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Quando chego em casa, não havia nenhum sinal de Jaebeom. Subi as escadas, enquato descia o zíper do meu vestido. Ao entrar no quarto, que era tão caloroso e alegre, estava escuro e frio. Não era mais como antes.

Tomei banho, e vesti uma camisola vermelha. Minha favorita. Desci as escadas, e não faria nada para o jantar. Eu iria comer lamen e beber uma cerveja. Levei tudo para sala, e jantei enquanto assistia um filme qualquer que estava passando.

Depois de limpar tudo, voltei para o quarto. Aliás, eu não queria que ele dormisse comigo hoje, isso é, se ele voltar para casa. Peguei algumas roupas e outros pertences dele e os levei para o quarto de hóspedes. Peguei um bloquinho de anotações, e o coloquei na porta, para que ele lesse quando chegasse.

"Suas coisas estão no quarto de hóspedes. Passar bem."

Tranco a porta, e tento dormir. Não sei quanto tempo se passou, mas fiquei em alerta quando escutei um barulho de carro na garagem. Pego meu celular e vejo que são 3:57 da manhã. Levanto da cama e olho cuidadosamente pela janela, e o vejo sair do carro.

Voltei para a cama, e me sento. Fico apenas escutando a sua presença na nossa casa. Demorou um pouco para ouvir seus passos na escada, e parando na porta. Ele tenta abrir a maçaneta mas viu que a tranquei. Ele não insiste, e depois escuto a porta a frente sendo aberta e depois se fechando.

Ele nem se quer tentou me chamar. Deitei e voltei a dormir. Acordei antes do meu celular despertar, e fui a mais silenciosa o possível. Levei tudo o que precisaria para a sala, enquato preparava algo para o café da manhã.

Já estava de saída, quando escuto Jaebeom.

--- Mary, espere. - Fala enquanto descia as escadas - Precisamos conversar.

--- Tenho que trabalhar, Jaebeom. - Olho para o meu relógio de pulso e depois o encaro com tédio - O café da manhã está pronto. Conversamos depois.

Abri a porta, mas ele segura meu braço, me impedindo que eu saísse. Apenas o encaro com uma expressão nada boa.

--- Não, nós temos que conversar agora. - Ele larga meu braço devagar e vou em direção a poltrona e me sento. - Por onde eu começo...

--- Pelo início, Jaebeom. Vamos, que eu tenho mais o que fazer.

--- Bom, primeiramente, peço desculpas por está tão ausente e não dar explicações. E desculpa por não atender suas ligações, e por não ter aparecido no restaurante. Era nosso aniversário de casamento. - Ele diz essa última frase, olhando sua aliança - Eu não estou sendo um bom marido. Me desculpa.

--- Certo, você reconheceu o seu erro. - me levanto novamente e paro a sua frente - Mas suas desculpas não irão concertar o que foi feito. Mas não se preocupe, você vai ter muito tempo para refletir. Sei que seu trabalho é importante, mas eu também sou. Ou não, Jaebeom?

--- O que está falando, Sarang? Você é muito importante para mim.

--- Eu estou duvidando das suas afirmações, Jaebeom. - olhei para o seu pescoço e vi que havia um arranhão e estava um pouco roxo e avermelhado. - Mas se você estiver aprontando, e eu descobrir, saiba que eu tenho dó de você e da outra pessoa. - dei alguns tapinhas no seu pescoço - Tome mais cuidado com o pescoço da próxima vez. Tente usar maquiagem para cobrir ou gelo, para fazer o sangue circular.

[...]

--- Senhora Lim, tem um agente da Interpol, na sua sala. - Minha secretaria diz, assim que chego na empresa.

--- Interpol? - Não seria o Jaebeom, já que ele estava em casa, e eu sai primeiro que ele. Só pode ser o Youngjae, que veio dar um oi. - Ele disse quem era?

--- Não senhora. - ela fala com um pouco de medo, por deixar alguém alguém entrar na minha sala, quando não estou. - Mas, ele disse que tinha um mandado.

Fiquei paralisada, e tentando raciocinar o que ela disse. Eu não poderia ser pega, ele não podem ter descoberto. Não, não, não.

--- Ele mostrou para você? Não disse o que queria? - Perguntei tentando manter a tranquilidade.

--- Não, mas falou que queria apenas fazer algumas perguntas a senhora.

--- Mingmei já chegou? - ela apenas balançou a cabeça em negação - Mande ela ir para a minha sala assim que chegar.

Ao abrir a porta, vi a figura de um homem bem alto. Ele estava de costas, mas eu comhecia bem essa silhueta.

--- Lucas?

Ele se virou e sorriu.

--- Você tem uma bela vista do quarteirão.

Fechei a porta e me aproximei devagar.

--- O que faz aqui, detetive?

--- Assuntos de seu interesse.

--- Sente-se. - apontei para a cadeira a minha frente e sentei na minha atrás da mesa - Quer uma água, café, um chá?

--- Não, obrigada. Quero ser o mais breve possível.

--- Pode falar. O que seria de tão importante, para você vir aqui e não me telefonar?

--- Seu marido, está desconfiando que você está envolvida com lavagem de dinheiro. - Falou baixo, e eu o encarei. Eu o pagava para me ajudar a destruir provas ou jogar em outra pessoa. - Tem uma caguete em uma das suas empresas fantasma.

--- Quem? Eu trabalho com nomes, Lucas.

--- Eu não sei quem é. Seu marido que se encontra com ela quase todos os dias. Hoje ele pediu o dia de folga, e provavelmente vai se encontrar com ela.

--- Descubra quem é, e a cale. Já tenho problemas demais. - ele acena em afirmação e se levanta, indo em direção a porta. - Espere. - ele para e me encara - Onde ele estava a duas noites atrás?

--- Comigo, no escritório. Mas ontem, ele saiu mais cedo e foi se encontrar com ela. Mais alguma pergunta, chefe?

--- Não, eu vou arranjar uma forma de me livrar dela, que eu não seja suspeita. - falei enquato olhava para a parede - Pode ir. Me mantenha informada.

[...]






Vida DuplaWhere stories live. Discover now