Cap 4 - Revolta

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N/A: Espero que gostem, genteeee :)

Não se esqueçam de votar e de comentar muito!

Perdoem os erros de digitação, eu revisei só uma vez ;-;

Abraços e boa leitura!

POV Dylan

- Não fale assim, Dylan. É melhor você me respeitar – Disse meu pai, respirando fundo e jogando a cabeça para trás, provavelmente para não perder o que lhe restava de paciência.

- Não! Eu vou naquela festa e ponto final! Você querendo ou não!!! Eu já sou maior de idade e posso fazer muito bem o que eu quero sem tua permissão ou da mamãe! Já cansei dessa merda de superproteção de vocês dois!!! – Falei um pouco mais alto do que se era permitido. Até eu fiquei surpreso comigo mesmo. Era mais a cara de Drew ser revoltado, mas toda aquela situação estava realmente me irritando, não só a mim...

Papai me olhou por alguns segundos e se levantou da poltrona onde estava, em seguida se aproximou de mim. Steven é bem mais alto que todos nós, quando ele estava tão próximo, mesmo que não quisesse, nos intimidava. Engoli em seco já esperando um tapa ou um puxão de orelha.

- Eu não estou nem aí pra tua idade, Dylan. Você pode ter cinquenta anos, ainda assim serei teu pai, portanto, o respeito é devido. Pode ficar revoltado o quanto quiser, a minha cabeça está feita e a resposta continua sendo não. – Steven falou baixo e com a voz um pouco rouca, ainda assim, minha espinha gelou de cima a baixo.

- A primeira oportunidade que eu tiver de sumir dessa casa, eu vou fazê-lo! A gente não tem liberdade nem pra ir numa festinha simples, que inferno!!! – Reclamei, mas tratei logo de virar os calcanhares e sair do cômodo batendo os pés com força contra o piso. Eu achei que meu pai viria atrás de mim, mas não foi o que aconteceu.

No finalzinho da tarde, mesmo sob uma ordem para não ir à festa, comecei a me arrumar.

- Cara, você vai mesmo desobedecer a mamãe e o papai? – Perguntou Drew, sentando na cama e me olhando preocupado. Balancei os ombros para o meu gêmeo.

- Você que está sendo bobo de não ir... o cara contratou uma banda famosa pra ir tocar na festa, acha que vou perder a oportunidade de ir num show de grátis? Nem a pau!

- Dylan, nunca fiquei tanto tempo sem sentir a mão do papai estourando minha bunda, acha que vou dar milho pro peru? Boa sorte... e já vai se preparando para as consequências depois.

Olhei para o meu irmão e cerrei os olhos. O cara mais revoltado da face da terra com medo das consequências de uma desobediência??? Realmente, as coisas haviam mudado mesmo.

- Onde está o Drew? O que foi que você fez com meu irmão? – Perguntei ironicamente. Drew revirou os olhos e deitou na cama, em seguida começou a se distrair com o celular.

Terminei de arrumar o cabelo, enfiei o celular e minha carteira no bolso, depois desci as escadas correndo e sai em disparada pela porta de entrada, estranhando o fato de que ninguém me impedira de fazer nada. Suspirei e peguei um Uber para ir até a casa do meu amigo.

Demorei em torno de meia hora para chegar no local. Arregalei os olhos ao ver a frente da casa abarrotada de gente, algumas luzes coloridas estavam iluminando o pessoal que estava na varanda.

Paguei o motorista e tratei de entrar na casa, que mais parecia um formigueiro que qualquer outra coisa. Não demorou muito para eu encontrar o meu grupo de amigos. Éramos em onze, surpreendentemente, nunca brigamos ou nos separamos por motivo nenhum.

- Onde está Drew? – Perguntou Maggie, virando rapidamente um copinho de bebida. – Aquele babaca não veio... que droga, íamos ficar hoje...

- Fique comigo, eu sou igual a ele, só muda o nome – Falei e ela riu e me empurrou pra trás.

- Deveria ter convencido ele de vir.

- Acredite, se dependesse dos meus pais, nem eu estaria aqui.

Maggie revirou os olhos e sumiu no meio da multidão. Fiz careta ao sentir o cheiro da bebida que Lotus estava me oferecendo.

- Beba de uma vez e relaxe – Disse ele. Peguei o copo de suas mãos e senti a bebida gelada e amarga passar pela minha garganta. Resisti à vontade de cuspi-la.

Já havia se passado algumas horas da festa e até então, eu não tinha recebido nenhuma ligação do meu pai, da minha mãe, nem dos meus avós... eu estava começando a estranhar tudo isso... ou eu estaria muito ferrado quando chegasse em casa ou papai resolveu escutar o que eu disse e simplesmente me deixar em paz.

POV Katherine

Olho o relógio atordoada. Já se passavam das duas da manhã e Dylan ainda não tinha dado sinal de vida.

- Já chega! – Digo, me levantando do sofá e pegando a bolsa na mesa de centro – Eu vou busca-lo antes que aconteça alguma tragédia com o nosso filho.

- Kathy, espera. Uma hora a festa vai acabar e ele vai voltar pra casa. – Disse Steven, calmamente, colocando uma de suas mãos em meu ombro direito.

- E se ele não voltar? Tem ideia de quantas coisas podem acontecer numa festa cheia de adolescentes???

- Sim, eu tenho. Eu já estive desse lado, meu amor...

- Não entendo o porquê o deixou ir!

- Não deixei, ele foi porque quis. Minha ordem foi bem clara... mas tudo bem. Eu queria ver até onde ia a audácia dele.

Suspirei e voltei a sentar no sofá. Uma hora e meia depois, finalmente Dylan escancarou a porta da frente. Assim que nos viu na sala, nos olhou de forma indiferente e seguiu em direção às escadas como se nada tivesse acontecido.

- Dylan, venha aqui agora mesmo – Pedi, fazendo meu filho virar os calcanhares e nos olhar.

- Por favor, não comecem! Eu estou vivo e estou bem, tá legal?! Nem precisavam perder o sono de vocês por minha causa! Eu me diverti pra caramba, fazia tempo que não se juntava com os meus amigos pra se divertir porque vocês ficam com essa superproteção do caramba pra cima de mim e dos meus irmãos!

- Dylan... – Começou Steven em um tom de alerta, demonstrando que meu filho estava passando de todo e qualquer limite.

- Não! Eu não quero ouvir!!! Cansei de ficar preso dentro de casa porque vocês não superaram algo que aconteceu há sete anos atrás! Eu já superei, mas não me façam pagar pelo aprisionamento emocional e evolutivo de vocês dois! Eu tenho uma vida e ela não gira em torno do Davi, nunca girou e nunca vai girar! Ao invés de vocês ficaram tão abitolados, deveriam procurar fazer a droga de uma terapia!

A grande família - 2° TemporadaWhere stories live. Discover now