu travesseiro e antes disso, ele estava observando as minhas coisas.

Ele deveria estar tendo o mesmo pensamento que eu aquele dia. Que o divórcio seria realmente a solução aquele momento, já que não estávamos na mesma sintonia que antes. Mas eu também cobrei muito dele, já que o trabalho também era importante. Tadinho, eu iria o perder, por ter pensado só no meu bem-estar.

Meu estômago começou a roncar, e já fazia horas que estava alí. Guardei tudo e deixei a câmera que faltava, separa em outro canto, para ver depois. Visto a camisola, e saio do closet com o netbook. Vi às horas no celular, e já estava ficando tarde e nenhum sinal de Jaebeom.

Procurei meu celular pelo quarto, mas não o achava. Eu deveria ter deixado na minha bolsa, que também não estava no cômodo, e rapidamente lembrei que deixei em um dos sofás da sala.

Ao chegar no outro andar, pego meu celular na bolsa e mando uma mensagem a Jae. Não esperava que ele respondesse de imediato, então resolvi fazer algo para o jantar. Mesmo tendo enjôo fácil com algumas coisas, eu ainda me esforçava a fazer algo. Não gosto de ficar pedindo comida toda hora.

Fiquei pensando por alguns minutos, até que decidi fazer um cozido. Iria demorar um pouco mas eu estava com vontade. Coloquei uma música e comecei a cortar os legumes.

[...]

Enquanto esperava os últimos ingredientes cozinharem na panela, resolvi fazer um sanduíche, para abrir o apetite. Jae, avisou a alguns minutos, que estava terminando um relatório e estaria voltando para casa, mas se estivesse cansada, não precisaria esperar acordada.

Quando terminei meu sanduíche, voltei para sala e liguei a televisão. Procurei algumas coisas boa para assistir, mas não achava. Resolvi mudar a função e deixei no YouTube. Procurei sobre casos de serial killers e esses tipo de documentários. Costumava assistir muito com Mark ou com Jaebeom.

Olhei para a minha bolsa e lembrei do envelope. Era uma boa ler, já que estava sozinha. Depois de pegá-lo, abri e vi que nele havia coisas escritas frente e verso. Não sei mesmo do motivo de ter recebido isso, mas se ela estivesse me ameaçando, não tem como tentar nada.

Para: Lim Mary.

Olá, senhora Lim, tudo bem? Espero que esteja, pois o que escrevi é algo de seu interesse. Faz algum tempo que sai da sua empresa, e não foi porque não gostava, mas porquê descobri que você não é o que todos imaginavam.
    "A mulher honesta que consegue transformar tudo em dinheiro", pois nós duas (ou mais pessoas) sabemos que não é bem assim que a banda toca. Lavagem de dinheiro, tráfico de animais, objetos de luxo e pelo que ouvi, não é somente na Coreia do Sul, que tem negócios assim.
    Sei que nem a polícia consegue pegá-la, pois tem subordinados lá dentro, e que por ironia do destino, é casado com um agente da Interpol. E que homem, e sei que não é só as outras pessoas que você engana, mas ele também.
    Ele veio me procurar e ajudá-lo a saber se estava envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro ou foi por causa de um político, mas na época eu não sabia bem o que se tratava. Agora saber se era atuação ou não, eu não posso garantir, mas sei que você casou com ele, não só pela facilidade em como se livrar da cadeia, ou pela beleza dele.
    E que beleza esse homem tem, e sabemos no que ele também é bom, além do que um ótimo oficial, mas também é ótimo de cama. Em uma dessas nossos encontros, acabamos fazendo mais do que apenas conversar.
    Foi tão excitante que não me contive e acabei marcando o pescoço dele e acho que você viu, já que levaria alguns dias para sair totalmente daquela pele macia e alva. Mas pensava que conseguiria tirar mais uma casquinha dele, porém, ele pediu desculpas e que foi um erro o que fizemos.
     Depois disso, não nos vimos mais e isso de certa forma me irritou. Mas por me sentir vigiada naquela loja, acabei saindo. Alguém poderia ter nos visto em algum momento e a senhora poderia ter descoberto.
    Mas achei estranho não ter me procurado para tirar satisfação, por isso resolvi escrever essa carta. Se ele foi capaz de fazer isso comigo enquanto estava a trabalho, imagine quando esta?!
    E também estou passando por uns probleminhas financeiros, já que sai da casa dos meus pais e estou sem emprego. E para manter meu silêncio, quero fazer uma oferta. Me pague 1 de dólares, para que eu possa sumir da sua vida e não contar a ninguém dos seus planos.
    Não precisa se preocupar, eu não sou burra o suficiente para contar a outra pessoa. Eu iria me ferrar junto a você, por participar naquele trabalho sujo, que eu tenho certeza que aqueles outros funcionários participam e nem sabem, por esconder das autoridades e ainda está te subornando.
    E caso queira fazer negócio, apareça nessa casa noturna XXXXXXXXX às 21:30.  Sei que vai aparecer, já que seu marido não vai estar em casa, já que estará "trabalhando com alguém".

Atenciosamente e com carinho, Maya.

Ao terminar de ler a carta, estava completamente arrasada e sem chão. Eu não tinha forças para chorar ou para gritar, mas meu corpo tremia e pedia para ter alguma reação. Senti o cheiro da comida no ar, mas havia perdido o apetite. Guardei a carta na minha bolsa, e me levantei.

Fui a cozinha e apaguei a panela, e fiquei encarando os utensílios de cozinha por alguns minutos, até escutar o barulho do carro na garagem. 

— Que comece o teatro.

Falei encorporando a Mary de antigamente. Depois de alguns segundos, a porta da sala é aberta e olho sorrindo para o homem que acabou de entrar.

— Meu amor, acordada a essa hora? - Jaebeom, fala enquanto fechava a porta. - Falei que não precisava me esperar acordada.

— Eu estava terminando de fazer algo para comer. - Sorri. - Como foi no trabalho, teve algum caso que pode me contar?

— Nenhum em especial. - Fala enquanto olhava a televisão m - Estava assistindo sem mim? Me senti traído.

— Acho que se pedir desculpas, não vai adiantar. - acabei rindo. - Acho melhor subir e tomar um banho, enquanto termino aqui.

— Tudo bem. - vai em direção as escadas. - Já volto.

Assim que ouvir a porta do quarto sendo aberta e fechada, me permiti socar a lateral da geladeira.

— Eu vou fazer você pagar por essa traição, Lim Jaebeom.

[...]

Vida DuplaWhere stories live. Discover now