A grande família - 2° Temporada

Cap 10 - Algumas verdades

N/A: Bem, gente, como prometido, aqui está mais um capítulo pra vocês aproveitarem :)

Ignorem os erros de digitação, não tive tempo de revisar o capítulo!

Boa leitura, galerinhaaaa

POV Autora

Merlin olhou firmemente para John por alguns segundos. O mais velho de James respirava rapidamente, mantinha os punhos fechados e um olhar sério e intimidador. Merlin respirou fundo antes de dar alguns passos para trás, mostrando a todos que estava recuando. Não seria ele que entraria em outra queda de braço com o ex melhor amigo.

John relaxou os ombros e a expressão, em seguida virou-se para Taylor e piscou para o mesmo. O garotinho tinha tido um ato de coragem ao ligar para o John, correndo o risco de cair nas garras do pai alucinado.

O silêncio que se instaurou por ali foi quebrado apenas com a sirene do carro de polícia, que encostara na frente da casa. Merlin, ao ouvir o som, entrou em desespero interno, mas continuou parado, sem demonstrar o medo que surgiu em si, dessa vez, mantendo os olhos sobre Ellen e Taylor.

Não demorou muito para que dois policiais entrassem na casa. Ambos olharam para todos os rostos presentes ali e antes que fizessem qualquer pergunta, John se colocou a frente e disse quem havia os chamado e qual era o motivo. Merlin não teria escapatória...

Rapidamente, depois de analisar a situação, os policias algemaram o homem de cabelos loiros, que fuzilou John com o olhar, sentindo cada vez mais raiva do mesmo.

- Você vai me pagar! – Ameaçou, antes de ser puxado para fora da casa e levado para a delegacia.

Ellen balançou a cabeça ao ver a cena e sentiu pena de Merlin... exatamente, mesmo depois de todas as atrocidades feitas pelo companheiro, a mulher ainda sentia pena dele. Ainda estava cega de amor pelo próprio agressor.

- Você vai mesmo atrás dele? – John perguntou, surpreso ao ver Ellen procurando sua bolsa.

- Ele é meu marido, não vou deixá-lo sozinho – Disse, antes de sumir pelos corredores e retornar com um casaco para Taylor – Agradeço pelo que fez, mas não deveria ter chamado a polícia... anda Taylor, veste esse casaco, precisamos ir rápido.

- Como é que é?! Merlin estava te agredindo e fazendo o mesmo com tua filha! Aliás, se não fosse por mim, ele teria batido no pequeno também! Como podes ser tão estúpida e ainda querer levar Taylor junto com você, para ver aquele homem? Ele é um agressor, sem coração e idiota. Merece ficar sozinho.

- ISSO É O QUE VOCÊ ACHA! – Ellen acaba se descontrolando e deixando a emoção falar mais alto. John olha a mulher sem acreditar. – Olha... eu não sei o que deu no meu filho para ele te ligar, nunca o ensinei pedir ajuda a estranhos e eu também nunca precisei que viesse aqui se intrometer nos meus problemas.

- Seus problemas?! Merlin estava batendo na NOSSA filha, Ellen! Se não fosse a ligação de Taylor, Deus sabe o que lá mais poderia ter acontecido! Ele poderia cometido algo mais grave contra vocês três e...

- Chega, John... eu realmente estou com pressa...

- Você não pode levar Taylor! Não se preocupa com o bem estar do próprio filho???

- Eu sou a mãe dele, é claro que me importo, você não é nada dele e não pode fazer nada a respeito... Olha, sai da minha casa, por favor... cuide da Bethany, ela precisa de você. – Disse Ellen, firmemente. John balançou a cabeça, sabendo que realmente não podia fazer nada a favor do Taylor, pelo menos não agora. O mesmo poderia ser acusado de sequestro de menor ou algo do tipo caso tentasse tirar Taylor à força da mãe, que pelo visto, também parecia alucinada.

Larissa balançou a cabeça e foi para o carro com Bethany.

- Até mais, pequeno – Disse John, se agachando em frente ao garotinho de cabelos cacheados. Ele lembrava muito Gabriel quando era menor. – Você foi muito corajoso e ajudou muito tanto a Beth quanto tua mãe.

- Obrigado por vir, tio... cuida bem da Beth, eu vou sentir saudades dela.

- Ela pode te visitar quando você quiser, certo? – John bagunçou os cabelinhos do garoto e saiu da casa, com o coração apertado. Ele sabia que Ellen não faria a coisa certa, até porque, ela nunca fez...

Dessa vez, John tomou o cuidado de dirigir vagarosamente, pois sabia que Bethany estava toda dolorida. A menina, por sua vez, não havia dito uma palavra se quer, no momento, ela chorava em silêncio sentindo o corpo todo doer.

Assim que chegaram à mansão, Larissa se encarregou de levar Bethany para o quarto e ajuda-la com o banho. John, por sua vez, foi preparar algo para a menina comer.

Larissa colocou Bethany sentada na cama e a ajudou a mesma a se despir. Os braços, costas e pernas da garota estavam com hematomas e marcas por todos os lados... A mulher sentiu grande repulsa ao ver aquilo... imaginou o que seria de Beth se o meio irmão não tivesse clamado por ajuda.

- Hey... não precisa chorar mais, Beth. Eu e teu pai vamos cuidar de você, tá bem? – Disse carinhosamente, enquanto guiava a menina para baixo do chuveiro.

A mulher a esfregou, tomando o cuidado de não machuca-la ainda mais. Durante todo o processo, Bethany ficou em silêncio, e se mexia apenas quando Larissa pedia. A jovem ainda não tinha processado tudo que acontecera ainda, estava focada apenas na dor insuportável que sentia no corpo, principalmente nos braços.

Larissa desligou o chuveiro, em seguida vestiu um pijama de moletom na filha de consideração.

- Beth... por que ainda está chorando? – Perguntou, enquanto observava a menina se sentar na cama e abraçar os próprios joelhos.

- Eu... você viu como a minha mãe agiu? Ela nem insistiu pra eu ficar com ela... – Disse a garota, com a voz carregada de chateação. Larissa suspirou e se sentou ao lado de Bethany. – Ela preferiu ir atrás do Merlin que me ajudar ou me consolar...

- Querida... eu não quero tacar pedras na sua mãe, mas a verdade é que ela nunca se importou.

- Mas ela disse que eu poderia viver com ela, eu acreditei, achei que ela realmente queria minha presença lá, mas agora sei que Ellen ama Merlin mais que tudo nessa vida... sabe, quando Merlin começou a me bater, mamãe correu até a gente e eu jurei que ela o pararia, mas em nenhum momento ela pediu pra ele parar... ela só dizia pra ele não perder o controle e usar outra coisa pra me bater... Ele só a empurrou porque ela estava atrapalhando.

Larissa balançou a cabeça e abraçou a menina.

- Sinto muito por isso, Beth... mas saiba que eu estarei aqui sempre, eu me importo com você e te amo como minha filha, só quero te ver bem e feliz. – Disse, depositando um beijo carinhoso na testa de Bethany, que se sentiu acolhida pelas palavras de Larissa. A garota sabia que eram verdadeiras...

- Obrigada por cuidar de mim... Larissa, você acha que meu pai está muito chateado comigo? Pelo jeito que sai daqui de casa?

- Ele está, mas conversará com você no momento certo...

- Estou atrapalhando? – Pergunta John, entrando no quarto com uma bandeja com frutas, café com leite e sanduíche de queijo. Beth lançou um sorriso fraco ao pai, que retribuiu calorosamente e entregou a bandeja para filha. – Amor, quer me contar agora a novidade de hoje mais cedo ou não é assunto pra criança?

Bethany revirou os olhos ao ouvir o pai, em seguida olhou curiosa para Larissa. A mulher respirou fundo antes de falar de forma animada.

- Bem... eu estou grávida, John! Você foi promovido a papai mais uma vez!