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Anos depois

A/n :

Alguns anos se passaram, e muitas coisas mudaram  (ou não). Jaebeom e Lucas, formaram uma dupla respeitada e reconhecida, por seu cumprimento da lei. Youngjae, também teve bastante respeito, com a colaboração de recuperar objetos, animais e pessoas, que estavam sendo vendidos ilegalmente.

Mary, como o planejado, expandiu sua marca, e é bem sucedida. Mas o que ninguém realmente sabe, é que algumas dessas empresas e lojas, eram apenas de fachada. Estavam servindo para lavagem de dinheiro e de contrabando.

Seu relacionamento com Jaebeom, andou e atualmente estão completando três anos de casados. Quem diria que um dos oficiais mais importantes da Interpol, tem como esposa, uma criminosa.

Como ela sempre disse e fazia. Ela não deixava rastros, e se possível, colova outra pessoa em seu lugar ou se aproveitava na sua vingança, e lançava seus pobres ao público.

Mary pov

--- Mingmei, temos mais algum documento para ler? - perguntei

--- Não, Senhora. Por hoje é só. - Fala, fechando a pasta em suas mãos.

--- Ótimo, estou com meus olhos e minha cabeça doendo. - Tiro os óculos e fecho meus olhos por alguns segundos - Acho melhor tomar um remédio, antes de ir para casa.

--- Casa? E o jantar de aniversário de casamento? - Mingmei pergunta, enquato tomava meu remédio.

--- As reservas no restaurante. Eu havia me esquecido. Como fui me esquecer? Enrolei tanto àquele homem e depois de conseguir casar, me esqueço dessa data. - Falo rindo - Eu preciso de férias, Mingmei.

--- Eu quem o diga. Tem trabalhado tanto esse ano, que cheguei a pensar que era uma máquina. - ri sem graça.

--- São tantas coisas na empresa, nas lojas, fornecedores, documentos, contas, eventos, família... - soltei o ar em frustração

--- Não se desanime, Mary. Eu estive com você, desde o início e sei da sua batalha. Você está indo bem. - Mingmei fala sorrindo.

--- Tem razão, mas é muita coisa. Não vejo a hora de poder me aposentar e passar o cargo para meus herdeiros. - Sorri.

--- Bom saber que está pensando nisso. Quando pretendem começar a ter filhos?

--- Ainda não sei. Tenho muitos trabalhos extras para resolver antes disso. Mas espero que daqui uns dois anos, Jaebeom e eu, estejamos preparados para ser pais.

[...]

Ao chegar em casa, tomei um banho bem especial, usei sais de banho, passei um dos meus melhores perfumes, fiz uma maquiagem leve mas marcante, e coloquei um vestido azul tomara que caia, com uma fenda na perna esquerda que vinha quase ao meu quadril. Mandei uma mensagem a Jaebeom, avisando que iria o esperar no restaurante.

Ao chegar no local, fui em direção a mesa que reservei. Uma, duas, três horas se passaram. Eu estava faminta, mas nenhum sinal dele. Peguei novamente meu celular, e nenhuma resposta no Kakao talk e nenhuma chamada perdida. Resolvi esperar mais um pouco, estava torcendo para que nada de grave tivesse acontecido com ele, e que só esteja atrasado. E foi assim por mais duas horas.

--- Senhora, me perdoe pelo incômodo, mas já vamos fechar. - um dos garçons fala com toda delicadeza e educação possível. Percebi no seu tom de voz, que ele estava com pena pelas horas que tive ali e só ter tomado dois copos de água.

--- Tudo bem, pode trazer a conta.

[...]

Ao chegar em casa, me sentei no sofá. Minha fome havia passado, e a única coisa que eu sentia, era raiva.  Não me permiti chorar, apenas iria esperar que Jaebeom, voltasse para casa. Era esse o meu plano, se não tivesse adormecido ali.

Quando acordei, estava na cama. Olhei para o lado, mas não havia ninguém ali. Estava sozinha novamente. Esses últimos meses, nós quase não nos vemos, e isso está deixando nossos relacionamento esfriar aos poucos.

Me levanto, e percebo que estava apenas de peças íntimas. Ao adentrar no banheiro, me olhei no espelho, e não vi uma boa parte da maquiagem que fiz na noite passada. Apenas restava o batom.

Quando terminei minha higiene pessoal, voltei ao quarto, e vesti uma das minhas habituais roupas que uso na empresa. Não me preocupei em fazer uma maquiagem como a de sempre. Apenas um pouco de base, pó e um batom. Mesmo com o que aconteceu, ainda tinha que trabalhar.

--- Bom dia, Mary. Como foi que passou à noite? - Fala Mingmei, ao entrar no meu escritório.

--- Tomei água e fui dormir. - Falei enquato observava a movimentação na rua, pelas enormes janelas do prédio.

--- Ué, à noite com Jaebeom, não foi como planejado? Você saiu daqui tão feliz.

Me virei e fui em direção a minha mesa. Havia uma foto nossa, do dia em que nos casamos. Estávamos tão felizes.

--- Ele não apareceu, Mingmei. O restaurante fechou e ele não apareceu. - Ela nada disse. - Quando cheguei em casa, passei mais algumas horas sentada no sofá, esperando que ele chegasse e pudesse exigir alguma explicação. Mas acabei dormindo, e quando acordei, estava na cama e pensava que ele estava lá. - A olhei, e vi que estava decepcionada - Mas estava sozinha. Apenas tomei um banho e vim trabalhar. Agora pouco, pedi uma das assistentes que me trouxessem um café, mas acho que nem isso vou conseguir digerir.

--- Ele não ligou ou deixou algum bilhete? Não acredito que ele fez isso.

--- Não. Ainda procurei algo nl quarto e na cozinha, mas não vi nada. E ele também não atende minhas ligações. - solto o ar em frustração, e fecho os olhos.

--- Acha que ele tem outra? - pergunta e a encaro. - Não é por nada, mas é algo que os homens fazem.

--- Não vou mentir, mas já cogitei essa hipótese. Isso não é de agora, Mingmei. Faz alguns meses, e sei que não é totalmente culpa do trabalho.

Sempre que preciso saber de algo, Lucas, me informa. E sei que o trabalho não é o motivo principal dessa atitude. Mingmei, com o passar dos anos, virou minha melhor amiga, e sempre está comigo em todos os momentos.

Mas é de fato, que uma traição pode está acontecendo. E se tiver, tenho dó dos dois.

[...]

O dia foi longo, mas me ajudou a pensar em muitas coisas. Mingmei, consultou minha agenda, e disse que não teria nenhum evento ou reunião, durante a próxima semana. Pedi para  providenciar uma viagem de um semana a Jeju.

Sei que normalmente, os casais quem fazem bastante viagens a ilha, mas dessa vez, eu iria sozinha. E até o fim de semanas, iria espalhar algumas câmeras de espiã nos quartos, sala e garagem, que Jaebeom, não soubesse da existência.

E se ele levasse alguma piranha para baixo do meu teto e dos meus lençóis, eu iria ficar tendo total certeza.

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Vida DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora