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Depois de sair do banheiro, Mingmei, bateu em minha porta e avisou que Youngjae, havia acabado de chegar e me esperava na sala. Fui para o outro andar e assim que nossos olhares se encontraram, meus olhos começaram a lacrimejar.

--- Por favor, Youngjae, não poupe os detalhes. - falei me aproximando. --- Por favor, o que aconteceu com meu marido?

Nos sentamos no sofá e ele me explicou tudo o que sabia. Jaebeom, ficaria detido por algum tempo e abririam uma investigação para saber sua inocência. Não divulgaram o caso para a mídia, pois poderiam atrapalhar e também poderia prejudicar uma grande corporativa como a minha, já que era uma das responsáveis pela economia sul-coreana.

--- Eu posso visitar meu marido? - perguntei forçando uma feição abatida.

--- Infelizmente, não será possível, Mary. - Youngjae, falou tristinho. --- Mas eu posso ser o porta-voz de vocês enquanto ele estiver sob nossos cuidados.

--- Será que os familiares daquela garota, sabem do que ocorreu? - perguntei com nojo. --- Imagino que devem saber sobre a relação que eles tiveram.

--- Eles não sabem, pelo menos ainda não. - Youngjae, segurou uma  das minhas mãos. --- Eu sinto muito pelo que aconteceu entre eles, Mary. Sei que uma traição, é algo imperdoável, mas tente reconsiderar. Jaebeom, mudou tanto nesse último ano.

--- A confiança foi quebrada, Youngjae. Eu cometo erros, mas nunca o traí com outro homem. Sempre falei que se algum dia, nossa relação não estivesse dando certo, a melhor solução seria o divórcio. - o encaro. --- Eu darei apoio nesse momento, mas assim que ele sair ou se infelizmente for condenado, darei entrada no processo de divórcio. - olhei ao redor da casa. --- Essa casa, me lembra muitos momentos que tivemos juntos. Não quero mais ficar aqui, Youngjae.

--- Realmente não acho bom que fique sozinha. Por que não fica no aparentando do seu irmão?

--- Não, eu quero meu espaço, não quero atrapalhar a privacidade do Mark. - falei direcionando minha atenção a ele. --- Eu vou me afastar do trabalho por um tempo, porque a mãe dessa garota, já veio atrás de mim, assim que ela sumiu, e tenho certeza que fará um escândalo quando souber que meu marido, provavelmente é o responsável. Eu darei um jeito, Youngjae.

--- Eu posso procurar um apartamento ou uma casa, que a Interpol usa para o programa de proteção a testemunha. - falou pensativo.

--- Não, eu farei isso sozinha, porque de qualquer forma, será essa a minha situação daqui um tempo. Será apenas meu filho e eu.

Convidei Youngjae e Mingmei, para o jantar e depois eles foram embora. Mesmo com minha amiga, insistindo em ficar, seu irmão, a convenceu em respeitar minha decisão. Era tarde da noite, Max, estava dormindo e eu levava a última mala dele para o carro. Amanhã a tarde, ia para a minha casa no campo. A mesma casa, onde passamos o último final de semana.

[...]

Já na empresa, pedi que o vice-presidente viesse até a minha sala, para que pudéssemos conversar sobre as semanas que ficaria longe.

--- Desculpe o atraso. - Suho, falou assim que entrou.

--- Sem problemas, por favor, sente-se. - falei, enquanto olhava meu filho brincando com seu mordedor.

--- Então, sobre o que queria falar? - perguntou assim que se sentou.

--- Suho, eu vou ter que me afastar do trabalho por umas semanas, por causa de problemas pessoais. Você e Mingmei, ficarão responsáveis de tudo. - sorri. --- Sei que vocês fazem um bom trabalho, toda vez que preciso ficar afastada.

--- Por quanto tempo?

--- Algumas semanas, e vou ficar incomunicável. - peguei uma pasta da primeira gaveta. --- Esse é o documento que devem ser assinados amanhã. - o entreguei. --- Já estou de partida agora a tarde, e irei entrar em contato com você ou Mingmei, quando puder.

Durante a manhã, resolvi as últimas coisas e conversei com Mingmei. Ela pediu que falasse o local onde ficaria, mas não disse. Assim que a tarde chegou, Max e eu, fomos embora. A casa havia sinal de celular, mas deixaria o meu desligado. Usaria o outro.

Antes de finalmente pegar a estrada, passei no mercado. Eu poderia comer alguma coisa no caminho, mas não teria nada quando chegasse lá. Poderia comprar outras coisas na lojinha de conveniência que ficava lá perto, então peguei apenas o essencial para pelo menos 3 dias.

Assim que cheguei na casa de campo, deixei Max e Manfred lá dentro e voltei para pegar as coisas. Foi cansativo, mas consegui carregar todas as malas e as compras. Depois de organizar tudo na geladeira e nos armários, coloquei a ração e a água do gato, que logo apareceu miando.

--- Sua sorte, é que vi você crescer e peguei afeto. - falei enquanto o olhava comer. --- Se não, teria o mesmo destino que os outros gatos do Jaebeom.

[...]

Vida DuplaWhere stories live. Discover now