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Hoje, fiquei até mais tarde no escritório. Não sei quanto tempo fiquei em pé, olhando as ruas, pelo enorme vidro da minha sala. Muitas coisa estavam acontecendo e se não soubesse agir da forma correta, estaria na mira da Interpol, novamente. Principalmente, por eu estar misturando problemas pessoais com profissional.

— Pensa, Mary. Você já tem meio caminho andando, não pode por tudo a perder assim.

Voltei até minha mesa, e liguei o computador. Precisava fazer uma nova rota, o mais rápido possível. Sei que preciso de um plano C, por precaução. Depois de fazer uma nova rota, fiquei olhando o monitor por alguns minutos, até que meu celular começou a tocar.

Jaebeom, estava ligando. Atendi e fui mais breve possível, e falei que estava saindo agora e que não precisava se preocupar. Ao desligar, acariciei minha barriga e olhei novamente o monitor.

— Espero que me perdoe algum dia, Max, mas não posso colocar você no meio disso.

[...]

Meses depois...

— Jaebeom, pelo amor que você tem ao seu filho, vamos logo para esse hospital. - Falei, enquanto descia as escadas com todo cuidado.

— Mas eu acho que deveríamos levar mais algumas coisas. - Ele respondeu ainda no andar de cima.

— Então você me encontra lá. - Falei abrindo a porta. — Eu vou dirigindo até lá.

Com às chaves do carro em mãos, fui em direção ao veículo e estava realmente disposta a dirigir até lá, mas no mesmo momento, Jaebeom, apareceu com as três bolsas maternidade, que eu já havia separado semana passada.

— Me dê essa chaves, mulher. Eu dirijo. - Ele pegou às chaves e enquanto colocava as malas no banco detrás, eu fui para o banco do passageiro. — Ok, muita calma nessa hora, vai dar tudo certo.

A viagem toda, Jaebeom, tentou me distrair e me acalmar. As contrações eram muito doloridas, e a cada minuto que passava, sentia meu filho, sair.

Assim que chegamos, me senti mais despreocupada, por saber que seria atendida e Max, não iria nascer no carro. Fui levada para uma sala, onde fizeram um exame rápido, e já mandaram preparar a sala de parto, porque já estava com 8cm de dilatação.

— Jae, liga para o Mark. - Pedi, enquanto tentava manter a respiração controlada, mas estava sendo difícil.

— Sim, eu vou ligar.

Uma enfermeira, veio me levar até a sala de parto, enquanto Jae, ia para outra se trocar e avisava Mark.

Já estava tudo pronto, e comecei a fazer força, enquanto segurava a mão de Jaebeom, com todas as forças que podia. Estava totalmente cansada, mas não podia simplesmente desmaiar, Max, estava quase saindo.

— Só mais um pouco, está quase lá. - a médica, falou tentando me passar confiança.

Foram os quarenta minutos, mais longos e doloridos de toda a minha vida. Se algum dia, eu tiver outro filho, quero cesária. Não sei se aguento mais uma dor dessas. Estava completamente cansada, e não consegui ver direito o rosto ou ouvir o choro de Max. Minha vista escureceu.

[...]

Acordei em um quarto, e havia algumas flores e balões. Olhei ao redor, e não vi ninguém. Tentei me mexer, mas senti uma dor horrível. Eu não lembro de nada depois que parei de fazer força. Certeza que desmaiei.

Fiquei olhando os balões por alguns segundos, até que a porta se abriu e vi Mark e Jaebeom.

— Parabéns, mamãe. - Mark, falou se aproximando. — Acabei de ver o Max, no berçário.

— Com quem você acha que ele se parece? - falei rindo. — Ainda não tive a oportunidade de vê-lo. 

— Não sabe o quanto nos preocupamos, quando você desmaiou. - Jaebeom, falou enquanto ficava do meu outro lado. — Mas você conseguiu.

— Ele ainda tá com cara de joelho, mas a boca dele parece a sua. - Mark, diz rindo. — Mas parece que ele tem as pintas no rosto, igual ao Jae.

— Um mine Jaebeom. - Eu ri desacreditada.

— Daqui a pouco, uma enfermeira vem trazer ele aqui e a médica, vem ver como você está.

[...]

Vida DuplaWhere stories live. Discover now