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Já em casa, comecei a separar algumas coisas que Max iria precisar nesses dias que ficará com Jaebeom. Amanhã pela manhã, o deixaria em nossa antiga casa. Sei que tem algumas coisas que não trouxe para cá, quando fomos embora, mas imagino que a maioria não poderá ser utilizada, por causa do tamanho.

Sem contar que ainda estou com o mesmo sentimento de angústia das outras vezes que Jae, saía para alguma missão perigosa. Mas dessa vez é mais forte. Bem que a minha mãe já havia me falado que depois de ter o Max, tudo que sentisse, seria mais intenso que o normal.

Espero que o jantar com Jongin, seja divertido o suficiente para me distrair e relaxar. Avisei que ele poderia me buscar em um outro endereço, já que vir até aqui, vamos demorar muito e não poderíamos aproveitar à noite. Já que meu irmão ainda está viajando, iria me trocar no seu apartamento.

Depois de organizar tudo e guardar metade das coisas na bolsa, finalmente fui tomar banho e me preparar para dormir. Max, estava dormindo tranquilamente no seu berço (ao lado da minha cama) e sei que ele vai acordar só pela manhã, quando estiver com fome.

[...]

Era por volta das oito e quarenta, quando Max e eu, chegamos na antiga casa. Jaebeom ficou tão feliz em ver o filho, que foi para dentro de casa e nem perguntou o motivo de estar com duas bolsas grandes, para um bebê que vai passar dois dias fora. O segui fechando a porta.

Max, estava rindo toda vez que seu pai beijava seu pescoço ou fazia pequenas cócegas em sua barriga. Eu gostava de ouvir suas risadas, e por algum motivo, queria que aquele momento se repetisse sempre. Se pudesse ficar presa em algum momento da minha vida para sempre, gostaria que fosse esse.

— Mary, por que trouxe duas bolsas? - Jaebeom, finalmente notou enquanto se sentava na poltrona.

— Uma é de roupas, e a outra é com leite materno. - Respondi, enquanto colocava a bolsa com roupas no sofá. — Ele ainda está em fase de amamentação, não se esqueça. Ontem e hoje, enchi mamadeiras o suficiente para dois dias e meio. - Falei e ele concordou com a cabeça. — Você ainda sabe como faz para esquentar, não sabe?

— Sim, eu não esqueci. - respondeu e depois voltou a olhar, Max, que estava brincando com seus cabelos que estava um pouco longo.

— Ótimo, eu vou deixar na geladeira. - respondi enquanto ia em direção a cozinha.

Enquanto guardava as mamadeiras, senti falta de um corpo peludo miando e esfregando nos meus pés. Manfred, deveria ter aparecido assim que a porta da geladeira fosse aberta. Provavelmente deve estar dormindo no outro andar ou estar lá fora. Terminei de guardar todas as mamadeiras, e voltei para a sala.

— Jaebeom, eu terminei de guardar todas as mamadeiras, aqui nessa bolsa, estão todas as roupas e alguns remédios que ele provavelmente usar nesses dois dias. - Falei, enquanto via ele tirar algumas fotos com o bebê. — Caso precisar de ajuda ou alguma informação, não exite em me ligar, ok?

— Ok, mas não acho que vou precisar. - respondeu, e depois me olhou. — Nossa... Você está muito bonita.

— Obrigado, mas é o que eu sempre usei. - respondi enquanto começava a analisar a minha roupa.

— Não, você está mais bonita do que antes. - Ele se levantou e veio em minha direção, me olhando dos pés a cabeça. — Você sempre foi bonita, mas parece que está mais bonita do que antes.

— Dizem que a maternidade nos faz mudar, deve ser isso. - respondi. — Quer saber de mais alguma coisa, antes que eu vá embora?

— Bom, sobre o divórcio, eu pensei bastante sobre.

— Vai finalmente assinar os papéis?

— Ainda tenho esperanças que podemos voltar.

— Nós não vamos voltar, Jaebeom, eu já falei. Você me traiu. Eu posso ter meus defeitos, mas nunca te trai. - me aproximei e dei um beijo na cabeça do meu filho. — Espero que cuide bem dele nesses dois dias.

— Eu vou. - ele respondeu e depois olhou nos meus olhos. — E se tudo der certo, quando eu voltar de viagem, eu vou assinar os papéis. Vou deixar você livre e depois resolvemos sobre a guarda compartilhada.

— Tudo bem, e espero que volte inteiro. - falei e senti meu peito apertado. — Mesmo não sabendo do que se trata, sei que é algo perigoso. Eles sempre te colocam nessas missões, mas diferente das outras vezes, meu peito está apertado. - fui sincera. — Jaebeom, me prometa tomar todo cuidado possível, e voltar em segurança para casa. Pelo Max.

— Eu vou fazer o possível. - ele respondeu, e olhou para Max. — Quero ver o meu filho crescer, e farei o possível para voltar vivo ou inteiro dessa missão.

[...]

Vida DuplaOnde histórias criam vida. Descubra agora