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Acordei às 08h40min, graças aos meus sobrinhos gritando de alegria ao me verem. Minha irmã estava grávida do terceiro filho, e a última vez que a vi com uma barriguinha de gestante, foi duas semanas antes de dar a luz ao segundo filho.

Estava sentido um pouco de dor na coluna, mas tentei não demonstrar para as crianças que estavam felizes pulando na minha cama. Minha irmã conseguiu fazer os baixinhos pararem e irem ajudar no meu café da manhã.

Enquanto ia tomar um banho, minha irmã foi perguntar se minha mãe tinha algum remédio de dor. Quando terminei de me vestir, fui para a cozinha, e novamente os baixinhos se animaram em me ver.

Minha mãe me deu um abraço e um beijo na bochecha. Ela estava com tantas saudades que até derramou algumas lágrimas. Ela me entregou o comprimido, e depois me fez comer tudo o que preparou. Comi tanto que estaria cheia até a hora do jantar.

Perguntei sobre todas as novidades possíveis. Falaram-me sobre o restaurante que estava muito mais famoso do que antes, e sobre a família em si.

— Quando o Mark vem?

Essa era a principal pergunta. Gosto muito dos meus irmãos, mas o Mark será o meu preferido. Descobri que ele viria para Los Angeles daqui uns dias, pois terá uma sessão de fotos para uma nova coleção de primavera verão, e que ele poderia passar uns dias com a família.

[...]

Já era umas 14h30min quando sai para fazer o depósito bancário da madrugada. Usei roupas casuais, e usei uma peruca e colei na coxa esquerda, uma tatuagem falsa. Sempre deixo esse tipo de coisas em um fundo falso no carro, mas como esse era alugado, tive que trazer na bolsa.

Depois de fazer o depósito, fui até o shopping e comprei roupas novas e dirigi até um posto de gasolina e fui até o banheiro e fiz uma troca de roupas rápidas, e retirei a tatuagem falsa. Coloquei as roupas e a peruca na sacola de roupas e dei para uma mulher na entrada do posto que estivesse necessitada.

Resolvi ir até a praia, fazia tempos que não via o mar de Los Angeles. Conheci tanta gente por aqui, e um deles foi a Ariel. Ela era brasileira, e trabalhava em uma boate como dançarina. Não sei se ela ainda está no país, mas seria muito legal ver ela novamente.

Comecei ir em direção dos quiosques, para tomar uma água de Coco e beliscar alguma coisa antes de voltar para almoçar em casa. Ao me sentar em uma mesa, vi uma garota bem bonita, e aquele rosto eu conhecia muito bem.

Levantei-me e fui a sua direção, mas por garantia, disfarçaria me sentando em uma mesa ao lado, caso não fosse quem eu imagino. Ela que olhava para o mar, não notou minha presença logo de início, mas acabou notando minha aproximação e se virou.

— Ariel?

Ariel: Mary? É você?

— Sim, sou eu. Menina, quanto tempo! Pensava que não estava mais aqui.

Ariel: Estou de mudança.

— Mudança?

Ariel: Sim, fui transferida. - apontou para a cadeira a frente - Sente-se, vamos por o papo em dia.·.

[...]

Vida DuplaWhere stories live. Discover now