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Mary pov

Cheguei no hospital onde Jeebeom estava internado depois de algumas horas de voo. Perguntei na recepção em qual quarto ele estava ou se ainda estava em cirurgia, mas não quiseram me falar nada. 

— Senhora, não posso dar informações sobre o paciente. As informações são confidenciais. — A recepcionista falou, sem ao menos olhar na minha cara. 

— Primeiro, você tenha a decência de olhar na minha cara, quando estiver falando. Segundo, podemos estar em um hospital, mas eu posso fazer você se tornar uma paciente a qualquer minuto. Terceiro, você tem por obrigação de me passar a informação que estou pedindo, pois sou a esposa, e em quarto lugar, eu descubro até o nome da sua avó e posso atrapalhar a sua vida com apenas uma ligação. — Falei em um tom sério e bem perto, fazendo ela finalmente olhar para mim.

— Está me ameaçando? — Perguntou me olhando com uma expressão indiferente. 

— Não, eu estou dando um aviso. — Respondi mantendo um olhar frio em sua direção.

— Eu vou chamar a segurança, e tem policiais no prédio. — Falou segurando um telefone, que estava ao lado do computador. 

— Você pode chamar até o exército, mas vai me dar essa informação. — Levantei minha mão, deixando a mostra o celular. — Não sabe com quem está lidando, e se eu fosse você não estaria brincando com a sorte agora. 

— Eu vou chamar a segurança. —Falou tirado o telefone do gancho.

— E eu vou chamar o oficial que está ai dentro, e você pode ter certeza que vai se arrepender amargamente, por não ter me dado uma simples informação. — Tirei uma foto dela, e depois liguei para Lucas. — Depois não diga que não avisei.

Segundos depois, Lucas apareceu e em seguida, dois seguranças apareceram. 

— Senhora Lim, que bom que chegou rápido. Por favor, me acompanhe. — Lucas falou, e depois olhou para a recepcionista. — Depois de saber a situação do paciente, irei acompanha-la até a direção do hospital. Não vamos precisar de escolta onde vamos, então os senhores podem voltar aos seus postos. — Falou para os seguranças que saíram. 

Acompanhei o Lucas, mas ainda encarando a recepcionista que ainda pediu desculpas enquanto ainda estava em meu campo de visão. Assim que entramos no elevador, pudemos conversar um pouco.

— O que aconteceu, Lucas? — Perguntei, o encarando.

— Ele correu para uma área de mata com outros agentes, mas quando se separaram, ele encontrou o meliante, e com um descuido, acabou levando um tiro. — Respondeu e olhou para a porta. — Ouvimos gritos, depois um disparo da arma do Jaebeom, então os agentes que estavam com ele antes e eu, fomos em direção ao barulho. Pensei que o disparo foi feito pela arma dele, ou se foi ferido por uma faca, já que não ouvimos outro disparo. — A porta do elevador abriu e seguimos em direção ao leito. — Não ouvimos porque estava com um silenciador. Sempre temos uma equipe medica nos acompanhando nessas missões, então ele teve muita sorte de chegar vivo aqui.

— Mas ele vai ficar bem? — Perguntei e paramos em frente a um quarto. — O médico disse o que, Lucas?

— O caso é complicado, já que perfurou o pulmão e ainda existe destroços que não conseguiram tirar nessa cirurgia de emergência. — Respondeu cabisbaixo. — Me desculpa, eu falhei com a senhora. Falhei com Jaebeom hyung. E como ele perdeu muito sangue, não sabem ao certo se ele vai ficar bem, porém, é certo que vai existir sequelas. 

— Eu posso vê-lo? — Estava nervosa, pois nunca imaginei estar passando por isso. Mesmo tendo me "preparado". 

— Ainda não podemos entrar, mas já estou providenciando quando podemos transferi-lo para Seul. — Falou enquanto se sentava em uma das cadeiras que estavam no outro lado do corredor. — Mas ele vai ter que ficar aqui por alguns dias, até que esteja um pouco recuperado. 

— Não tem problema, eu fico. 

— E seu filho? Ele precisa de você também. 

— Ele está com uma pessoa de confiança nesse momento, e sei que os pais do Jaebeom irão vir até Daegu, para verem o filho. Podemos nos revezar. 

— Se a senhora diz, quem sou eu para discutir. — Respondeu e depois riu. — Ainda vai querer ir falar com a direção do hospital? Não acho que vai ser necessário, já que passamos a ordem para não divulgarem para pessoas não autorizadas.

— E eu não sou uma pessoa autorizada, Lucas? 

— Não é isso, a senhora é por direito, já que são casados. Acho que a recepcionista levou ao pé da letra, sobre não repassar informações. 

— Não sei, Lucas, mas vejo isso depois. Agora preciso saber o que está acontecendo de fato com Jaebeom.

Depois de algumas horas, o médico responsável apareceu, e me explicou a situação por completo. Jaebeom, por ter sido socorrido rapidamente e encaminhado ao hospital mais próximo, não corre risco de vida, mas terá algumas sequelas e vai passar um tempo para se recuperar. Queria vê-lo, mas ainda não poderia, então voltei para o hotel onde Max, estava com Jongin.

— Então, como está o seu marido? — Jongin, perguntou assim que cheguei.

— Ele não está mais em risco, mas ainda não pude vê-lo. - Peguei uma garrafinha de água no frigobar. — Mas também não pode ser transferido para Seul, então precisa ficar aqui por alguns dias. 

— Eu vou ficar com você e o Max, quanto tempo precisar. — Jongin, falou e depois olhou para Max, que estava brincando com uma pelúcia que ganhou de Jaebeom, quando foram à loja de brinquedos. 

— Não precisa, Jongin, falei com os pais dele, e estarão aqui hoje à noite. Você também tem seu trabalho, e não pode ficar longe por muitos dias. 

— Mas eu não posso deixar você sozinha nesse momento. 

— E eu não quero prejudicar você com meus problemas. 

— Seus problemas também são os meus, Mary. 

— E o que vou dizer aos pais dele, quando chegarem e verem você? 

— Eu posso falar, olá, sou o babá do neto de vocês. — Comentou e comecei a rir. — Por que está rindo?

— Acha que eles irão acreditar, Jongin? — Ri novamente. — Eles irão descobrir na hora que está mentindo, porque eu não ia em dividir um quarto, e dormir em uma cama de casal com você, se fossemos patroa e funcionário. —  Apontei para o berço, perto da cama. — Tem um lugar para o Max no berço. 

— Eles chegam à noite, então tenho algumas horas para inventar uma desculpa perfeita. 

Depois de algumas horas, Jongin, voltou para Seul, porque ao ligar e avisar que não iria ao consultório por alguns dias, avisaram que ele não poderia faltar essa semana  de nenhuma forma. E como estava ele estaria embarcando na mesma hora em que os pais de Jaebeom estariam desembarcando, poderia passar a imagem de nora preocupada, por estar lá esperando a chegada deles. 

[...]

Vida DuplaKde žijí příběhy. Začni objevovat