Capítulo 13

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Talvez o "Para sempre" seja sobre memórias, não pessoas.

Sábado, 16:47 da tarde.

Sempre tratei o arrependimento como uma incógnita, mas dessa vez não era assim que eu me sentia. Nem em meus devaneios mais severos eu poderia imaginar que estaria com outro homem, precisamente, abraçada a ele depois de uma demasiada transa.

Arthur retirou minha perna que estava sobre seu corpo e levantou. Depois de recolher suas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto, o policial seguiu em direção ao banheiro da suíte. Estávamos peguentos, exatamente no sentido literal da palavra. Ele colocava com tanta vontade e metia tão bem, que quando eu percebi que ele estava prestes a ter um orgasmo, o prendi entrelaçando minhas pernas em seu quadril. Usei toda a minha força e resultou que ele acabou gozando, fazendo uma bagunça total no meu útero.

— Você é louca, garota! Você é louca! – Suspirou ofegante.

— Louca? Arthur, por acaso você já viu gata recusar leite?

Caminhei até o banheiro quando ouvi o barulho do chuveiro, mas ele já estava debaixo d'água. Seus olhos estavam fechados e seus cabelos pretos estavam ainda mais escuros, por estarem molhados.

— Não precisa ficar observando, sabe que pode entrar aqui se quiser!

— Seus olhos estão fechados, como percebeu minha presença?

— Ouvi seus passos! – Ele abriu a porta do box e eu entrei para lhe fazer companhia. Mesmo sendo relativamente maior que eu, Arthur me envolveu em seu abraço para que a água também recaísse sobre mim. — Eu não sou bobo, você acha que eu não sei o que você fez? – Fiquei estática ao ser confrontada. Fiz tanta coisa ultimamente, que eu não me surpreenderia se ele falasse qualquer uma delas.

— Como assim?

— Na escola onde você pensa dar aula, eu sou graduado. Só isso!

Fiquei pensando no que ele quis dizer com isso, mas não dei importância. Arthur era excessivamente envolvente e quando dei por mim, minha perna estava sendo erguida e ele me comendo novamente, ainda no chuveiro.

— Mostre para mim em qual matéria você é graduado, Arthur! – Me virei em busca de seu corpo, enquanto ele desferia estocadas um pouco mais fortes, prazerosas. Ele era muito bom no que fazia, gozar junto a ele não era uma tarefa árdua.

Terminado o banho, nos vestimos e decidimos ir embora. Ele foi até a recepção saldar o valor da hospedagem enquanto eu o esperava dentro do carro, no estacionamento. Ainda não era noite, mas não tínhamos mais a companhia da luz do dia e a brisa do outono. Empolgado, Arthur não parava de falar.

— O que pretende fazer amanhã?

— Trabalhar, talvez fazer uma chamada de vídeo com meus pais, não sei ao certo!

— Quando irei conhecê-los?

— Não acha que está muita cedo para isso? – Sim, era cedo demais e das duas uma: Ou meu pai amaldiçoaria os quatro cantos, ou subiria as escadas do monte de joelhos em agradecimento a todos os santos por eu não estar mais com o Eric.

— Nunca é cedo para se desculpar por atropelar a filha de alguém! – Contornou a situação, como se não tivesse feito algo pior.

Arthur me deixou em casa um pouco antes do anoitecer, me arrependi de não ter ido com ele assim que coloquei os pés dentro dela e vi que Manuela estava com meu irmão, protagonizando uma pegação que mais parecia uma introdução de filme pornográfico.

Cyberstalking - Além do que se vêWhere stories live. Discover now