Cap 14 - Cicatrizes

384 22 48
                                    

N/A: Atualização no meio da semana pode? Hshshshs. Espero que gostem, pessoal! Não se esqueçam de votar e comentar a opinião de vocês sobre o capítulo :)

Estão gostando do enredo, gente?

**Ignorem os erros de digitação!!
______________________________________

POV Ravi (especial)

Flashback

Aperto os olhos ao ouvir aquele alarme estridente soar alto, fazendo todas os adolescentes da minha ala levantarem rapidamente e se prepararem para a higiene matinal.

Fico alguns segundos preso à minha cama, com uma preguiça enorme de levantar e enfrentar o dia que viria pela frente.

- Cara, não vai levantar? - Pergunta Calíope, me olhando de forma preocupada. Balanço os ombros indiferente. - Daqui a pouco o sr. Max vem e te faz levantar a força.

- Eu não ligo. Faço dezoito anos semana que vem, então vou poder sair daqui e cuida da minha vida, sozinho.

- Eu sei, mas você ainda continua com dezessete anos. O mais inteligente a se fazer é obedecer e ponto.

Bufo baixo e escorrego pra fora da cama desanimado, em seguida, pego minha escova de dentes e sigo para o banheiro.

A vida aqui no orfanato não era ruim, mas também não era mil maravilhas. Tínhamos horário para dormir e acordar, horário para as refeições e devíamos sempre sermos pontual. Depois do café da manhã, dependendo do dia, tínhamos aulas de música, karatê, artes marciais, culinária, natação e dança. Depois do almoço, tínhamos aulas comuns a todas as outras escolas.

- Você está com a cara péssima... - Diz Julius, olhando pra mim através do espelho enorme que tinha no banheiro perfeitamente limpo e organizado. - Ficou até tarde pesquisando coisas sobre teus pais biológicos, não é?

- Ahn... Sim. Eu invadi a sala de registros, mas não encontrei minha certidão de nascimento, nem algo do tipo. Apenas uma folha datada com o primeiro nome dos meus pais, infelizmente, há muitos casais com o mesmo nome. Ou seja, tecnicamente impossível eu descobrir quem são.

- Você invadiu a sala de registros??? Olha, amigo, sei o quanto quer encontrar teus pais, mas acho melhor você ir com calma, tudo bem? Sabes o que vai acontecer se descobrirem o que estava fazendo...

Suspiro sabendo que o mesmo tinha razão. Jogo um pouco de água no rosto, seco com uma toalhinha, em seguida vou para o saguão onde estavam servindo o café da manhã.

Nem espero servirem todas as coisas, apenas como rapidamente e retorno para a minha ala. Ainda tinha algum tempo antes das aulas de recreação iniciarem.

Sento em minha cama e coloco o rosto entre as mãos, sentindo aquela vontade repentina de chorar, como acontecia quase constantemente comigo.

Apesar de estar nesse lugar desde que nasci, havia um enorme vazio dentro de mim, como se algo realmente estivesse faltando. O orfanato, mesmo sendo um dos mais reconhecidos do país, não dava aos bebês, crianças e adolescentes o amor que eles precisavam... Pelo contrário, eles nos ensinar a seguir regras e apenas isso. Vivemos obedecendo ordens e não recebemos agrados, abraços ou beijos por isso.

De vez em quando, eu ia até a janela da biblioteca, que dava bem de frente a uma praça, eu ficava observando as crianças brincarem com seus pais, irmãos e familiares. Todas elas pareciam ter uma vida perfeita, a vida que eu não teria nunca... Em dezoito anos, meus pais biológicos nem se quer me procuraram para saber se eu estava vivo.

- Ravi, está chorando de novo? - Calíope corre até mim e senta ao meu lado na cama, em seguida tenta afastar minhas mãos do meu rosto.

- Me deixa em paz...

A grande família - 2° TemporadaWhere stories live. Discover now